Campeonato Carioca
Campeonato Carioca
Maiores Campeões
Clube com Mais Títulos do Carioca

Flamengo – 38 títulos
Atual Campeão

Flamengo – Campeão Carioca 2024
Maiores Artilheiros
Maior Artilheiro da História do Carioca

Roberto Dinamite – 70 gols
Artilheiros da Última Edição (2025)

Pablo Vegetti – 6 gols no Carioca 2025

Max – 6 gols no Carioca 2025

Germán Cano – 6 gols no Carioca 2025
O Campeonato Carioca é muito mais do que um simples torneio estadual — ele é um capítulo vivo da história do futebol brasileiro.
Desde sua criação em 1906, a competição reúne os clubes mais tradicionais do Rio de Janeiro em uma disputa carregada de rivalidades históricas, craques inesquecíveis e momentos épicos.
Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo formam o coração pulsante do campeonato, arrastando multidões e mantendo viva uma paixão centenária.
Com organização atual da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), o Campeonato Carioca se reinventa a cada ano, preservando o charme de um torneio com raízes profundas, mas que não deixa de acompanhar os novos tempos.
Dos tempos do amadorismo ao futebol moderno, o Cariocão se mantém como um símbolo do futebol arte e da alma do torcedor fluminense.
Nos próximos tópicos, vamos mergulhar nos principais marcos da competição — desde sua origem até os recordes impressionantes que ajudam a contar a história de um dos torneios mais emblemáticos do Brasil.
História do Campeonato Carioca
Ao longo das décadas, o Campeonato Carioca foi palco de transformações profundas que refletem a própria evolução do futebol brasileiro.
Do amadorismo dos primeiros anos à profissionalização, da fusão dos estados à criação da FERJ, cada fase do torneio carrega um peso histórico único.
Entender a trajetória do campeonato é essencial para valorizar seu significado atual e a força de suas rivalidades centenárias. A seguir, destacamos os marcos mais importantes dessa caminhada.
Fundação e primeiros anos (1906–1932)
O Campeonato Carioca nasceu em 1906, ainda no tempo do futebol amador, com o Fluminense conquistando o primeiro título da história.
Nos anos seguintes, clubes como Botafogo, Flamengo e America passaram a disputar a competição, ajudando a consolidar o torneio como o principal do então Distrito Federal.
As partidas eram realizadas em campos improvisados, e o sistema de pontos corridos predominava, com o campeão muitas vezes sendo decidido por antecipação.
A década de 1910 marcou o início das grandes rivalidades cariocas.
O surgimento do Flamengo no futebol, em 1912, por exemplo, deu origem ao clássico Fla-Flu, um dos confrontos mais emblemáticos do futebol mundial.
Já o Botafogo se firmava como um dos times mais populares da época, enquanto o America se destacava com campanhas consistentes.
O período também ficou marcado pela presença de craques lendários, como Nilo e Mimi Sodré.
Até 1932, o Campeonato Carioca foi essencialmente amador, refletindo os valores esportivos da época. No entanto, a pressão pela profissionalização do futebol crescia.
Clubes já remuneravam atletas de forma velada, e as estruturas começavam a se modernizar. Em 1933, o Rio aderiu oficialmente ao futebol profissional, abrindo uma nova era para o campeonato.

Profissionalismo, ligas paralelas e unificação (1933–1978)
Com a chegada do profissionalismo em 1933, o Campeonato Carioca passou a viver uma fase de transição marcada por disputas de poder entre diferentes entidades.
A criação da Liga Carioca de Football (LCF) deu início ao futebol remunerado no Rio, enquanto a AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Athleticos) ainda defendia o amadorismo.
Durante alguns anos, campeonatos paralelos foram disputados, fragmentando a competição e gerando controvérsias quanto aos títulos.
Na segunda metade do século XX, a competição passou a ser organizada por diferentes entidades até a consolidação da Federação Carioca de Futebol.
Durante esse período, a qualidade técnica se manteve alta, com estádios lotados e público cada vez mais envolvido.
Foi também a era dos grandes ídolos: Zizinho, Didi, Garrincha, Quarentinha, e o surgimento meteórico de Pelé nos clássicos interestaduais, que influenciavam o prestígio do torneio local.
Em 1975, a fusão dos estados da Guanabara e do antigo Rio de Janeiro resultou na criação do Estado do Rio de Janeiro.
