Campeonato Paulista
Campeonato Paulista
Maiores Campeões
Clube com Mais Títulos do Paulistão

Corinthians – 31 títulos
Atual Campeão

Corinthians – Campeão Paulista 2025
Maiores Artilheiros
Maior Artilheiro da História do Paulistão

Pelé – 58 gols
Artilheiro da Última Edição

Guilherme – 10 gols no Paulistão 2025
O Campeonato Paulista é mais do que uma competição estadual: é um símbolo da história do futebol brasileiro.
Desde sua criação em 1902, o torneio marcou gerações com clássicos eletrizantes, conquistas lendárias e o surgimento de craques que mudaram os rumos do esporte no país.
Organizado pela Federação Paulista de Futebol, o Paulistão é reconhecido como o estadual mais antigo do Brasil e um dos mais relevantes em nível técnico e de audiência.
Mesmo com o crescimento das competições nacionais e internacionais, o Campeonato Paulista ainda conserva um espaço de destaque no calendário.
É no estadual que muitos clubes iniciam suas temporadas, testam novas formações e promovem revelações que ganharão o Brasil e o mundo.
Além disso, a rivalidade entre Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos – os quatro grandes do estado – faz com que cada edição seja carregada de emoção e grandes histórias.
Ao longo dos anos, o Paulistão foi palco de jogos memoráveis, viradas épicas, recordes impressionantes e decisões dramáticas.
É essa combinação de tradição, talento e rivalidade que mantém viva a paixão dos torcedores pelo Campeonato Paulista, transformando cada temporada em um novo capítulo da rica narrativa do futebol paulista.
História do Campeonato Paulista

Com o peso da tradição que carrega, é natural que a história do Campeonato Paulista seja repleta de marcos que ajudaram a moldar o futebol como o conhecemos hoje.
Desde suas raízes elitistas até se tornar o palco de democratização do esporte no Brasil, o Paulistão passou por profundas transformações ao longo das décadas — sempre acompanhando (e por vezes liderando) as mudanças do cenário nacional.
A seguir, uma linha do tempo com os principais momentos que definiram essa trajetória centenária.
Início
O Campeonato Paulista nasceu em 1902, sendo a primeira competição oficial de futebol do Brasil.
Criado pela Liga Paulista de Foot-Ball, foi idealizado por Charles Miller, o homem que trouxe o futebol da Inglaterra para São Paulo.
A primeira edição contou com cinco clubes da elite paulistana: São Paulo Athletic, Paulistano, Germânia, Internacional e Mackenzie.
O São Paulo Athletic sagrou-se campeão inaugural, com Charles Miller como artilheiro, marcando o ponto de partida de uma história que atravessaria gerações.
Naquela época, o futebol era um esporte restrito às camadas mais altas da sociedade.
Os clubes participantes eram formados por membros da aristocracia paulistana e estudantes estrangeiros, o que deixava o torneio limitado a um círculo social específico.
Apesar disso, o sucesso do evento logo despertou o interesse popular, e o futebol começou a se espalhar pelas periferias e classes trabalhadoras da cidade.
A popularidade crescente do esporte culminou na fundação de novos clubes e no surgimento de uma rivalidade cada vez mais intensa.
O torneio não só incentivou a criação de equipes como também plantou as sementes do profissionalismo, da competição e da paixão que transformariam o Campeonato Paulista em um ícone do futebol nacional.
Dos anos 1910 ao final dos anos 1930
Durante as décadas seguintes, o Campeonato Paulista experimentou uma rápida evolução, marcada por rachas e fusões entre ligas, disputas de poder e o aumento da competitividade.
A primeira grande ruptura aconteceu na década de 1910, quando foi criada a APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), com o intuito de popularizar o futebol e deixá-lo menos elitista.
Clubes como o Corinthians, Palestra Itália (atual Palmeiras) e o Paulistano foram protagonistas dessa transição.
O Corinthians, fundado por operários inspirados em uma equipe inglesa que excursionava pelo Brasil, foi o primeiro clube verdadeiramente popular do estado.
Já o Palestra Itália surgiu como a voz da comunidade italiana em São Paulo, trazendo novos ares para o futebol paulista.
Esses clubes rapidamente se tornaram forças dominantes, aumentando o apelo da competição entre todas as classes sociais.
Nos anos 1930, a questão da profissionalização ganhou força. As discussões entre manter o amadorismo ou permitir o pagamento aos jogadores dividiram os clubes.
O Paulistano, fiel ao amadorismo, decidiu encerrar suas atividades no futebol.
Já o São Paulo Futebol Clube nasceu da união entre dissidentes do Paulistano e membros da Associação Atlética das Palmeiras, consolidando-se como o terceiro grande clube da capital.
Profissionalização
A profissionalização do Campeonato Paulista foi oficialmente estabelecida em 1933 com a criação da Liga Bandeirante de Futebol.
A nova estrutura permitiu que os jogadores fossem remunerados, marcando uma virada definitiva na forma como o futebol era praticado no Brasil.
Com isso, clubes como Corinthians, Palestra Itália e São Paulo passaram a contratar atletas de forma profissional, elevando o nível da competição.
Esse período também coincidiu com o fortalecimento do campeonato em âmbito estadual.
Times do interior começaram a ganhar mais espaço e visibilidade, enquanto a capital consolidava sua hegemonia.
O São Paulo contratou o craque Leônidas da Silva em 1942, um movimento ousado que impulsionou o clube à conquista de cinco títulos nas oito edições seguintes.
O Palestra Itália, forçado a mudar de nome durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se Palmeiras e, logo de cara, venceu o Paulistão de 1942.
A mudança de identidade não abalou o desempenho esportivo do clube, que logo se reergueu como uma das potências do futebol paulista.
Nesse novo cenário, a rivalidade entre os quatro grandes – Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos – começava a se desenhar de forma definitiva.
Era moderna
Com o fortalecimento da Federação Paulista de Futebol (FPF), fundada oficialmente em 1941, o Campeonato Paulista entrou em uma era de estruturação mais sólida.
