Premier League
Premier League
Maiores Campeões
Time com Mais Títulos na Premier League
Manchester United – 13 títulos desde 1992 (era Premier League)
Atual Campeão
Liverpool – Campeão da Premier League 2024–25
Maiores Artilheiros
Maior Artilheiro da Premier League

Alan Shearer – 260 gols
Artilheiro da Última Edição
Mohamed Salah – 29 gols na Premier League 2024–25
A Premier League é mais do que apenas um campeonato de futebol – é uma instituição esportiva global, reconhecida por sua intensidade, tradição e nível técnico.
Considerada a principal liga de futebol da Inglaterra e uma das mais prestigiadas do mundo, a Premier League atrai milhões de fãs a cada rodada e movimenta bilhões em investimentos, patrocínios e audiência.
Desde sua criação em 1992, tornou-se um símbolo de excelência no esporte, reunindo clubes históricos, jogadores de elite e torcidas apaixonadas.
A Premier League é disputada por 20 clubes em um sistema de pontos corridos, com jogos que vão de agosto a maio, sempre em ritmo intenso.
Além de definir o campeão inglês, o torneio também distribui vagas para as competições europeias e rebaixa os três últimos colocados à EFL Championship.
Mas para entender a magnitude da Premier League, é essencial olhar para sua trajetória histórica e as transformações que consolidaram seu lugar no topo do futebol mundial.
História da Premier League

A Premier League, considerada por muitos como a liga de futebol mais competitiva e popular do mundo, nem sempre teve o prestígio e a estrutura de que desfruta atualmente.
Sua criação representa um marco de transformação no futebol inglês — um ponto de virada que uniu modernização, profissionalismo e uma nova mentalidade de gestão esportiva.
Para entender como ela se consolidou nesse patamar, é essencial revisitar suas origens, os desafios enfrentados antes de sua fundação e os principais marcos que moldaram sua trajetória desde os anos 1990 até os dias atuais.
Origens e contexto
A origem da Premier League está diretamente ligada a um momento delicado do futebol inglês.
Nos anos 1980, os clubes enfrentavam sérias dificuldades financeiras, estádios precários, queda no número de torcedores e um histórico recente marcado por tragédias, como o Desastre de Hillsborough (1989) e a Tragédia de Heysel (1985), que resultou no banimento de times ingleses das competições europeias por cinco anos.
Apesar disso, o futebol inglês começava a se reerguer no final da década.
A boa campanha da seleção inglesa na Copa de 1990 e o Relatório Taylor, que exigia modernização dos estádios, foram marcos de um novo ciclo.
Nesse cenário, surgiu a necessidade de reformular o campeonato nacional, tanto em termos financeiros quanto organizacionais.
Fundação e primeiros anos
A Premier League foi oficialmente fundada em 1992, quando os clubes da First Division (então a primeira divisão da Football League) decidiram se separar da liga original para formar uma nova entidade com maior controle sobre os direitos de transmissão.
O objetivo principal era capitalizar melhor a venda dos jogos para a TV, em especial para canais por assinatura, como a BSkyB.
A nova liga foi registrada como uma empresa independente, com os próprios clubes como acionistas.
A promessa era clara: mais receita para os clubes, estádios mais seguros e um produto mais atrativo para o público.
A primeira temporada da Premier League começou em agosto de 1992 com 22 clubes – entre eles, gigantes como Manchester United, Liverpool, Arsenal e Chelsea.
O primeiro gol da história da Premier League foi marcado por Brian Deane, do Sheffield United, contra o Manchester United, simbolizando o início de uma nova era.
Evolução e modernização
Desde os anos 1990, a Premier League passou por uma transformação impressionante.
Em 1995, o número de clubes foi reduzido de 22 para 20, seguindo uma recomendação da FIFA para diminuir a carga de jogos. A partir daí, o campeonato se fortaleceu em todos os aspectos: técnico, financeiro e global.
O crescimento das receitas televisivas foi um divisor de águas.
Hoje, a Premier League fatura bilhões com a venda de direitos de transmissão, que são distribuídos de forma relativamente equilibrada entre os clubes.
Isso permitiu investimentos em infraestrutura, categorias de base e contratações de jogadores de alto nível, o que aumentou ainda mais o apelo internacional do torneio.
A modernização também chegou aos estádios – hoje todos contam com assentos e segurança reforçada – e à governança dos clubes, com um modelo corporativo que atrai investidores de todo o mundo.
Atualmente, clubes como Manchester City, Newcastle United e Chelsea são controlados por grandes grupos empresariais ou investidores estrangeiros, o que movimenta ainda mais o cenário da liga.
Estrutura corporativa
A Premier League é administrada como uma empresa independente, formada pelos próprios 20 clubes participantes, que atuam como acionistas da liga.
Cada clube tem direito a voto em decisões estratégicas, como alterações no regulamento, mudanças comerciais e definições financeiras.
O comando executivo da liga é liderado por um diretor-geral e um conselho administrativo, eleito pelos clubes.
A Football Association (FA), entidade máxima do futebol inglês, possui poder de veto em decisões-chave, como a nomeação do presidente executivo ou mudanças no estatuto da competição.