Três anos depois, em 1978, surgiu a atual Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), unificando de forma definitiva as competições e os clubes das duas antigas federações.
Em 1979, o novo Campeonato Estadual do Rio de Janeiro passou a ser disputado oficialmente, mantendo o nome popular de Campeonato Carioca.
Era moderna: consolidação, televisão e novos formatos (1980–2000)
Com a consolidação da FERJ, a partir da década de 1980 o Campeonato Carioca entrou em uma fase de maior estabilidade institucional, mas também de adaptações frente à nova realidade do futebol nacional.
A chegada massiva da televisão, especialmente com as transmissões da TV Globo, elevou o alcance do torneio, transformando partidas clássicas em eventos de repercussão nacional — e até internacional.
Nesse período, o campeonato também passou a experimentar diferentes fórmulas de disputa.
Foram criadas a Taça Guanabara e a Taça Rio, turnos distintos que, além de movimentarem o calendário, ampliaram a rivalidade entre os grandes clubes.
A final entre os campeões dos turnos passou a decidir o título em formato de decisão, trazendo emoção e imprevisibilidade ao torneio.
Apesar da queda no prestígio nacional dos campeonatos estaduais com a ampliação do Brasileirão e da Copa do Brasil, o Carioca continuou sendo uma vitrine para jovens talentos.
Foi nesse contexto que surgiram craques como Bebeto, Romário e Túlio Maravilha, mantendo viva a identidade ofensiva e apaixonante do futebol carioca.
Século XXI: domínio rubro-negro, rivalidades acirradas e modernização
No século XXI, o Campeonato Carioca seguiu como um dos principais palcos do futebol brasileiro, mesmo em meio a questionamentos sobre a relevância dos estaduais.
O torneio passou a ser disputado em formatos mais compactos, com fases classificatórias, semifinais e finais, priorizando os clássicos e as grandes audiências.
Ainda assim, manteve seu apelo popular e foi responsável por revelar diversos talentos que posteriormente brilharam em nível nacional e internacional.
O Flamengo se consolidou como a principal força da era moderna, conquistando múltiplos títulos entre 2007 e 2025, incluindo tricampeonatos e campanhas invictas.
A supremacia rubro-negra reacendeu a chama das rivalidades locais, especialmente com o Fluminense, que também viveu um bom momento com os gols decisivos de Germán Cano, e com o Vasco, protagonista de finais polêmicas e disputadas.
O Botafogo, mesmo com altos e baixos, conquistou títulos relevantes e manteve sua identidade combativa.
Ao mesmo tempo, a FERJ passou a investir em tecnologia e parcerias comerciais, incluindo transmissões multiplataformas e novas arenas no interior do estado.
O Maracanã seguiu como palco das grandes decisões, mas estádios como o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, ganharam espaço em fases decisivas.
A modernização administrativa e estrutural busca garantir o equilíbrio entre tradição e inovação para que o Cariocão siga pulsando forte no coração do torcedor.
Lista de campeões
Com tantas décadas de história, o Campeonato Carioca construiu uma galeria de campeões que reflete a grandeza e a competitividade do futebol fluminense.
Os clubes do chamado “G4 carioca” dominam a lista, mas outras equipes tradicionais também deixaram sua marca ao longo do tempo.
A seguir, um panorama dos maiores vencedores da competição e os números que ajudam a contar a trajetória dos gigantes do Rio.
Flamengo – 39 títulos
Maior campeão da história do Carioca, dominou diferentes eras do torneio, incluindo campanhas invictas e sequência de tricampeonatos. Símbolo de hegemonia no estado.
Fluminense – 33 títulos
Primeiro campeão da história, dono de uma tradição centenária. Marcou época com times históricos e mantém presença constante entre os líderes.
Vasco da Gama – 24 títulos
Clube pioneiro na inclusão e símbolo de resistência, conquistou seus maiores feitos com elencos recheados de craques e campanhas invictas.
Botafogo – 21 títulos
Time histórico com fortes gerações ao longo do século XX. Conquistou o torneio com lendas como Garrincha, Didi e Túlio Maravilha.
America – 7 títulos
Tradicional clube carioca que brilhou especialmente nas primeiras décadas do campeonato. Hoje não figura entre os grandes, mas é parte importante da história.
Bangu – 2 títulos
Clube de bairro com tradição operária e campanhas memoráveis, especialmente nos anos 1930 e 1960, quando surpreendeu os gigantes do estado.