A criação da Segunda Divisão, em 1948, permitiu a entrada de clubes do interior na elite estadual, o que aumentou a competitividade e espalhou a paixão pelo torneio por todo o estado.
Ainda assim, o domínio permaneceu concentrado nos clubes da capital e no Santos.
Na década de 1950, o Corinthians, São Paulo e Palmeiras continuaram a alternar títulos. No entanto, em 1957, surgiu a figura que mudaria a história do futebol mundial: Pelé.
Com apenas 16 anos, o jovem atacante estreou no Santos e iniciou uma era de supremacia absoluta. Entre 1958 e 1969, o time da Vila Belmiro venceu oito Campeonatos Paulistas, impulsionado pelo talento do Rei do Futebol, que também quebrou recordes de gols em uma única edição, com 58 tentos em 1958.
O auge da era Pelé marcou o Paulistão como uma vitrine para o mundo.
Ao lado de clubes como o Palmeiras, que vivia o auge da “Primeira Academia”, o Santos protagonizou duelos históricos.
Mesmo com a criação de competições nacionais, o Paulistão seguia relevante, especialmente por seu papel na formação e revelação de talentos.
Anos 1970
A década de 1970 ficou marcada por histórias dramáticas e transformações emocionantes.
Em 1973, um erro histórico de arbitragem na decisão entre Santos e Portuguesa fez com que a FPF declarasse os dois clubes campeões.
No ano seguinte, o Palmeiras confirmou sua força e levantou mais um troféu, consolidando-se como o clube com mais títulos da época.
Mas foi em 1977 que o Campeonato Paulista viveu um de seus momentos mais emblemáticos. Após 22 anos sem títulos, o Corinthians voltou a ser campeão ao vencer a Ponte Preta diante de um público recorde de mais de 146 mil pessoas no Morumbi.
O gol de Basílio, no rebote, entrou para a eternidade como símbolo do renascimento do clube e da força emocional do estadual.
No fim da década, o Santos ainda conseguiu mais um título (1978), e o São Paulo manteve-se competitivo, provando que a década foi marcada pelo equilíbrio entre os grandes.
O interior começava a se consolidar como força alternativa, enquanto o Morumbi se tornava o grande palco das decisões.
Anos 1980
Os anos 1980 consolidaram o Campeonato Paulista como um dos torneios mais disputados do país.
O São Paulo dominou a década com cinco títulos (1980, 1981, 1985, 1987 e 1989), destacando-se com a geração conhecida como “Menudos do Morumbi”.
Jogadores como Müller e Silas encantaram os torcedores e ajudaram o Tricolor a escrever uma nova fase gloriosa.
A década também foi marcada pela “Democracia Corintiana”, movimento liderado por Sócrates e Casagrande, que revolucionou não só a maneira de jogar, mas também a forma de gerir um clube.
O Corinthians venceu em 1982 e 1983 com esse modelo, misturando política, futebol e arte.
Além dos gigantes, o interior também teve seu momento de glória: em 1986, a Inter de Limeira protagonizou uma das maiores zebras do futebol paulista, vencendo o Palmeiras na final e tornando-se o primeiro clube do interior a conquistar o Paulistão na era profissional.
O feito seria inspiração para outras surpresas nos anos seguintes.
Anos 1990
A década de 1990 foi um período de reconstrução para muitos clubes e de grandes campanhas no Campeonato Paulista.
O São Paulo brilhou nos primeiros anos, vencendo em 1991 e 1992 com um time recheado de estrelas como Raí, Zetti e Müller, que logo também dominariam o cenário continental e mundial sob o comando de Telê Santana.
Em 1993, o Palmeiras encerrou um jejum de 16 anos sem títulos estaduais com uma das finais mais simbólicas da história do Paulistão: uma goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians no Morumbi, iniciando a era da “Segunda Academia”, que também venceria em 1994 e 1996.
Comandado por Vanderlei Luxemburgo, o Verdão empilhou gols e encantou com jogadores como Rivaldo, Djalminha, Edmundo e Cafu.
O Corinthians, por sua vez, foi dominante na reta final da década, vencendo em 1995, 1997 e 1999.
O Paulistão dos anos 90 também ficou marcado por surpresas: o Bragantino venceu em 1990 em uma final histórica contra o Novorizontino — a primeira final entre dois clubes do interior desde a era profissional — reforçando o charme e a imprevisibilidade do torneio.
Século XXI

Com o início do novo milênio, o Campeonato Paulista passou a dividir espaço com competições de maior apelo financeiro e técnico, como o Brasileirão e a Libertadores.
Ainda assim, manteve sua importância como vitrine para jovens talentos e como um palco privilegiado para clássicos estaduais.
Entre 2001 e 2025, Corinthians e Santos foram os grandes protagonistas. O Timão conquistou sete títulos nesse intervalo, incluindo o tricampeonato consecutivo de 2017, 2018 e 2019.
O Santos também brilhou, especialmente entre 2010 e 2012, com Neymar como estrela principal e um futebol ofensivo que encantou o Brasil.
O Palmeiras, após um período sem conquistas estaduais, voltou a vencer em 2020 em uma final dramática contra o Corinthians, encerrando um jejum de 12 anos.
Depois disso, engatou uma sequência impressionante, com títulos também em 2022, 2023 e 2024, tornando-se o time mais vencedor da década até então.
O São Paulo, por sua vez, encerrou um longo tabu ao vencer a edição de 2021 diante do Palmeiras, quebrando 16 anos sem levantar a taça estadual.
Mesmo com a nova realidade do futebol brasileiro, o Campeonato Paulista segue sendo um dos torneios mais emblemáticos do calendário nacional — e continua a oferecer grandes histórias, rivalidades acirradas e a emoção única de um estadual com mais de um século de tradição.
Organização
Com o passar dos anos, o Campeonato Paulista não apenas evoluiu em nível técnico, mas também em termos organizacionais.
A Federação Paulista de Futebol implementou diversos ajustes no formato da competição para torná-la mais dinâmica, equilibrada e atrativa — tanto para os clubes quanto para o público.
A seguir, um panorama da estrutura atual do torneio e dos elementos que compõem seu funcionamento, seus bastidores e sua operação comercial.