Essa estrutura corporativa é um dos pilares do sucesso da Premier League. Ela garante autonomia para negociações bilionárias de patrocínio e direitos de transmissão, além de permitir uma gestão centralizada e profissional do campeonato.
O modelo é tão eficaz que é referência mundial entre as grandes ligas esportivas.
Formato atual
Desde a temporada 1995–96, a Premier League é disputada por 20 clubes em um formato de pontos corridos.
Cada time enfrenta os demais duas vezes – uma em casa e uma fora – totalizando 38 partidas por clube e 380 jogos por temporada.
As partidas geralmente acontecem aos finais de semana (sábado e domingo), com algumas rodadas no meio da semana.
O calendário vai de agosto a maio, respeitando os intervalos para jogos de seleções e competições internacionais.
A pontuação é tradicional: três pontos por vitória, um por empate e nenhum em caso de derrota. Os critérios de desempate são, nesta ordem: saldo de gols, gols marcados e confronto direto.
Caso haja empate em uma posição decisiva – como o título ou rebaixamento – um jogo desempate em campo neutro pode ser realizado.
Competição
A Premier League é considerada uma das competições mais equilibradas e imprevisíveis do futebol mundial.
Com 20 clubes disputando uma maratona de 38 rodadas, o torneio exige consistência, preparo físico e profundidade de elenco.
Cada clube enfrenta os demais duas vezes — uma em casa e uma fora — no tradicional sistema de pontos corridos.
A fórmula é simples, mas extremamente exigente: quem somar mais pontos ao final da temporada é coroado campeão inglês.
O formato da competição não inclui fases eliminatórias nem finais, o que significa que cada ponto ao longo da temporada conta — literalmente — para a história.
Em caso de empate na pontuação, os critérios de desempate são:
- Saldo de gols
- Gols marcados
- Confronto direto
- Em último caso, um jogo extra em campo neutro pode ser realizado — algo raríssimo, mas previsto no regulamento.
Com partidas ao longo de mais de nove meses, o campeonato mantém o interesse do público do início ao fim.
As disputas pelo título, pelas vagas europeias e pela permanência na elite fazem com que cada rodada da Premier League seja decisiva, elevando o nível de emoção e competitividade do torneio.
Qualificação para as competições europeias
A Premier League oferece vagas diretas para os principais torneios europeus, o que aumenta ainda mais o valor e a competitividade do campeonato. Ao final da temporada:
- Os quatro primeiros colocados garantem vaga na Liga dos Campeões da UEFA – os três primeiros vão direto para a fase de grupos e o quarto entra na fase preliminar.
- O 5º colocado se classifica para a Liga Europa da UEFA.
- O 6º e 7º lugares podem também obter vaga, dependendo dos vencedores da FA Cup e da Copa da Liga Inglesa.
- Caso um clube inglês vença a Liga Europa, ele também se qualifica para a Champions, podendo aumentar o número de representantes do país para até cinco clubes.
Esse sistema mantém a elite da Premier League sempre envolvida em disputas emocionantes, mesmo quando o título já está definido, pois as vagas europeias valem muito esportiva e financeiramente.
Sistema de rebaixamento
Ao final de cada temporada, os três últimos colocados na tabela da Premier League são rebaixados automaticamente para a EFL Championship, a segunda divisão do futebol inglês.
Em contrapartida, três clubes sobem da Championship para a Premier League: os dois primeiros colocados, mais o vencedor de um playoff envolvendo os times do 3º ao 6º lugar.
Esse modelo torna o acesso e o descenso extremamente disputados e imprevisíveis.
Apesar dos chamados “parachute payments” – repasses financeiros feitos pela liga aos clubes rebaixados – a queda pode representar um baque econômico enorme.
Por isso, a luta contra o rebaixamento é uma das batalhas mais dramáticas e intensas do campeonato.
Clubes
Um dos maiores atrativos da Premier League é a diversidade e tradição de seus clubes.
De potências globais como Manchester United e Liverpool a times historicamente regionais que surpreendem a cada temporada, a liga é composta por uma mistura fascinante de perfis, orçamentos e histórias.
Cada clube traz consigo uma identidade única, uma base fiel de torcedores e rivalidades que aquecem o campeonato ano após ano.
Clubes fundadores
A Premier League foi criada em 1992, substituindo a antiga First Division como a nova elite do futebol inglês. Na temporada inaugural (1992–93), 22 clubes participaram da competição como fundadores:
- Arsenal
- Aston Villa
- Blackburn Rovers
- Chelsea
- Coventry City
- Crystal Palace
- Everton
- Ipswich Town
- Leeds United
- Liverpool
- Manchester City
- Manchester United
- Middlesbrough
- Norwich City
- Nottingham Forest
- Oldham Athletic
- Queens Park Rangers
- Sheffield United
- Sheffield Wednesday
- Southampton
- Tottenham Hotspur
- Wimbledon
Desses, apenas seis clubes participaram de todas as edições da Premier League até hoje: Arsenal, Chelsea, Everton, Liverpool, Manchester United e Tottenham Hotspur — formando parte do que se considera o grupo mais estável da era moderna do futebol inglês.