São Cristóvão – 2 títulos
Equipe histórica do subúrbio que teve seu auge no início do século XX, quando revelou talentos e chegou ao topo do futebol carioca.
Paissandu – 1 título
Campeão em 1912, foi um dos clubes fundadores da competição e teve papel relevante nas primeiras edições antes de desaparecer do cenário principal.
Performances
Ao longo de mais de um século de história, o Campeonato Carioca acumulou uma série de recordes que ajudam a contar a grandeza da competição.
São marcas impressionantes de invencibilidade, sequências de títulos, campanhas memoráveis e goleadores lendários que marcaram época.
Esses números não apenas ilustram o nível técnico do torneio, mas também eternizam momentos que vivem na memória coletiva dos torcedores fluminenses.
Por clube
A disputa histórica do Campeonato Carioca é marcada pela supremacia do chamado G4 (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo), mas outros clubes também tiveram papel relevante ao longo dos anos.
Flamengo – Com 39 títulos e 35 vices, o rubro-negro é o clube mais dominante da história. Presente em 100 edições no G4, sua regularidade impressiona tanto quanto sua torcida apaixonada.
Fluminense – Com 33 títulos e 103 aparições no G4, é o clube que mais vezes ficou entre os quatro primeiros. A constância tricolor ao longo do tempo comprova sua relevância duradoura.
Vasco da Gama – 24 títulos e 85 presenças no G4 mostram a força cruzmaltina no estadual, mesmo com oscilações em algumas décadas.
Botafogo – Com 21 conquistas e 89 aparições entre os quatro primeiros, o clube tem tradição e rivalidades que impulsionaram o charme da competição.
America – Sete títulos e 36 aparições no G4, sendo protagonista nas primeiras décadas do século XX. Hoje, é uma lembrança histórica do que já representou no cenário carioca.
Bangu e São Cristóvão – Com duas conquistas cada, ambos brilharam principalmente antes da profissionalização. Seus feitos são reverenciados até hoje pelos mais nostálgicos.
Por cidade
A cidade do Rio de Janeiro é o grande centro do futebol estadual, concentrando quase todos os títulos do Campeonato Carioca.
Rio de Janeiro – Abriga os quatro grandes clubes e soma 129 títulos, 131 vices e impressionantes 491 aparições no G4. É o epicentro do torneio.
Campos dos Goytacazes – Embora não tenha títulos, já colocou clubes como o Americano em finais e semi-finais, totalizando 6 presenças no G4.
Volta Redonda – Teve crescimento recente e alcançou a final de 2005 e 2025, com 5 aparições no G4 — mostrando força entre os clubes do interior.
Nova Iguaçu, Niterói, Cabo Frio e Nova Friburgo – Representam o interior e a região metropolitana com participações esporádicas, somando pequenas mas simbólicas aparições entre os quatro primeiros.
Por microrregião
As microrregiões reforçam a concentração do protagonismo esportivo na capital, mas também revelam a força regional em alguns momentos.
Rio de Janeiro (microrregião) – Domínio absoluto com 129 títulos e 496 aparições no G4, abrigando os clubes mais tradicionais do estado.
Campos dos Goytacazes – Representa o norte fluminense com clubes históricos como o Americano, totalizando 6 aparições no G4.
Vale do Paraíba do Sul – Inclui Volta Redonda e contribui com 5 aparições no G4. É uma das regiões que mais cresceram nos últimos anos.
Lagos e Nova Friburgo – Com pequenas aparições no G4, representam áreas onde o futebol ainda busca maior projeção.
Por mesorregião
Por fim, as mesorregiões mostram como o futebol carioca ainda é altamente centralizado na Região Metropolitana.
Região Metropolitana do Rio de Janeiro – Com 129 títulos e 496 aparições no G4, concentra quase todo o protagonismo da competição estadual.
Norte Fluminense – Sem títulos, mas com 6 aparições no G4, principalmente por conta do Americano, mostra presença relevante no interior.
Sul Fluminense – Com 5 aparições, é liderada pelo Volta Redonda, que desponta como principal representante da região nas últimas décadas.
Baixadas Litorâneas e Centro Fluminense – Apresentam números baixos, mas reforçam a pluralidade geográfica da competição, mesmo que de forma modesta.