Formato da competição
Desde 2017, o Campeonato Paulista adota um modelo misto de pontos corridos e mata-mata. As 16 equipes são divididas em quatro grupos com quatro clubes cada.
Durante a primeira fase, os times não enfrentam adversários do próprio grupo — jogam apenas contra os outros 12 clubes, totalizando 12 partidas.
Ao fim dessa etapa, os dois melhores colocados de cada grupo avançam para as quartas de final.
O mata-mata é disputado em jogo único nas quartas e semifinais, com mando da equipe de melhor campanha. A final é decidida em dois jogos, com o segundo confronto na casa do time que tiver a melhor pontuação geral.
Esse formato busca equilíbrio competitivo e oferece margem para surpresas, mantendo o interesse até os momentos decisivos.
Regulamento 2025
Na edição de 2025, o regulamento manteve a estrutura dos anos anteriores. A principal novidade foi a ampliação dos critérios de desempate para a definição de mandos no mata-mata e rebaixamento.
Em caso de empate na classificação, o desempate seguiu a ordem: número de vitórias, saldo de gols, gols marcados, confronto direto (quando aplicável) e, por fim, sorteio.
O rebaixamento também permaneceu inalterado: os dois piores colocados na classificação geral (independentemente dos grupos) caem para a Série A2.
O Troféu do Interior, por sua vez, foi substituído pela Taça Independência, que teve novo formato e clubes diferentes dos habituais.
Clubes participantes em 2025
A edição de 2025 contou com 16 clubes:
- Corinthians
- Palmeiras
- São Paulo
- Santos
- Red Bull Bragantino
- Ponte Preta
- Água Santa
- Mirassol
- Ituano
- Botafogo-SP
- Inter de Limeira
- Novorizontino
- Santo André
- Portuguesa
- Guarani
- São Bernardo
A presença de clubes do interior reafirma o papel do Paulistão como celeiro de revelações e como espaço de visibilidade para equipes fora do eixo tradicional da capital.
Além disso, fortalece a abrangência estadual do campeonato e mantém acesa a chama da rivalidade entre capital e interior.
Principais clássicos paulistas
O Campeonato Paulista é o palco de algumas das rivalidades mais intensas do futebol brasileiro.
Os clássicos paulistas movimentam milhões de torcedores, definem títulos e escrevem capítulos memoráveis da história do torneio.
O mais antigo é o Paulista, entre Corinthians e Palmeiras, também conhecido como Dérbi. Disputado desde 1917, é símbolo de rivalidade e tradição.
Outro clássico emblemático é o Majestoso, entre Corinthians e São Paulo, marcado por confrontos decisivos e grandes públicos.
Já o Choque-Rei, entre Palmeiras e São Paulo, carrega um histórico de equilíbrio técnico e partidas dramáticas.
Por fim, o San-São, duelo entre Santos e São Paulo, também se destaca pela qualidade técnica, principalmente nos anos dourados de Pelé e das gerações recentes de ídolos tricolores.
Esses clássicos não apenas aumentam a audiência e o apelo do Paulistão, mas também servem como termômetro para as fases decisivas da temporada dos grandes clubes paulistas.
Troféu do Interior
Criado com o objetivo de valorizar os clubes fora da capital, o Troféu do Interior surgiu como uma “competição paralela” dentro do próprio Paulistão.
Até 2022, ele era disputado pelas equipes melhor colocadas entre as que não se classificavam para o mata-mata e que não pertenciam à capital ou à cidade de Santos.
O campeão do Troféu do Interior recebia premiação financeira e, em determinados anos, também garantia vaga na Copa do Brasil ou na Série D do Campeonato Brasileiro.
Foi uma ferramenta importante de incentivo para os times do interior, que viam na taça uma chance real de protagonismo estadual.
Supercampeonato Paulista
O Supercampeonato Paulista foi uma edição extraordinária disputada em 2002.
Devido ao calendário apertado e à participação dos principais clubes paulistas no Torneio Rio–São Paulo, o Paulistão daquele ano contou apenas com equipes do interior.
O título foi conquistado pelo Ituano.
Posteriormente, a FPF organizou um quadrangular entre os três melhores paulistas no Rio-São Paulo (São Paulo, Corinthians e Palmeiras) e o campeão do estadual (Ituano), originando o chamado Supercampeonato.
O São Paulo Futebol Clube saiu vencedor dessa edição especial, que ficou marcada como um experimento isolado e curioso da história recente do torneio.
Campeonato Paulista Extra
O Campeonato Paulista Extra é uma raridade histórica, com apenas duas edições registradas: 1926 e 1938.
Em ambas as ocasiões, o torneio foi organizado paralelamente à disputa oficial do estadual, em contextos de cisões internas no futebol paulista.
A edição de 1926, por exemplo, ocorreu sob a organização da APEA, e teve o Palestra Itália como campeão. Já em 1938, o Palestra Itália voltou a triunfar, dessa vez sob a chancela da LFESP.
Embora não sejam reconhecidos oficialmente como edições tradicionais do Paulistão, esses torneios refletem os momentos de instabilidade política entre ligas e clubes — aspectos que também ajudaram a moldar o futebol profissional no estado.
Patrocinadores
O Campeonato Paulista tem ao longo dos anos contado com o apoio de grandes marcas nacionais e internacionais. A edição atual tem como patrocinador máster o Sicredi, instituição financeira cooperativa.
Outras empresas, como fornecedoras de material esportivo, plataformas de apostas, bebidas e serviços digitais, também investem no torneio — seja por meio de patrocínios diretos ou cotas de transmissão.
A visibilidade da competição e o alto engajamento dos torcedores tornam o Paulistão uma vitrine atraente para patrocinadores.
O alcance em plataformas de TV, streaming e redes sociais garante retorno de imagem e exposição em todas as regiões do Brasil.
Direitos de transmissão
Desde 2022, os direitos de transmissão do Campeonato Paulista passaram a ser compartilhados entre diversos veículos, rompendo com o modelo tradicional de exclusividade.
A RecordTV transmite jogos em TV aberta, enquanto o YouTube (via CazéTV) exibe partidas ao vivo gratuitamente pela internet, incluindo até seis jogos por rodada.