Clubes atuais (2024–25)

A temporada 2024–25 da Premier League mantém a tradição de contar com 20 clubes. São eles:
- Arsenal
- Aston Villa
- Bournemouth
- Brentford
- Brighton & Hove Albion
- Burnley (retornando à elite)
- Chelsea
- Crystal Palace
- Everton
- Fulham
- Ipswich Town (recém-promovido)
- Leicester City (retorno após rebaixamento)
- Liverpool
- Luton Town
- Manchester City
- Manchester United
- Newcastle United
- Nottingham Forest
- Southampton (também de volta)
- Tottenham Hotspur
A presença de clubes tradicionais e promissores recém-promovidos torna cada rodada da Premier League imprevisível, refletindo o equilíbrio e a competitividade da liga.
Clubes com mais títulos
Desde a criação da liga, apenas sete clubes conquistaram o título da Premier League. Confira o ranking:
- Manchester United – 13 títulos
- Manchester City – 8 títulos
- Chelsea – 5 títulos
- Arsenal – 3 títulos
- Liverpool – 2 títulos
- Blackburn Rovers – 1 título
- Leicester City – 1 título
O Manchester United, sob o comando de Sir Alex Ferguson, dominou a era inicial. Já o Manchester City, com Pep Guardiola, assumiu o protagonismo na última década.
Títulos como o do Leicester City, em 2015–16, provam que a imprevisibilidade ainda faz parte do DNA da liga.
Clubes com mais participações
Desde 1992, 49 clubes diferentes já jogaram a Premier League. Os clubes com mais participações são:
- Manchester United, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Everton e Tottenham Hotspur – presentes em todas as temporadas.
- Aston Villa – participou de quase todas, com breves períodos fora.
- Manchester City – teve algumas ausências nos anos 90, mas desde 2002 é presença constante.
- Newcastle United e West Ham – com longas trajetórias, embora com rebaixamentos pontuais.
A constância desses clubes mostra não só a estabilidade esportiva, mas também sua relevância comercial, histórica e cultural no contexto da Premier League.
Jogadores
A Premier League é sinônimo de talento.
Desde sua criação, a liga inglesa tem sido palco para alguns dos maiores jogadores do mundo.
Com um calendário exigente, estádios lotados e cobertura midiática global, atuar na Premier League é considerado o auge da carreira por muitos atletas.
O campeonato se tornou uma vitrine internacional e é conhecido por reunir uma incrível variedade de talentos — ingleses e estrangeiros — que transformam cada jogo em um espetáculo de técnica, força e intensidade.
Jogadores estrangeiros e regras
No início da Premier League, em 1992, o número de jogadores estrangeiros era pequeno: apenas 11 titulares na primeira rodada não eram britânicos ou irlandeses.
No entanto, com o tempo, a presença internacional cresceu rapidamente. Na temporada 2017–18, por exemplo, mais de 67% dos atletas eram estrangeiros.
Clubes como Arsenal e Chelsea foram pioneiros ao montar elencos multiculturais.
O Arsenal de Arsène Wenger chegou a entrar em campo com 16 jogadores não britânicos em 2005, algo inédito na época.
Esse fenômeno gerou debates: enquanto alguns apontam a queda de oportunidades para jovens ingleses, outros destacam o ganho técnico e tático trazido por atletas internacionais.
Fato é que os estrangeiros elevaram o nível da Premier League e ajudaram a consolidá-la como a liga mais globalizada do mundo.
Transferências históricas
As janelas de transferências da Premier League movimentam cifras impressionantes. Desde os anos 90, os clubes ingleses quebram recordes com frequência.
Algumas das transferências mais marcantes incluem:
- Alan Shearer para o Newcastle (1996) – £15 milhões, um valor estrondoso na época.
- Fernando Torres para o Chelsea (2011) – £50 milhões, então o recorde britânico.
- Paul Pogba para o Manchester United (2016) – £89 milhões, uma das maiores da história.
- Virgil van Dijk para o Liverpool (2018) – £75 milhões, recorde para um zagueiro.
- Jack Grealish para o Manchester City (2021) – £100 milhões.
Mais recentemente, Declan Rice, Moisés Caicedo e Enzo Fernández também foram protagonistas de negócios milionários, refletindo a força econômica da Premier League no mercado global.
Salários e recordes de transferência
A Premier League não impõe teto salarial, o que permite aos clubes oferecerem vencimentos altíssimos aos seus atletas.
Atualmente, a média semanal de salários gira em torno de £45.000 a £60.000 por jogador, mas estrelas como Erling Haaland, Kevin De Bruyne e Mohamed Salah superam facilmente os £350.000 por semana.
Com o aumento dos direitos de TV e acordos comerciais, os clubes conseguem arcar com essas despesas, e os salários seguem batendo recordes a cada nova temporada.
A liga, no entanto, adotou medidas de Fair Play Financeiro para equilibrar gastos e evitar excessos, especialmente com os chamados “clubes-empresa”.
Maiores artilheiros
O título de maior goleador da Premier League pertence a Alan Shearer, com impressionantes 260 gols marcados entre 1992 e 2006. Ele é seguido por nomes lendários como:
- Alan Shearer – 260 gols
- Harry Kane – 213 gols
- Wayne Rooney – 208 gols
- Andrew Cole – 187 gols
- Sergio Agüero – 184 gols
- Mohamed Salah – 184 gols*
- Frank Lampard – 177 gols
- Thierry Henry – 175 gols
- Robbie Fowler – 163 gols
- Jermain Defoe – 162 gols
*atualizado até abril de 2025
Esses artilheiros marcaram época com gols decisivos e temporadas brilhantes, muitos deles disputando a cobiçada Chuteira de Ouro da Premier League.