Recordes
Títulos consecutivos
As sequências de títulos ajudam a mostrar o domínio de algumas gerações no futebol carioca. Três clubes conquistaram o Carioca por três anos seguidos ou mais:
- Fluminense – Tetracampeão entre 1906 e 1909. Foi o primeiro grande domínio da história do campeonato.
- Botafogo – Tetracampeão de 1932 a 1935, em plena era do futebol amador.
- Flamengo – Líder em tricampeonatos, com seis diferentes sequências, incluindo 1978–1979 (duas edições no mesmo ano), 2007–2009 e 2019–2021.
Outros clubes como Vasco, Fluminense e Botafogo também conseguiram bi e tricampeonatos ao longo da história, consolidando seus nomes em diferentes épocas.
Participações
A longevidade também é um sinal de grandeza no Carioca. Eis os clubes com mais edições disputadas:
- Fluminense – 120 participações (1906–2025)
- Botafogo – 119 participações (com exceção de 1911, que foi anulada)
- Flamengo – 114 participações (estreou em 1912)
- Bangu – 112 edições
- America – 105 participações
- Vasco da Gama – 104 participações (estreou em 1923)
Artilheiros por edição

Diversos jogadores brilharam como goleadores do Cariocão. Alguns destaques:
- Zico (Flamengo) – artilheiro em 1975, 1977, 1978, 1979-I, 1979-II e 1982.
- Romário – dominou nos anos 1990 com títulos de artilharia por Vasco e Flamengo.
- Fred (Fluminense) – destaque nos anos 2010 com campanhas decisivas.
- Germán Cano – artilheiro das edições de 2023 e 2025, sendo um dos ídolos recentes do Flu.
Maiores artilheiros
Os maiores goleadores da história do Campeonato Carioca são verdadeiros mitos do futebol nacional:
- Roberto Dinamite – 284 gols (Vasco)
- Zico – 239 gols (Flamengo)
- Romário – 233 gols (Vasco, Flamengo e Fluminense)
- Ademir de Menezes – 197 gols (Vasco e Flu)
- Nilo – 196 gols (Botafogo e Fluminense)
Artilheiros por time
Clubes com mais artilheiros de edições:
- Flamengo – 34 vezes
- Botafogo – 31 vezes
- Fluminense – 26 vezes
- Vasco da Gama – 19 vezes
- Bangu – 11 vezes
Esses números comprovam como os grandes clubes cariocas também dominaram o quesito ofensivo ao longo da história.
Goleadas históricas
O Carioca também foi palco de placares memoráveis. Algumas das maiores goleadas incluem:
- Botafogo 24×0 Mangueira – 1909, maior goleada da história do torneio.
- Flamengo 12×2 São Cristóvão – 1944
- Fluminense 11×1 Bonsucesso – 1937
- Vasco 14×1 Canto do Rio – 1945
Esses resultados escancararam a força de elencos muito acima da média para suas épocas.
Jogadores com mais partidas
Embora o número exato possa variar, atletas como Roberto Dinamite, Zico, Carlos Alberto Torres e Jefferson (goleiro do Botafogo) estão entre os que mais atuaram no torneio.
Eles são símbolo de longevidade e regularidade em um campeonato exigente e tradicional.
Técnicos com mais títulos
Os grandes treinadores também fizeram história:
- Cláudio Coutinho (Flamengo)
- Joel Santana – campeão por três dos quatro grandes clubes
- Carlos Alberto Parreira – sucesso com o Fluminense
- Paulo Autuori e Abel Braga – multicampeões em diversas fases do campeonato
Final mais assistida
O recorde mundial de público entre clubes pertence a um clássico carioca.
Em 1963, no empate sem gols entre Flamengo e Fluminense no Maracanã, 194.603 pessoas assistiram à decisão que deu o título ao Flamengo.
É uma marca imbatível até hoje, símbolo da força popular do Campeonato Carioca.
Artilheiros
Assim como os títulos e as grandes finais, os artilheiros também ajudam a construir a identidade do Campeonato Carioca.
Ao longo das décadas, o torneio revelou goleadores lendários e serviu de palco para campanhas memoráveis.
De ídolos consagrados a surpresas de times do interior, os artilheiros sempre tiveram papel central no espetáculo carioca.
A seguir, um panorama das principais marcas ofensivas da história do campeonato.
Artilheiros por edição
Desde o primeiro gol do Campeonato Carioca, marcado por Horácio da Costa em 1906 pelo Fluminense, a lista de artilheiros por edição revela a diversidade e riqueza técnica do torneio.