No streaming pago, a HBO Max e o canal TNT transmitem 28 partidas por edição.
Já o pay-per-view ficou sob responsabilidade da plataforma Paulistão Play, em conjunto com o Premiere nos primeiros anos do novo modelo.
Essa diversificação de canais democratizou o acesso à competição, aumentou a audiência e abriu novas possibilidades de monetização e engajamento digital para os clubes e para a própria Federação Paulista de Futebol.
Prêmio em dinheiro
O Campeonato Paulista oferece uma premiação financeira atrativa, especialmente para os clubes do interior que veem no estadual uma das principais fontes de receita da temporada.
Em 2023, por exemplo, a Federação Paulista de Futebol pagou R$ 5 milhões ao campeão e R$ 1,6 milhão ao vice-campeão, valores que foram mantidos como referência nas edições seguintes.
Além dos finalistas, as equipes classificadas para as fases eliminatórias também recebem cotas proporcionais ao desempenho, e o campeão da Taça Independência (antigo Troféu do Interior) também é contemplado com premiação em dinheiro.
Embora os valores sejam modestos em comparação com torneios nacionais, eles têm impacto considerável no planejamento financeiro de boa parte dos clubes.
Estádios utilizados
O Campeonato Paulista é disputado em estádios espalhados por todo o estado, refletindo a diversidade e a abrangência geográfica da competição.
Os grandes clássicos e finais geralmente ocorrem em arenas como o Allianz Parque, o Morumbi, a Neo Química Arena e a Vila Belmiro, que oferecem estrutura de alto nível e grande capacidade de público.
No interior, destacam-se estádios como o Nabi Abi Chedid (Bragança Paulista), o Walter Ribeiro (Sorocaba), o Santa Cruz (Ribeirão Preto), o Novelli Júnior (Itu) e o Barão de Serra Negra (Piracicaba).
Esses palcos são fundamentais para a descentralização do futebol paulista e proporcionam experiências únicas aos torcedores locais.
A mistura entre estádios modernos e tradicionais ajuda a manter viva a essência do estadual, com jogos em cenários históricos e em arenas de padrão internacional, o que confere ao Paulistão uma atmosfera única entre os campeonatos regionais do Brasil.
Direitos de transmissão

Até 2021, o Campeonato Paulista era transmitido com exclusividade pelo Grupo Globo, que detinha os direitos para TV aberta, fechada e pay-per-view.
No entanto, a partir de 2022, a Federação Paulista de Futebol decidiu reformular completamente esse modelo, optando por vender os direitos de forma segmentada para alcançar novos públicos e explorar diferentes plataformas.
A RecordTV passou a transmitir um jogo por rodada em TV aberta, marcando o retorno da emissora à exibição de futebol estadual após muitos anos.
Paralelamente, o YouTube, por meio do canal CazéTV, inovou ao oferecer jogos ao vivo gratuitamente na internet, incluindo até seis partidas por rodada — uma mudança que agradou especialmente o público jovem e conectado.
No campo do streaming pago, a HBO Max e o canal TNT Sports adquiriram os direitos de 28 partidas por temporada, ampliando o alcance da competição para o público que consome futebol por serviços on demand.
Já o pay-per-view passou a ser oferecido pelo Paulistão Play, com a opção compartilhada com o Premiere durante os anos iniciais da nova divisão.
Essa diversidade de canais e plataformas tornou o Paulistão um case de modernização no futebol brasileiro, abrindo espaço para novas formas de engajamento e garantindo que o estadual mais antigo do país continuasse relevante em plena era digital.
Prêmio em dinheiro
Na edição de 2023, a Federação Paulista de Futebol pagou R$ 5 milhões ao campeão do Campeonato Paulista e R$ 1,6 milhão ao vice-campeão, valores que serviram de referência para os anos seguintes, inclusive em 2025.
Embora não se comparem aos prêmios de torneios nacionais ou continentais, essas quantias são extremamente relevantes para a maioria dos clubes participantes, especialmente os do interior.
Além da premiação principal, os times que avançam para as fases eliminatórias também recebem cotas proporcionais ao desempenho, criando um incentivo competitivo já a partir da fase de grupos.
A depender dos contratos firmados com patrocinadores e plataformas de transmissão, os clubes também podem obter receitas extras através de exposições comerciais, bônus por audiência e ativações digitais.
Outra premiação que movimenta o estadual é a da Taça Independência (antigo Troféu do Interior).
O campeão dessa disputa paralela garante um prêmio menor, mas que ainda representa um reforço financeiro considerável, sobretudo para times que não disputam as principais divisões nacionais.
Campeões
Ao longo de sua longa trajetória, o Campeonato Paulista consagrou dezenas de campeões e revelou a força de clubes tanto da capital quanto do interior.
A lista de vencedores reflete as diferentes fases do futebol paulista — da era amadora à profissionalização, passando por períodos de supremacia, equilíbrio e grandes surpresas.
A seguir, um panorama dos campeões nas diversas versões do estadual, incluindo edições paralelas e especiais.
Campeonato Paulista
O Corinthians é o maior campeão da história do Campeonato Paulista, com 31 títulos conquistados entre 1914 e 2025.
Logo atrás vêm o Palmeiras, com 26 títulos, e São Paulo e Santos, empatados com 22 conquistas cada.
Esses quatro gigantes dominam a história do torneio, mas outros clubes também já escreveram seus nomes na galeria de campeões, como o Paulistano (11 títulos), Portuguesa (3), Inter de Limeira, Bragantino, Ituano e São Caetano, entre outros.
Entre os títulos mais memoráveis estão os do Santos na era Pelé, os da “Academia” do Palmeiras nos anos 60 e 70, o fim do jejum do Corinthians em 1977 e as campanhas arrasadoras do São Paulo nos anos 90.
O Paulistão também consagrou clubes do interior, como a Inter de Limeira (1986) e o Bragantino (1990), reforçando a imprevisibilidade do torneio.
Vale destacar que muitos campeonatos até os anos 1930 foram organizados por diferentes ligas (como APEA, LPF, LAF), o que gerou disputas paralelas e, em alguns anos, dois campeões no mesmo período.