Jogadores premiados
A Premier League já revelou e consagrou inúmeros craques que conquistaram prêmios de nível mundial, incluindo:
- Cristiano Ronaldo (Manchester United) – Melhor do Mundo pela FIFA (2008) e Ballon d’Or (2008).
- Virgil van Dijk (Liverpool) – Jogador do Ano da UEFA (2019).
- Erling Haaland (Manchester City) – Chuteira de Ouro e Jogador do Ano da UEFA (2023).
- Rodri (Manchester City) – Ballon d’Or 2024.
Esses prêmios mostram como os atletas da Premier League são protagonistas no cenário internacional, destacando a força técnica da liga.
Brasileiros na Premier League
A presença brasileira na Premier League tem sido marcante. Desde Juninho Paulista (Middlesbrough) nos anos 90 até os ídolos recentes como Alisson, Ederson, Casemiro, Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Bruno Guimarães, os brasileiros deixaram uma marca significativa.
Alisson, goleiro do Liverpool, foi eleito Melhor Goleiro da UEFA em 2019. Fernandinho foi peça fundamental nos títulos do Manchester City.
Philippe Coutinho, durante sua passagem pelo Liverpool, foi um dos meio-campistas mais valorizados da Europa.
A técnica brasileira se adaptou bem à intensidade inglesa, e a Premier League se tornou um dos principais destinos para os jogadores do Brasil, tanto veteranos quanto jovens promessas.

Treinadores
Se o talento em campo define o espetáculo, os treinadores da Premier League são os arquitetos do sucesso.
São eles os responsáveis por montar elencos competitivos, desenvolver táticas, motivar jogadores e lidar com a pressão constante de resultados.
O cargo de técnico na Premier League é um dos mais exigentes e prestigiados do futebol mundial — e também um dos menos estáveis.
Ao longo das décadas, a Premier League revelou grandes líderes e recebeu técnicos de renome internacional, cada um deixando sua marca na forma de jogar das equipes e na identidade do campeonato.
Técnicos mais vitoriosos
A Premier League já viu diversos treinadores brilharem, mas Sir Alex Ferguson é, indiscutivelmente, o maior de todos.
O escocês comandou o Manchester United de 1986 a 2013 e conquistou 13 títulos da Premier League, um feito que dificilmente será superado.
Outros técnicos notáveis incluem:
- Arsène Wenger (Arsenal) – 3 títulos, incluindo a temporada invicta de 2003–04.
- Pep Guardiola (Manchester City) – 6 títulos entre 2017 e 2024, com campanhas recordes em pontos e gols.
- José Mourinho (Chelsea) – 3 títulos, com forte impacto tático e mental.
- Kenny Dalglish (Blackburn Rovers) – Campeão em 1994–95, desafiando o domínio dos grandes.
- Jurgen Klopp (Liverpool) – Campeão em 2019–20, encerrando um jejum de 30 anos do clube.
- Carlo Ancelotti, Antonio Conte e Claudio Ranieri – cada um campeão com Chelsea ou Leicester, todos com grande peso internacional.
Esses treinadores não apenas venceram, mas também mudaram a forma de se jogar futebol na Inglaterra, seja com inovação tática, revoluções de preparo físico ou mentalidade coletiva.
Técnicos estrangeiros em destaque
A chegada de treinadores estrangeiros foi um divisor de águas na Premier League.
Antes dominada por técnicos britânicos, a liga passou a atrair nomes de peso internacional — e com eles, novas ideias, métodos de treinamento e abordagens táticas.
Arsène Wenger, francês, foi pioneiro ao introduzir métodos mais científicos de nutrição, análise de desempenho e movimentação sem bola.
Seu Arsenal ficou 49 jogos invicto, um recorde até hoje.
Pep Guardiola, espanhol, levou o controle de posse, a movimentação coordenada e a pressão alta a um novo patamar no Manchester City, tornando o clube uma potência continental.
Jürgen Klopp, alemão, trouxe o “gegenpressing” para o Liverpool, combinando intensidade física e mentalidade agressiva com um estilo ofensivo que encantou torcedores no mundo todo.
Além deles, técnicos como José Mourinho, Antonio Conte, Mauricio Pochettino, Marcelo Bielsa, e mais recentemente Arne Slot (campeão com o Liverpool em 2024–25), reforçaram o caráter global da liga.
A presença internacional elevou o nível de exigência tática e técnica, tornando a Premier League um verdadeiro campo de batalha entre escolas futebolísticas.
Estádios
A Premier League não é apenas famosa por seus clubes e jogadores, mas também por seus estádios lendários.
Eles são parte vital da experiência do campeonato: estruturas modernas, seguras e cheias de história, onde a atmosfera é intensa e os torcedores desempenham papel fundamental.
Com capacidade média acima de 40 mil torcedores, os estádios da Premier League combinam tradição e inovação — e são, muitas vezes, o diferencial nas campanhas dos clubes.