Nomes lendários e ídolos recentes marcaram presença, temporada após temporada.
Destaques históricos incluem:
- Zico (Flamengo): liderou a artilharia em seis edições, com campanhas exuberantes nos anos 1970 e 1980.
- Romário: foi artilheiro por Flamengo e Vasco em diversos anos, mantendo alto desempenho mesmo nas fases finais da carreira.
- Fred: referência do Fluminense, foi goleador em temporadas cruciais da era moderna.
- Germán Cano: ídolo tricolor atual, foi o maior artilheiro em 2023 e dividiu o topo em 2025 com Pablo Vegetti (Vasco).
- Tiago Amaral (Volta Redonda): em 2016, superou os grandes e levou a artilharia defendendo um time do interior, mostrando a imprevisibilidade do torneio.
Maiores artilheiros
Ao longo do tempo, alguns nomes se destacaram como os maiores goleadores da história do campeonato. Eles são sinônimos de constância, técnica e protagonismo:
- Roberto Dinamite (Vasco) – 284 gols
- Zico (Flamengo) – 239 gols
- Romário (Vasco, Flamengo e Fluminense) – 233 gols
- Ademir de Menezes (Vasco e Fluminense) – 197 gols
- Nilo (Botafogo e Fluminense) – 196 gols
- Carvalho Leite (Botafogo) – 166 gols
- Ladislau da Guia (Bangu e Canto do Rio) – 172 gols
Esses artilheiros deixaram suas marcas por temporadas consecutivas, decidindo clássicos e se tornando eternos na memória do torcedor carioca.
Artilheiros por time
Os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro naturalmente dominam o ranking de artilheiros por edição, mas há espaço também para clubes tradicionais e do interior.
- Flamengo – 34 artilharias
- Botafogo – 31 artilharias
- Fluminense – 26 artilharias
- Vasco da Gama – 19 artilharias
- Bangu – 11 vezes com artilheiros, principalmente entre as décadas de 1930 e 1960
- São Cristóvão e Volta Redonda – 5 artilharias combinadas, mostrando a força pontual de clubes menores
Outros clubes como America, Boavista e Madureira também emplacaram artilheiros em edições específicas, reforçando o caráter democrático e surpreendente do Campeonato Carioca.
Estatísticas
Além das taças levantadas e dos artilheiros consagrados, o Campeonato Carioca também se destaca por números expressivos que ajudam a ilustrar a emoção dentro e fora de campo.
As médias de gols, o desempenho ofensivo e defensivo dos clubes, os públicos que lotaram estádios históricos e as campanhas invictas revelam muito sobre a grandiosidade do torneio ao longo das décadas.
Vamos a alguns dos dados mais emblemáticos.
Médias de gols por edição
O Campeonato Carioca sempre foi sinônimo de futebol ofensivo, especialmente nas primeiras décadas do século XX.
As maiores médias de gols por edição refletem o estilo de jogo aberto e técnico que marcou o início da história do torneio:
- 1915 – 6,93 gols por partida
- 1926 – 5,26 gols por jogo
- 1910 – 5,20 de média
- 1927 – 5,20
- 1943 – 5,10
Com o passar do tempo, a média de gols diminuiu naturalmente devido à evolução tática e ao equilíbrio entre os times, mas o Carioca ainda proporciona partidas com boa produção ofensiva, sobretudo nos clássicos e nas fases finais.
Médias de público por edição
O Campeonato Carioca foi, por muito tempo, o torneio de maior apelo popular no Brasil.
O Maracanã, inaugurado em 1950, ampliou essa conexão, permitindo públicos gigantescos.
Os anos com maiores médias de público foram:
- 1999 – 26.885 torcedores por jogo
- 1979 – 25.156
- 1969 – 21.729
- 1953 – 19.653
- 1971 – 18.809
Esses números reforçam o papel central do Carioca na cultura esportiva fluminense e brasileira, com multidões acompanhando os embates entre os grandes clubes do estado.
Médias de público por clube
O envolvimento das torcidas também aparece com clareza ao analisarmos as médias de público por clube (dados de 1971 a 2023, com exceção de 2001 a 2003):
- Flamengo – 28.309
- Fluminense – 20.214
- Vasco da Gama – 20.160
- Botafogo – 15.991
- America – 7.117
- Bangu – 4.338
- Volta Redonda – 3.698
- Bonsucesso e Campo Grande – cerca de 3.000
Mesmo com oscilações de desempenho, a fidelidade das torcidas é constante e confirma que o Cariocão segue sendo um dos pilares do calendário esportivo carioca.