Campeonato Paulista Extra
O Campeonato Paulista Extra teve duas edições históricas: 1926 e 1938. Em ambas, o Palestra Itália (atual Palmeiras) foi campeão.
Essas edições ocorreram em contextos de cisões entre as entidades organizadoras e serviram como torneios paralelos ao Campeonato Paulista oficial da época.
Embora não estejam no rol principal de conquistas da maioria dos clubes, essas taças são reconhecidas como expressões legítimas do futebol paulista em períodos de reestruturação ou instabilidade institucional.
Supercampeonato Paulista
Disputado apenas em 2002, o Supercampeonato Paulista foi uma edição especial criada para reunir os três melhores clubes paulistas no Torneio Rio–São Paulo (São Paulo, Palmeiras e Corinthians) e o campeão estadual daquele ano, o Ituano.
O torneio foi vencido pelo São Paulo, que bateu o Corinthians na final.
A criação desse quadrangular teve como objetivo garantir uma espécie de “unificação” do título paulista num ano atípico, já que os grandes clubes não disputaram a edição tradicional do estadual.
Apesar de ter sido uma exceção no calendário, o Supercampeonato figura entre os títulos oficiais reconhecidos pela Federação Paulista de Futebol.
Títulos
A distribuição de títulos do Campeonato Paulista ajuda a entender não apenas o domínio histórico dos grandes clubes da capital, mas também os momentos de brilho de equipes do interior.
Essa análise revela padrões de hegemonia por décadas e o impacto geográfico das conquistas ao longo do tempo. Abaixo, confira o detalhamento por clube e por cidade.
Por clube
O Corinthians lidera o ranking de títulos do Campeonato Paulista com 31 conquistas, seguido de perto pelo Palmeiras, que soma 26 troféus. São Paulo e Santos vêm logo atrás, com 22 títulos cada.
Esses quatro clubes formam a espinha dorsal do estadual, tendo dominado a maior parte das edições desde o início do profissionalismo.
Outros clubes também se destacam no histórico da competição. O extinto Paulistano, que atuava na era amadora, conquistou 11 títulos, sendo o maior campeão do período pré-profissional.
A Portuguesa soma três títulos, enquanto Ituano e Inter de Limeira surpreenderam em suas respectivas épocas com campanhas históricas.
O Bragantino, o São Caetano e o Juventus também aparecem entre os campeões com uma conquista cada.
Essa diversidade mostra como o Paulistão, embora concentrado nos gigantes, sempre teve espaço para clubes de diferentes perfis escreverem seus capítulos de glória.
Por cidade
A cidade de São Paulo é, de longe, a maior vencedora do Paulistão, somando 110 títulos através de seus principais representantes: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Portuguesa, Paulistano e outros clubes históricos da capital.
Isso reflete o domínio técnico, econômico e estrutural dos clubes da metrópole ao longo de mais de um século.
Em segundo lugar aparece Santos, com 22 títulos, todos conquistados pelo Santos Futebol Clube — reforçando a representatividade da cidade no cenário estadual.
O município de Itu, com dois títulos do Ituano, é o terceiro com maior número de conquistas.
Outras cidades que já celebraram campeonatos paulistas incluem Bragança Paulista, Limeira e São Caetano do Sul, cada uma com um título.
Esses casos mostram a força do interior em momentos específicos da história, mantendo viva a mística do estadual como um dos torneios mais democráticos do país.
Estatísticas
O legado centenário do Campeonato Paulista também se traduz em números impressionantes.
Ao longo das edições, clubes construíram hegemonias, jogadores atingiram marcas lendárias e algumas campanhas se tornaram inesquecíveis — seja pela invencibilidade, pela regularidade ou por façanhas individuais.
A seguir, as principais estatísticas que ajudam a contar a grandeza do Paulistão.
Participações por clube
Mais de 100 clubes já participaram da elite do Campeonato Paulista ao longo da história, mas alguns nomes são presença constante.
O Corinthians lidera em número de participações, seguido por Palmeiras, São Paulo e Santos — os quatro gigantes do estado sempre figuraram entre os protagonistas da competição.
Entre os clubes do interior, Ponte Preta, Guarani, Botafogo-SP, Ferroviária, XV de Piracicaba e Inter de Limeira são os que mais vezes estiveram presentes na Série A1.
A assiduidade dessas equipes reflete o papel do Paulistão na manutenção e valorização do futebol regional.
Campeões invictos
A conquista invicta é uma façanha celebrada com grande orgulho pelos clubes. O Corinthians é o maior exemplo disso, com cinco títulos invictos: 1914, 1916, 1929, 1938 e 2009.
O Palmeiras também figura com destaque, com três campanhas invictas: 1926, 1932 e 1972.
Outros clubes como Paulistano, Santos, São Paulo Athletic, Juventus, São Paulo FC, entre outros, também têm pelo menos uma conquista invicta.
Esses feitos reforçam a força técnica e o domínio demonstrado por esses times ao longo da competição.
Vice-Campeão invicto
Uma situação rara ocorreu em 1972, quando o São Paulo Futebol Clube terminou a competição sem perder, mas acabou vice-campeão pelo critério de pontos, já que o Palmeiras também estava invicto e teve melhor campanha.
Esse episódio curioso tornou o Tricolor o único vice-campeão invicto da história do Paulistão até hoje — um feito tão raro quanto notável.
Campeões consecutivos
A hegemonia de determinados clubes em certas eras fica evidente na lista dos campeões consecutivos.
O feito mais expressivo pertence ao Paulistano, que conquistou o tetracampeonato entre 1916 e 1919, durante a era amadora do futebol.
No profissionalismo, os clubes que conseguiram maior sequência de títulos foram:
- Corinthians: quatro vezes tricampeão – 1922–24, 1928–30, 1937–39 e mais recentemente 2017–19.
- Santos: três tricampeonatos – 1960–62, 1967–69 e 2010–12, todos marcados por grandes elencos e domínio técnico.
- Palmeiras: dois tricampeonatos – 1932–34 e 2022–24, este último sob o comando de Abel Ferreira.