Maiores estádios
Os maiores estádios da Premier League são verdadeiras arenas que impressionam pela estrutura e capacidade:
- Old Trafford (Manchester United) – 74.310 lugares
- Tottenham Hotspur Stadium (Tottenham) – 62.850 lugares
- Emirates Stadium (Arsenal) – 60.704 lugares
- Etihad Stadium (Manchester City) – 53.400 lugares
- Anfield (Liverpool) – 54.074 lugares (após reformas recentes)
- London Stadium (West Ham) – 62.500 lugares
Esses estádios não são apenas grandes em tamanho — são também centros de entretenimento, com museus, tours, lojas e infraestrutura de primeiro nível.
Estádios mais icônicos
Além do tamanho, alguns estádios se destacam pelo peso histórico e pela conexão com a identidade do clube:
- Anfield (Liverpool) – Conhecido pelo canto “You’ll Never Walk Alone”, é símbolo de paixão e mística.
- Old Trafford (Manchester United) – Chamado de “Teatro dos Sonhos”, é um templo do futebol mundial.
- Stamford Bridge (Chelsea) – Um dos mais antigos, com história desde o século XIX.
- Goodison Park (Everton) – Um dos estádios mais tradicionais da Inglaterra, com torcida fiel.
- Villa Park (Aston Villa) – Palco de jogos históricos e sempre presente nas conversas sobre grandes clássicos.
Esses estádios vão além da arquitetura. São pontos de encontro de gerações, onde a Premier League pulsa em sua forma mais viva.
Rivais Históricos
A Premier League é palco de alguns dos maiores clássicos do futebol mundial, rivalidades que transcendem o esporte e envolvem orgulho regional, confrontos épicos e muita emoção. Vamos aos três mais intensos e históricos:
Manchester United x Liverpool
Essa rivalidade é a mais famosa do futebol inglês.
Manchester United e Liverpool são os dois clubes mais vitoriosos da Inglaterra, tanto em títulos nacionais quanto internacionais.
- Conflito histórico: as cidades cresceram em competição industrial no século XIX, o que se refletiu no futebol.
- Títulos: Manchester United domina na Premier League, enquanto o Liverpool tem mais títulos europeus.
- Clássicos memoráveis: goleadas, viradas e duelos decisivos marcaram esse confronto, sempre com estádios lotados.
Esse clássico é mais do que futebol, é sobre identidade, orgulho e hegemonia.
Arsenal x Tottenham
O North London Derby é uma das rivalidades mais acirradas da Premier League. Arsenal e Tottenham dividem o norte de Londres e suas torcidas são rivais históricas.
- Motivo da rivalidade: começou em 1913, quando o Arsenal mudou-se para Highbury, perto do território do Tottenham.
- Atmosfera: o jogo é conhecido pela intensidade dentro e fora de campo.
- História recente: Arsenal teve domínio por anos, mas o Tottenham vem crescendo na era moderna.
É o tipo de clássico que divide famílias e bairros inteiros, sendo um dos jogos mais esperados da temporada.
Manchester Derby
Antes uma rivalidade local, o Manchester Derby se tornou um clássico global com a ascensão do Manchester City nos últimos 15 anos.
- Domínio histórico: o United teve vantagem por décadas, mas o City virou o jogo recentemente com investimento pesado e títulos.
- Símbolo da nova era: Guardiola x Mourinho, Haaland x Rashford — o derby ganhou narrativas modernas e internacionais.
- Impacto direto: os confrontos muitas vezes decidem posições na tabela e até títulos da Premier League.
O Manchester Derby representa a mudança de poder na cidade e no futebol inglês.
Patrocinadores
Ao longo de sua história, a Premier League foi associada a grandes marcas globais.
De 1993 a 2016, o nome oficial da liga incluía patrocinadores como Carling (cervejaria), Barclaycard e Barclays (instituições financeiras).
Esses acordos renderam centenas de milhões de libras e ajudaram a consolidar a liga como uma potência de marketing.
Desde 2016, no entanto, a Premier League optou por não ter mais um patrocinador-título, seguindo o modelo de ligas americanas como a NBA.
O objetivo foi fortalecer a identidade própria da marca Premier League, tornando-a mais valiosa e universal.
Hoje, a liga conta com patrocinadores setoriais, incluindo:
- Nike – bola oficial da competição
- Cadbury – parceira oficial de snacks e patrocinadora de prêmios
- EA Sports – parceira digital e do Fantasy Premier League
- Budweiser, Oracle, Barclays (como parceira bancária oficial)
Essas parcerias envolvem ativações digitais, ações com torcedores, premiações e presença de marca em eventos oficiais da Premier League.
Finanças
A Premier League é, atualmente, a liga de futebol mais lucrativa do mundo.
Seu modelo de negócios é admirado globalmente por combinar espetáculo esportivo, gestão profissional e estratégia de marca.
Em 2023, a receita total da Premier League ultrapassou os £6 bilhões.
O crescimento constante se deve à valorização dos direitos de TV, à expansão da base de fãs internacional e ao investimento de patrocinadores e donos bilionários.
Apesar disso, o endividamento dos clubes segue sendo monitorado.