Times com melhor ataque
Ao longo da história do Campeonato Carioca, alguns times encantaram o público com ataques avassaladores, transformando partidas em verdadeiros festivais de gols.
Clubes como Flamengo, Fluminense e Vasco protagonizaram campanhas com médias superiores a 3 ou 4 gols por jogo em certas edições.
Destaques marcantes incluem:
- Flamengo 1941 – Com 111 gols, liderado por Pirillo, foi um dos ataques mais mortais da história do torneio.
- Botafogo 1957–1962 – Durante esses anos, o clube manteve campanhas ofensivas consistentes, com craques como Quarentinha e Garrincha.
- Fluminense 1985 – O time do tricampeonato contou com forte poder ofensivo, liderado por Romerito e Washington.
- Vasco 1992 – Com Romário em campo, terminou a competição invicto e com uma das maiores médias de gols dos anos 90.
Times com melhor defesa
Se o ataque encanta, a defesa segura os títulos. Diversas campanhas campeãs no Carioca foram baseadas em sólidas estruturas defensivas. Entre os destaques:
- Fluminense 2023 – Sofreu apenas 3 gols em toda a competição, com atuação impecável do goleiro Fábio.
- Botafogo 1990 – Conquistou o bi com uma defesa consistente liderada por Mauro Galvão.
- Flamengo 2007 – Mesmo com o foco ofensivo, o time se destacou pela organização defensiva sob o comando de Ney Franco.
- Vasco 2016 – Campeão invicto com uma defesa que sofreu menos de 1 gol a cada dois jogos.
Essas defesas não apenas evitaram gols, como também sustentaram campanhas memoráveis em finais muito equilibradas.
Times invictos
Poucos feitos no Campeonato Carioca são tão valorizados quanto conquistar o título de forma invicta. Esse feito eleva uma campanha de campeã a patamar histórico. Entre os clubes que alcançaram esse marco:
- Flamengo – 7 vezes campeão invicto (incluindo 1915, 1979-I, 2017 e 2024)
- Vasco da Gama – 6 vezes (com destaque para 1924 e 1992)
- Fluminense – 3 vezes (1908, 1909 e 1911)
- Botafogo – 1 vez (1989)
- São Cristóvão – 1 vez (1937)
Essas campanhas são eternizadas como demonstrações de superioridade técnica e regularidade ao longo do campeonato.
Outros torneios
Ao longo de sua longa trajetória, o Campeonato Carioca foi acompanhado por diversos torneios paralelos que ajudaram a enriquecer o calendário e a rivalidade entre os clubes.
Muitos desses torneios serviram como preparatórios, taças simbólicas ou formas alternativas de competição dentro do próprio estado do Rio de Janeiro.
Mesmo que alguns não tenham a mesma relevância do Cariocão, fazem parte da memória afetiva do futebol fluminense e completam a história da competição principal. Vamos aos principais deles.
Torneios estaduais da LMDT
Antes da consolidação da atual estrutura do futebol carioca, a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) organizou campeonatos paralelos ao Carioca oficial entre 1925 e 1932.
Clubes como Engenho de Dentro AC, Modesto e SC América venceram essas edições alternativas, que tinham caráter oficial na época, mas hoje não são reconhecidas pela FERJ como títulos do Campeonato Carioca.
Esses torneios refletem o cenário fragmentado do futebol da época, marcado por disputas políticas entre ligas.
Copa Rio
Criada em 1991, a Copa Rio é uma competição estadual que reúne clubes do interior e da capital, geralmente disputada entre o fim do Carioca e o início do Brasileirão.
Embora tenha menos prestígio, serve como alternativa de calendário e oportunidade para clubes médios e pequenos se destacarem.
Em algumas edições, também serviu como seletiva para a Série D ou Copa do Brasil.
Torneio Super Clássicos
O Torneio Super Clássicos foi uma proposta da FERJ para destacar o desempenho dos quatro grandes (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) em confrontos diretos durante a Taça Guanabara e a Taça Rio.
As edições de 2013, 2014 e 2015 foram vencidas pelo Flamengo, com o Vasco, Fluminense e Botafogo se alternando nas outras posições.