- São Paulo: cinco bicampeonatos, incluindo 1980–81 e 1991–92, refletindo sua regularidade nas décadas de ouro do clube.
Essas séries de títulos demonstram períodos de supremacia e marcam gerações de torcedores.
Campeões das décadas
Cada década do Campeonato Paulista teve clubes que se destacaram como os maiores vencedores daquele período. Abaixo, os dominantes por década:
- 1900: São Paulo Athletic (3 títulos)
- 1910: Paulistano (5 títulos)
- 1920: Corinthians (6 títulos)
- 1930: Palestra Itália (5 títulos)
- 1940: São Paulo (5 títulos)
- 1950: Santos (4 títulos)
- 1960: Santos (7 títulos) – a era Pelé
- 1970: Palmeiras e São Paulo (3 títulos cada)
- 1980: São Paulo (4 títulos)
- 1990: São Paulo (4 títulos)
- 2000: Corinthians e Santos (3 títulos cada)
- 2010: Santos e Corinthians (4 títulos cada)
- 2020: Palmeiras (3 títulos – até 2024)
O domínio por décadas ajuda a entender a evolução de forças dentro do futebol paulista e a alternância no topo ao longo do tempo.
Artilheiros históricos
Entre os maiores artilheiros da história do Paulistão, o nome mais marcante é Pelé, com feitos inalcançáveis: foi artilheiro nove vezes consecutivas, de 1957 a 1965, e detém o recorde de gols em uma única edição, com 58 gols em 1958 — marca que jamais foi superada.
Outros nomes importantes incluem:
- Arthur Friedenreich, ídolo do Paulistano, que brilhou nas primeiras décadas do campeonato.
- Teleco, atacante do Corinthians, que liderou a artilharia em várias edições nos anos 1930 e 1940.
- Serginho Chulapa, maior goleador da era moderna, com diversos anos no topo da artilharia pelo São Paulo e Santos.
- Ricardo Oliveira, artilheiro recente e ídolo santista, que liderou a competição em 2015 com 11 gols.
Esses artilheiros ajudaram a eternizar o Paulistão como um palco de grandes talentos e feitos individuais lendários.
Se quiser, já posso seguir com os Artilheiros por edição, Maiores goleadas ou o próximo bloco temático. É só avisar!
Artilheiros por edição
A lista de artilheiros por edição do Campeonato Paulista ajuda a traçar a evolução técnica do torneio e a importância de goleadores em diferentes eras.
Desde Charles Miller, artilheiro da primeira edição em 1902, até os nomes mais recentes, o Paulistão sempre foi palco para atacantes deixarem sua marca.
Entre os destaques mais notáveis:
- Pelé foi artilheiro por nove anos seguidos, entre 1957 e 1965, com destaque absoluto para 1958, quando marcou 58 gols, um recorde histórico que permanece imbatível.
- Feitiço, lendário atacante da década de 1930, liderou a artilharia em cinco temporadas.
- Serginho Chulapa foi o goleador máximo em quatro edições, incluindo a de 1977, com 32 gols pelo São Paulo.
- Nas últimas décadas, nomes como Luís Fabiano, Neymar, Ricardo Oliveira, William Pottker, Jean Mota e Giuliano Galoppo se destacaram em campanhas recentes.
- Em 2025, o artilheiro foi Guilherme (Santos), com 10 gols.
A seguir, alguns exemplos emblemáticos por período:
- 1902 – Charles Miller (São Paulo Athletic): 10 gols
- 1931 – Feitiço (Santos): 39 gols
- 1958 – Pelé (Santos): 58 gols
- 1991 – Raí (São Paulo): 20 gols
- 2012 – Neymar (Santos): 20 gols
- 2016 – Roger (Red Bull Brasil): 11 gols
- 2024 – Flaco López (Palmeiras): 10 gols
- 2025 – Guilherme (Santos): 10 gols
A artilharia do Paulistão não apenas consagra jogadores como também serve como termômetro para a temporada, muitas vezes antecipando o sucesso de atletas em nível nacional e internacional.
Maiores goleadas
Ao longo de sua centenária trajetória, o Campeonato Paulista também foi palco de goleadas históricas — algumas que entraram para os livros como demonstrações de força avassaladora, outras como capítulos dolorosos para os derrotados.
Essas partidas marcaram épocas diferentes do futebol paulista e, em alguns casos, ocorreram até mesmo em decisões de título. Abaixo, os maiores placares já registrados na competição.
Em toda a história
A maior goleada registrada na história do Campeonato Paulista aconteceu em 16 de maio de 1920, quando o Paulistano aplicou 12 a 0 na A.A. das Palmeiras, na Chácara da Floresta.
Esse resultado permanece como o placar mais elástico do estadual — um verdadeiro massacre que simboliza o domínio de clubes da elite no início da história do futebol paulista.
Outras goleadas memoráveis incluem:
- 12 a 1 do Paulistano sobre o Ypiranga, em 1921
- 12 a 1 do Santos sobre o mesmo Ypiranga, em 1927
- 12 a 1 do São Paulo sobre o Sírio, em 1933
- 12 a 1 novamente do São Paulo, desta vez contra o Jabaquara, em 1945
- 12 a 1 do Santos sobre a Ponte Preta, em 1959
Esses resultados ocorreram em diferentes contextos — da era amadora à profissional — e ajudam a ilustrar os desequilíbrios de força que já existiram em determinadas fases do Paulistão.
Em finais
Apesar do equilíbrio natural das decisões, algumas finais do Campeonato Paulista também ficaram marcadas por goleadas acachapantes, geralmente protagonizadas por elencos de altíssimo nível técnico.
A maior delas ocorreu em 2008, quando o Palmeiras goleou a Ponte Preta por 5 a 0, no Estádio Palestra Itália, na final da competição.
Outras finais com placares dilatados:
- 4 a 0 do Palmeiras sobre o Corinthians, em 1993 – encerrando um jejum de 16 anos sem títulos
- 4 a 0 do Palmeiras sobre o São Paulo, em 2022 – em uma virada histórica no Allianz Parque
- 4 a 0 novamente do Palmeiras sobre o Água Santa, na final de 2023
Esses confrontos não apenas decidiram títulos, como também reforçaram o peso emocional que o estadual carrega, especialmente quando envolve rivais históricos em momentos decisivos.