A liga impôs limites de perdas operacionais (máximo de £105 milhões a cada três anos), além de exigir transparência financeira por parte dos dirigentes.
Com esse equilíbrio entre liberdade de mercado e controle mínimo, a Premier League consegue atrair capital externo sem perder a sustentabilidade — algo que outras ligas europeias ainda tentam alcançar.
Receita dos clubes
Os clubes da Premier League contam com três grandes fontes de receita:
- Direitos de transmissão – a principal e mais estável.
- Patrocínios e acordos comerciais – com marcas locais e globais.
- Matchday revenue – ingressos, camarotes, consumo em estádio.
Em clubes como Manchester United, Manchester City e Liverpool, o faturamento pode ultrapassar £700 milhões anuais.
Já times de porte médio, como West Ham, Brighton ou Brentford, superam facilmente £150 milhões, graças ao modelo de divisão dos direitos televisivos.
Além disso, há receita com vendas de jogadores, direitos de imagem e competições internacionais (como a Champions League).
Essa base sólida permite investimentos em centros de treinamento, contratações de peso e programas sociais, tornando a Premier League um motor econômico para o futebol inglês.
Direitos de transmissão
Os direitos de TV são o coração financeiro da Premier League. Em cada ciclo de três anos, o campeonato negocia acordos bilionários com emissoras dentro e fora do Reino Unido.
Valores atuais (2022–2025):
- Doméstico (Sky, TNT Sports, Amazon, BBC) – mais de £5 bilhões
- Internacional (212 países) – ultrapassando £6 bilhões
Ao contrário de ligas como La Liga ou Serie A, onde os direitos podem ser vendidos individualmente por clube, a Premier League vende coletivamente e distribui de forma equitativa:
- 50% igual entre os clubes
- 25% conforme colocação final
- 25% de acordo com o número de jogos transmitidos
Esse modelo é um dos motivos pelos quais a Premier League é mais equilibrada e competitiva do que outras ligas europeias dominadas por 1 ou 2 clubes.
Patrocínios
A Premier League atrai gigantes do mercado global para seus projetos e clubes.
As marcas buscam a visibilidade massiva que a liga oferece — com transmissões para mais de 600 milhões de residências ao redor do mundo.
Entre os patrocinadores de clubes, destacam-se:
- Emirates (Arsenal)
- Etihad Airways (Manchester City)
- TeamViewer (Manchester United)
- Standard Chartered (Liverpool)
- AIA (Tottenham)
Além do patrocínio de camisa, há acordos em áreas como naming rights de estádios, parcerias de tecnologia, apostas, moda e até criptomoedas.
Cada clube, dependendo de sua força de marca e alcance global, pode arrecadar dezenas ou centenas de milhões em patrocínios anuais.
Essa conexão entre futebol e mercado transforma a Premier League em uma plataforma de negócios tão poderosa quanto esportiva.
Transmissão televisiva
A Premier League é o campeonato de futebol mais assistido do planeta.
Transmitida para mais de 600 milhões de lares em 212 países, a liga conquistou uma audiência global com seu formato dinâmico, jogos competitivos e cobertura audiovisual de altíssimo padrão.
O modelo de direitos de transmissão da Premier League é também um dos principais pilares de sua força financeira e popularidade, tanto dentro quanto fora do Reino Unido.
Reino Unido e Irlanda
No Reino Unido e na Irlanda, a Premier League é transmitida por um grupo seleto de emissoras:
- Sky Sports – principal detentora dos direitos, exibe a maioria dos jogos ao vivo.
- TNT Sports (antiga BT Sport) – cobre jogos selecionados, incluindo partidas aos sábados.
- Amazon Prime Video – transmite algumas rodadas exclusivas por temporada.
- BBC – exibe os melhores momentos com o tradicional programa Match of the Day.
Os contratos nacionais para o período de 2022 a 2025 ultrapassam £5 bilhões, reforçando o apelo da liga mesmo em seu mercado doméstico.
A alta qualidade da produção, incluindo câmeras especiais, gráficos táticos e comentários analíticos, tornou o padrão Premier League de transmissão uma referência global.
Mundialmente
Fora do Reino Unido, a Premier League alcança públicos gigantescos em todos os continentes, com acordos de transmissão em dezenas de idiomas.
Alguns exemplos por região:
- Estados Unidos – NBC Sports (em inglês) e Telemundo/Universo (em espanhol).
- América Latina – ESPN e Star+ transmitem com exclusividade em português e espanhol.
- África Subsaariana – SuperSport, canal extremamente popular na região.
- Índia e Sudeste Asiático – Star Sports e Disney+ Hotstar.
- Oriente Médio e Norte da África (MENA) – beIN Sports.
- Europa continental – diversos acordos nacionais com emissoras como DAZN, Canal+, Viaplay entre outras.
No Brasil, a Premier League é transmitida ao vivo pelos canais ESPN (TV fechada) e Star+ (streaming).
A liga possui uma base de fãs fiel no país, ampliada pela presença constante de jogadores brasileiros entre os protagonistas da competição.
Essa distribuição ampla e estratégica garante que a Premier League seja vista por bilhões de pessoas ao longo da temporada, consolidando-se como o maior produto de mídia do futebol mundial.