Era uma forma simbólica de premiar a performance nos clássicos.
Torneio Extra (2013)
Realizado em paralelo ao Torneio Super Clássicos, o Torneio Extra de 2013 reuniu os clubes de menor expressão que não estavam envolvidos diretamente com os clássicos.
O Boavista-RJ sagrou-se campeão ao vencer o Resende, com o objetivo de valorizar o desempenho dessas equipes nos confrontos entre si.
Foi uma tentativa da FERJ de democratizar os holofotes do estadual.
Torneio Aberto
O Torneio Aberto do Rio de Janeiro teve edições pontuais e independentes, com destaque para os anos de 1935 (vencido pelo Fluminense) e 1936 (conquista do Flamengo).
Esses torneios serviram como alternativas diante de impasses entre ligas ou como complemento à temporada.
Apesar de pouco lembrados hoje, foram disputados por equipes relevantes da época.
Torneio Municipal
Realizado entre 1938 e 1951 com edições isoladas em outros anos, o Torneio Municipal era promovido na capital fluminense com os principais clubes cariocas.
Vasco, Botafogo, Fluminense, Flamengo e até o São Cristóvão venceram essa competição em diferentes momentos.
Em 1996, foi disputada uma edição simbólica sob o nome de Taça Cidade Maravilhosa, vencida pelo Botafogo.
Torneio Extra
Com nome similar ao de 2013, mas conceito diferente, o Torneio Extra teve edições em 1938, 1941, 1952 e 1958.
Era um torneio de consolação ou de calendário, vencido por clubes como America, Fluminense e Botafogo. Serviu para manter os times em atividade e testar formações alternativas ao longo da temporada.
Torneio Relâmpago
Disputado de forma extremamente curta — geralmente em apenas um dia — o Torneio Relâmpago foi uma competição de tiro curto entre clubes tradicionais, realizada nos anos 1940.
Flamengo, Vasco e America venceram suas respectivas edições. Com regulamento adaptado e jogos rápidos, era ideal para atrair torcedores em datas festivas.
Taça Guanabara (independente)
Antes de se tornar o primeiro turno do Campeonato Carioca, a Taça Guanabara foi disputada como torneio independente entre 1965 e 1970.
Vasco (2 títulos), Fluminense (2), Botafogo (2), Flamengo (1), America (1) e Bangu (1) venceram ao longo desse período. Só em 1971 ela passou a integrar oficialmente o estadual.
Torneio Início do Campeonato Carioca
Tradicionalíssimo nos anos iniciais do futebol carioca, o Torneio Início foi disputado de 1916 a 1977. As partidas eram mais curtas, com regras adaptadas, e todas disputadas no mesmo dia e estádio.
Funcionava como uma espécie de pré-temporada, servindo para apresentar os elencos e mobilizar as torcidas. Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, America e até clubes menores como Andarahy e Olaria conquistaram essa taça.
Torneios de consolação
Entre 2009 e 2012, a FERJ criou torneios de consolação para os times que ficavam fora das semifinais da Taça Guanabara e da Taça Rio. Troféus como:
- Moisés Mathias de Andrade
- João Ellis Filho
- Washington Rodrigues
- Carlos Alberto Torres
- Edilson Silva
- Luiz Penido
…eram entregues aos vencedores de minitorneios com os 3º e 4º colocados de cada grupo.
Embora simbólicos, esses troféus garantiram competitividade até o fim da primeira fase e homenagearam figuras importantes do futebol carioca.
Curiosidades sobre o Campeonato Carioca
Além dos dados, títulos e estatísticas, o Campeonato Carioca também é recheado de episódios únicos que ajudaram a construir sua aura mítica.
São histórias de bastidores, partidas inesquecíveis, personagens curiosos e momentos improváveis que só um torneio tão antigo e cheio de paixão poderia proporcionar.
A seguir, algumas das curiosidades mais marcantes que ilustram a alma do Cariocão.
Polêmicas históricas
O Campeonato Carioca já foi palco de diversas polêmicas que marcaram gerações.
Um dos episódios mais lembrados é o título dividido de 1979, quando houve dois campeonatos no mesmo ano — um vencido pelo Flamengo e outro pelo Fluminense, devido a mudanças no calendário provocadas pela fusão dos estados.
Outro caso emblemático aconteceu em 1999, quando a FERJ desclassificou o Botafogo por escalação irregular, mesmo após o time ter vencido a semifinal contra o Flamengo.