Maiores públicos
O recorde absoluto de público do Campeonato Paulista foi registrado em 9 de outubro de 1977, na final entre Corinthians e Ponte Preta, quando 146.082 pessoas (sendo 138.032 pagantes) lotaram o Estádio do Morumbi.
A partida entrou para a história não apenas pela multidão presente, mas também por encerrar o jejum de 23 anos sem títulos do Timão, com o gol inesquecível de Basílio.
Outros públicos históricos também ocorreram no Morumbi, especialmente entre as décadas de 1970 e 1980:
- Palmeiras 2 x 0 Santos (1978): 127.423 presentes
- São Paulo 1 x 0 Santos (1980): 122.535 pessoas
- Corinthians 0 x 1 Palmeiras (1974): 120.902 torcedores
- São Paulo 3 x 2 Corinthians (1982): 119.858 presentes
Esses números refletem o auge do Paulistão em termos de apelo popular, quando os jogos decisivos moviam multidões e paravam o estado de São Paulo.
Mesmo com a redução das capacidades dos estádios por questões de segurança e novas normas, o impacto das torcidas no estadual continua sendo um dos grandes diferenciais da competição.
Médias de público por clube
Considerando o período entre 1971 e 2023 (com exceção dos anos entre 2001 e 2003, por ausência de dados completos), o Corinthians lidera com a maior média de público no Campeonato Paulista: 24.980 torcedores por jogo.
O número reflete não apenas o tamanho da torcida, mas também a constância do clube em campanhas competitivas e a tradição de apoio maciço nos clássicos e fases decisivas.
Na sequência, aparecem:
- Palmeiras – média de 19.407 torcedores por jogo
- São Paulo – média de 16.729
- Santos – média de 13.488
Esses números consolidam o domínio dos quatro grandes da capital em termos de mobilização popular. No entanto, clubes do interior também demonstraram força local:
- Portuguesa: 8.455
- Ponte Preta: 6.888
- Guarani: 6.791
- Botafogo-SP: 6.143
- São José-SP: 5.446
- Inter de Limeira: 5.378
- XV de Piracicaba: 5.312
- Comercial: 5.311
Esses dados reforçam o papel do Paulistão como uma competição profundamente enraizada no cotidiano do torcedor paulista, onde o apoio da arquibancada continua sendo um fator decisivo e apaixonado em cada rodada.
Competições relacionadas
Dentro do ecossistema do futebol paulista, o Campeonato Paulista também deu origem a competições complementares que valorizam outros aspectos do desempenho dos clubes.
Essas disputas paralelas, como o Campeonato Paulista do Interior e a Taça dos Invictos, contribuíram para ampliar o prestígio do estadual e reconhecer feitos além dos títulos principais.
A seguir, um panorama dessas competições relacionadas.
Campeonato Paulista do Interior
Conhecido também como “Troféu do Interior”, o Campeonato Paulista do Interior foi criado para valorizar os clubes que não pertencem à capital nem à cidade de Santos.
Originalmente, a disputa envolvia os times melhor colocados entre os que não avançavam às semifinais do Paulistão.
A competição servia como uma espécie de “consolação de luxo”, com direito a premiação em dinheiro e, em algumas edições, até vaga na Copa do Brasil ou Série D do Brasileirão.
Em 2023, a FPF reformulou o torneio e o renomeou para Taça Independência, permitindo a inclusão de clubes da capital como a Portuguesa.
A mudança também excluiu os times que disputam a Série A do Brasileirão, transformando a taça em um espaço para projeção de clubes emergentes e manutenção do calendário competitivo dos demais participantes do estadual.
Taça dos Invictos
A Taça dos Invictos é uma premiação simbólica, tradicionalmente entregue ao clube que atinge uma longa sequência de jogos sem derrotas no Campeonato Paulista.
Criada e originalmente concedida pelo jornal A Gazeta Esportiva, a taça passou a representar um dos troféus honorários mais respeitados do futebol paulista.
Entre os maiores detentores do título está o Corinthians, que recebeu a taça após emendar uma sequência de 28 jogos invictos entre 2009 e 2010, a maior da era moderna.
A premiação celebra não apenas campanhas vitoriosas, mas também regularidade, consistência e força defensiva — aspectos fundamentais para quem deseja conquistar o Paulistão.
Curiosidades sobre o Campeonato Paulista
Ao longo de mais de um século, o Campeonato Paulista acumulou muito mais do que estatísticas e títulos — construiu um verdadeiro patrimônio cultural do futebol brasileiro.
Entre polêmicas marcantes, atuações lendárias, zebras históricas e revelações surpreendentes, o Paulistão se consolidou como um campeonato repleto de narrativas inesquecíveis.
A seguir, algumas das curiosidades que ajudaram a forjar esse legado.
Polêmicas históricas
O Campeonato Paulista sempre foi palco de grandes emoções — e, por vezes, de polêmicas que dividiram torcedores, imprensa e dirigentes.
Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em 1971, quando o árbitro Armando Marques anulou um gol legítimo do Palmeiras contra o São Paulo em uma semifinal decisiva, gerando protestos intensos e suspeitas sobre a arbitragem da época.
Outra polêmica marcante veio em 1998, quando o Corinthians escalou o lateral Edílson de forma irregular em uma das rodadas.
O clube foi punido com a perda de pontos, o que acabou mudando o cruzamento nas semifinais e influenciando diretamente o desfecho do campeonato.
Já em 2023, a final entre Palmeiras e Água Santa levantou discussões sobre o uso do VAR, especialmente após a marcação de um pênalti polêmico logo no início da partida de volta.
Jogos inesquecíveis
O Paulistão já foi palco de confrontos épicos, como o Corinthians 3 x 3 Palmeiras de 1993, marcado por reviravoltas e um Pacaembu lotado na primeira final da era Parmalat.
Outro jogo histórico é o Santos 5 x 2 Corinthians de 2001, semifinal decidida com um show de Ricardinho e Marcelinho Carioca.