Prêmios Individuais
Além da disputa acirrada entre clubes, a Premier League também celebra as atuações individuais que marcam cada temporada.
Diversos prêmios são concedidos anualmente para reconhecer os destaques entre jogadores, treinadores e até mesmo lances históricos.
Essas premiações ajudam a construir o prestígio dos atletas e a consolidar a imagem da Premier League como o principal palco do futebol mundial.
PFA Player of the Year
Concedido pela Professional Footballers’ Association (PFA), este é um dos prêmios mais tradicionais do futebol inglês.
O PFA Player of the Year é eleito pelos próprios jogadores da liga, o que o torna altamente respeitado.
Entre os vencedores marcantes estão:
- Cristiano Ronaldo (2006–07, 2007–08) – Manchester United
- Thierry Henry (2002–03, 2003–04) – Arsenal
- Kevin De Bruyne (2020, 2021) – Manchester City
- Mohamed Salah (2017–18) – Liverpool
- Erling Haaland (2022–23) – Manchester City
O prêmio simboliza o reconhecimento entre pares — uma distinção que poucos têm o privilégio de alcançar na Premier League.
Young Player of the Year
Criado para valorizar os talentos sub-23 que se destacam durante a temporada, o PFA Young Player of the Year revelou algumas das maiores estrelas do futebol mundial.
Entre os premiados nos últimos anos estão:
- Bukayo Saka (2023) – Arsenal
- Phil Foden (2021, 2022) – Manchester City
- Marcus Rashford (indicado diversas vezes) – Manchester United
- Gareth Bale, Wayne Rooney, Steven Gerrard – em temporadas anteriores
Esse prêmio reforça o papel da Premier League como celeiro de jovens talentos que rapidamente se tornam protagonistas no cenário internacional.
Manager of the Season
A cada temporada, a Premier League homenageia o melhor treinador do campeonato com o prêmio Manager of the Season.
O reconhecimento considera não apenas os títulos conquistados, mas também o desempenho acima das expectativas, estilo de jogo e impacto coletivo.
Vencedores icônicos incluem:
- Sir Alex Ferguson – diversas vezes pelo Manchester United
- Arsène Wenger – pelo Arsenal invicto de 2003–04
- José Mourinho – por suas campanhas dominantes no Chelsea
- Jürgen Klopp – com o Liverpool campeão em 2019–20
- Pep Guardiola – múltiplas vezes, incluindo a campanha de 100 pontos (2017–18)
- Claudio Ranieri – por levar o Leicester City ao título histórico de 2015–16
Esse prêmio mostra que, na Premier League, o cérebro fora de campo é tão essencial quanto o talento dentro das quatro linhas.
Prêmio de 10 e 20 temporadas
Em 2003 e 2012, a Premier League promoveu premiações especiais para marcar suas duas primeiras décadas de história: os prêmios de 10 Temporadas e 20 Temporadas.
Essas homenagens reconheceram os maiores jogadores, treinadores, gols, defesas e partidas da era Premier League até então.
Destaques dos prêmios de 10 temporadas (1992–2002):
- Jogador da Década: Alan Shearer
- Time da Década: Giggs, Cantona, Scholes, Beckham, Shearer…
- Gol da Década: David Beckham contra o Wimbledon (1996)
- Técnico da Década: Sir Alex Ferguson
Destaques dos prêmios de 20 temporadas (1992–2012):
- Melhor Jogador: Ryan Giggs
- Melhor Técnico: Sir Alex Ferguson
- Melhor Temporada: 2011–12 (Manchester City campeão no último minuto)
- Melhor Gol: Wayne Rooney (bicicleta no Derby de Manchester em 2011)
- Melhor Time: Arsenal invicto de 2003–04
Esses prêmios especiais foram criados não apenas para celebrar talentos, mas para reforçar a identidade da Premier League como uma competição rica em história, momentos inesquecíveis e protagonistas lendários.
Prêmios Internacionais e Europeus
A Premier League não é apenas uma competição nacional — ela também é o palco de muitos dos jogadores mais premiados do futebol mundial.
Atletas que brilham na liga frequentemente são reconhecidos com os prêmios mais prestigiados da FIFA, da UEFA e da Chuteira de Ouro europeia.
Esses prêmios destacam a Premier League como uma verdadeira vitrine global, onde o melhor do futebol é valorizado tanto no campo quanto nas premiações internacionais.
Melhor jogador do mundo pela FIFA
A FIFA concede desde os anos 90 o prêmio de Melhor Jogador do Mundo, e jogadores da Premier League já estiveram no topo:
- Cristiano Ronaldo – Manchester United, vencedor em 2008, após temporada histórica com título da Champions League e Premier League.
- Virgil van Dijk, Mohamed Salah, Kevin De Bruyne e Erling Haaland também figuraram com destaque entre os finalistas nos últimos anos.
Apesar da forte concorrência de atletas atuando em La Liga e outras ligas, a presença de jogadores da Premier League entre os indicados é constante, refletindo o alto nível técnico do campeonato.
Ballon d’Or
A Bola de Ouro (Ballon d’Or), concedida pela revista France Football, também reconheceu talentos da Premier League em momentos memoráveis:
- Stanley Matthews (1956) – Blackpool, primeiro vencedor da história.