Também vale lembrar das frequentes reclamações contra arbitragens em finais decisivas, especialmente nos clássicos, como a final de 2004 entre Flamengo e Vasco, com gol polêmico no fim, ou os protestos de dirigentes e torcedores em decisões fora do Maracanã.
Essas polêmicas ajudaram a reforçar o lado passional da competição.
Jogos inesquecíveis
Entre tantos jogos marcantes, alguns se tornaram eternos na memória do torcedor.
O Fla-Flu de 1963, com público recorde de 194.603 pessoas, é o maior exemplo: terminou 0 a 0, mas consagrou o Flamengo campeão em um Maracanã abarrotado.
Outro jogo inesquecível foi a final de 1995, quando o Fluminense venceu o Flamengo por 3 a 2 com um golaço de barriga de Renato Gaúcho.
Já em 2010, o Botafogo venceu os dois turnos e superou o Flamengo com atuações brilhantes de Loco Abreu, que marcou um dos gols mais icônicos da história recente com uma cavadinha em pleno Maracanã.
Maiores zebras

O Carioca também viu suas “zebras” entrarem para a história. Em 2005, o modesto Volta Redonda eliminou o Vasco e chegou à final contra o Fluminense.
Já em 2016, o mesmo Voltaço teve o artilheiro da competição (Tiago Amaral) e voltou ao protagonismo.
Outra grande surpresa foi a campanha do Americano em 2002, que chegou às semifinais deixando pelo caminho clubes tradicionais.
Mais recentemente, o Nova Iguaçu chegou à final da Taça Rio e à final geral do Carioca em 2024, mostrando que, mesmo dominado pelos grandes, o torneio ainda guarda espaço para surpresas.
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Perguntas Frequentes
Quem é o maior campeão carioca?
O Flamengo é o maior campeão do Campeonato Carioca, com 39 títulos conquistados até 2025.
Quem foi o campeão da Taça Rio 2025?
O Nova Iguaçu conquistou a Taça Rio de 2025, surpreendendo ao vencer clubes tradicionais na reta final.
Qual é o maior time do Rio?
Em números de títulos e torcida, o Flamengo é considerado o maior clube do Rio de Janeiro. Porém, Fluminense, Vasco e Botafogo também têm histórias ricas e torcidas apaixonadas.
Quantos títulos cariocas tem cada time?
Flamengo: 39
Fluminense: 33
Vasco da Gama: 24
Botafogo: 21
America: 7
Bangu e São Cristóvão: 2 cada
Paissandu: 1
Quem é maior, Vasco ou Fluminense?
O Vasco tem mais títulos nacionais e tradição em competições internacionais, enquanto o Fluminense tem mais títulos estaduais e uma história centenária sólida. A comparação depende do critério adotado.
Quem é o maior campeão da Taça Guanabara?
O Flamengo lidera o ranking da Taça Guanabara, com mais de 20 conquistas.
Quem é o favorito para ganhar o carioca em 2025?
O Flamengo entrou como favorito para 2025, mas foi eliminado antes da final. O Fluminense e o Nova Iguaçu surpreenderam e chegaram à decisão.
Quem é o craque do carioca em 2025?
O argentino Germán Cano, do Fluminense, foi o grande destaque da competição, dividindo a artilharia e sendo decisivo nos jogos finais.
Quanto ganha o campeão da Taça Rio?
A premiação da Taça Rio varia a cada edição. Em 2025, o campeão recebeu cerca de R$ 500 mil, valor simbólico diante do prestígio da conquista para clubes do interior.
Qual o time do Rio mais rico?
Atualmente, o Flamengo é o clube com maior receita e estrutura financeira do Rio de Janeiro, com orçamento acima de R$ 1 bilhão por ano.
Qual é o maior rival do Flamengo?
O maior rival histórico do Flamengo é o Fluminense, com quem disputa o clássico Fla-Flu, considerado um dos maiores do mundo. Vasco e Botafogo também protagonizam grandes rivalidades com o rubro-negro.
Quem é maior, Vasco ou Botafogo?
O Vasco tem mais títulos estaduais e nacionais, além de uma conquista da Libertadores. O Botafogo, por outro lado, tem uma história rica em revelar craques e contribuir com a Seleção Brasileira. Ambos têm grandeza reconhecida, com perfis distintos.