Também é impossível não lembrar do Palmeiras 4 x 0 São Paulo em 2022, quando o Verdão reverteu uma desvantagem do jogo de ida com uma atuação avassaladora no Allianz Parque.
Essas partidas ficaram marcadas não apenas pelos placares, mas pelo contexto emocional, rivalidade e peso histórico que carregaram.
Maiores zebras
Ao longo dos anos, algumas campanhas surpreendentes ficaram conhecidas como verdadeiras “zebras” do Campeonato Paulista.
A Inter de Limeira, campeã em 1986 em cima do Palmeiras, ainda é lembrada como a maior delas — a primeira e única equipe do interior a conquistar o Paulistão na era profissional.
Outro caso foi o São Caetano em 2004, que, mesmo vindo de um processo de reformulação, superou o Paulista de Jundiaí e levantou a taça após ótima campanha.
Em 2023, o Água Santa chegou à final pela primeira vez em sua história, eliminando São Paulo e Red Bull Bragantino — um feito que chocou o estado.
Essas trajetórias improváveis mostram como o estadual ainda reserva espaço para surpresas e consagrações fora do eixo tradicional.
Melhores jogadores de cada edição
Desde os anos 2000, o Campeonato Paulista passou a eleger oficialmente o Craque do Paulistão ao fim de cada edição, celebrando o destaque individual da competição.
Em 2010, Neymar, com apenas 18 anos, foi eleito o melhor jogador após uma campanha brilhante pelo Santos. Em 2022, Raphael Veiga, do Palmeiras, levou o prêmio após comandar a virada histórica na final contra o São Paulo.

Outros craques que já foram reconhecidos incluem:
- Jorge Valdivia (2008) – destaque da campanha do Palmeiras
- Giovanni Augusto (2015) – surpreendente destaque pelo Bragantino
- Artur (2020) – principal nome do Red Bull Bragantino
- Endrick (2023) – mesmo jovem, brilhou nas finais e foi decisivo para o Palmeiras
- Flaco López (2024) – artilheiro e figura central no título alviverde
O reconhecimento do melhor jogador do campeonato ajuda a valorizar atuações individuais que, muitas vezes, projetam esses atletas para o cenário nacional e internacional.
Revelações do campeonato
O Paulistão é tradicionalmente uma vitrine de jovens talentos, muitos deles revelados por clubes grandes e médios. Pelé, por exemplo, despontou para o mundo no estadual de 1957, quando tinha apenas 16 anos.
Mais recentemente, nomes como Rodrygo, Gabriel Jesus, Antony, Danilo, Patrick de Paula e Endrick ganharam projeção nacional após grandes atuações no estadual.
Mas o torneio também revela jogadores de clubes menores, como:
- Claudemir (Mirassol – 2009)
- Bruno Mezenga (Ferroviária – 2021)
- Elvis (CRB/Mirassol – 2015)
- Dadá Belmonte (Água Santa – 2023)
Essas revelações muitas vezes são negociadas logo após o campeonato, gerando receita para os clubes e oportunidades de crescimento para os atletas.
Impacto social e econômico
Mais do que um torneio esportivo, o Campeonato Paulista tem grande impacto social e econômico no estado.
Ele movimenta diretamente o turismo local, gera empregos temporários, impulsiona a economia de cidades do interior e ainda alimenta a indústria esportiva, com destaque para os setores de mídia, publicidade e comércio esportivo.
A competição também exerce papel cultural, sendo parte da identidade de milhares de torcedores e comunidades espalhadas por São Paulo.
Em municípios menores, a chegada de um clube à elite do Paulistão transforma a rotina local, mobiliza escolas, bares, comércio e dá visibilidade nacional à região.
Além disso, com o crescimento das transmissões digitais e redes sociais, o Paulistão se tornou uma poderosa plataforma de engajamento, conectando torcedores e marcas em campanhas que transcendem os 90 minutos de jogo.
Redes sociais oficiais
Para acompanhar todas as novidades, bastidores, gols, estatísticas e curiosidades do Campeonato Paulista, acesse os canais oficiais da competição:
- Site oficial: futebolpaulista.com.br/Home/
- Instagram: instagram.com/paulistao/
- X (Twitter): x.com/Paulistao
Esses canais oferecem cobertura completa do Paulistão, incluindo transmissões ao vivo, entrevistas
Perguntas Frequentes
Quem foi campeão paulista nos últimos 10 anos?
Quem foi campeão paulista nos últimos 10 anos?
De 2015 a 2025, os campeões do Campeonato Paulista foram:
- 2015 – Santos
- 2016 – Santos
- 2017 – Corinthians
- 2018 – Corinthians
- 2019 – Corinthians
- 2020 – Palmeiras
- 2021 – São Paulo
- 2022 – Palmeiras
- 2023 – Palmeiras
- 2024 – Palmeiras
- 2025 – Corinthians
Qual o maior campeão paulista?
O Corinthians é o maior campeão da história do Paulistão, com 31 títulos conquistados. O clube é seguido por Palmeiras (26 títulos), Santos (22) e São Paulo (22).
Quem foi o campeão do Campeonato Paulista de 2025?
O Palmeiras conquistou o título de 2025, alcançando o tetracampeonato consecutivo sob o comando de Abel Ferreira, em mais uma campanha sólida e dominante.
Quem já foi tetra paulista?
O Paulistano foi o único clube a conquistar o tetracampeonato consecutivo na era amadora (1916–1919).
No profissionalismo, Corinthians, Santos e Palmeiras conquistaram três títulos consecutivos, mas o Palmeiras tornou-se o primeiro tetracampeão da era moderna com as conquistas de 2022, 2023, 2024 e 2025.
Quem é maior, Corinthians ou Palmeiras?
A rivalidade é intensa e histórica. O Corinthians é o maior campeão paulista e possui uma das maiores torcidas do Brasil.
Já o Palmeiras é o clube brasileiro com mais títulos nacionais somando Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Supercopa. A resposta depende do critério adotado: número de títulos, torcedores ou relevância internacional.
Ambos são gigantes incontestáveis do futebol brasileiro.