- George Best (1968) e Bobby Charlton (1966) – ídolos do Manchester United.
- Michael Owen (2001) – Liverpool, após campanha excepcional.
- Cristiano Ronaldo (2008) – Manchester United.
- Rodri (2024) – Manchester City, coroando sua liderança no meio-campo da equipe tricampeã da Premier League.
A Premier League continua sendo uma das ligas com mais jogadores nomeados ao prêmio a cada edição.
Prêmios Europeus
A UEFA, entidade máxima do futebol europeu, também premia os melhores jogadores da temporada em diferentes posições.
Jogadores da Premier League já dominaram essas premiações em diversas ocasiões:
Jogador do Ano da UEFA

- Virgil van Dijk (2018–19) – Liverpool
- Jorginho (2020–21) – Chelsea
- Erling Haaland (2022–23) – Manchester City
Melhor Goleiro da UEFA
- Peter Schmeichel (1997–98) – Manchester United
- Petr Čech (2004–05 e 2006–07) – Chelsea
- Alisson Becker (2018–19) – Liverpool
- Ederson Moraes – frequentemente entre os indicados
Melhor Defensor da UEFA
- John Terry (2004–05, 2007–09) – Chelsea
- Jaap Stam (1998–99) – Manchester United
- Virgil van Dijk (2018–19) – Liverpool
Melhor Meia da UEFA
- David Beckham (1998–99) – Manchester United
- Frank Lampard (2007–08) – Chelsea
Melhor Atacante da UEFA
- Cristiano Ronaldo (2007–08) – Manchester United
- Ruud van Nistelrooy (2002–03) – Manchester United
Esses reconhecimentos reforçam que a Premier League não só forma elencos competitivos, como também potencializa talentos para o mais alto nível europeu.
Chuteira de Ouro
A Chuteira de Ouro da UEFA premia o maior artilheiro das ligas europeias a cada temporada, considerando um sistema de pontos que valoriza as principais ligas (como a Premier League).
Vencedores jogando na Inglaterra incluem:
- Kevin Phillips (1999–2000) – Sunderland (30 gols)
- Thierry Henry (2003–04 e 2004–05) – Arsenal
- Cristiano Ronaldo (2007–08) – Manchester United (31 gols)
- Luis Suárez (2013–14) – Liverpool
- Erling Haaland (2022–23) – Manchester City, com 36 gols – recorde absoluto em uma edição da Premier League
Essas conquistas reforçam o peso ofensivo e a competitividade dos atacantes que brilham no futebol inglês.
Recordes
Ao longo de mais de três décadas de história, a Premier League acumulou recordes impressionantes, estabelecidos por lendas do futebol e campanhas inesquecíveis.
De artilheiros eternos a goleadas históricas, essas marcas fazem parte da identidade vibrante e competitiva do campeonato.
Maior número de partidas
A longevidade é uma virtude rara no futebol moderno, mas alguns atletas marcaram época com números impressionantes de jogos disputados:
- Gareth Barry – 653 partidas
- James Milner – 637 partidas (em atividade até 2025)
- Ryan Giggs – 632 partidas (todas pelo Manchester United)
- Frank Lampard – 609 partidas
- David James – 572 partidas
Esses nomes representam consistência, profissionalismo e uma carreira inteira dedicada à Premier League.
Maiores artilheiros
Quando o assunto é gol, a Premier League também tem seus mitos. Confira os maiores goleadores da era moderna:
- Alan Shearer – 260 gols
- Harry Kane – 213 gols
- Wayne Rooney – 208 gols
- Andrew Cole – 187 gols
- Sergio Agüero – 184 gols
- Mohamed Salah – 184 gols (em atividade)
- Frank Lampard – 177 gols (meio-campista!)
- Thierry Henry – 175 gols
- Robbie Fowler – 163 gols
- Jermain Defoe – 162 gols
Esses artilheiros entraram para a história da Premier League com gols decisivos, consistência e talento de sobra.
Clubes
Os clubes da Premier League também deixaram suas marcas na história do campeonato com campanhas memoráveis, sequências invictas e placares históricos.
Ao longo dos anos, as equipes mais tradicionais – e até algumas surpresas – estabeleceram recordes que ilustram a força, a rivalidade e a imprevisibilidade da liga mais competitiva do futebol mundial.
Maiores goleadas
Alguns jogos entraram para a história pelo placar elástico e desempenho avassalador de um dos lados:
- Manchester United 9×0 Ipswich Town – 1994/95
- Leicester City 9×0 Southampton – 2019/20
- Manchester United 9×0 Southampton – 2020/21
- Liverpool 9×0 Bournemouth – 2022/23
- Tottenham 9×1 Wigan Athletic – 2009/10
Esses placares mostram que, mesmo em uma liga tão equilibrada, performances extraordinárias acontecem — e ficam para sempre na memória dos torcedores.
Temporadas invictas
A façanha de terminar uma temporada sem perder é extremamente rara. Apenas um clube conseguiu esse feito na era Premier League:
- Arsenal (2003–04) – 38 jogos, 26 vitórias, 12 empates, nenhuma derrota.
O time de Arsène Wenger, liderado por Thierry Henry, Vieira, Bergkamp e companhia, ficou conhecido como “Os Invencíveis”.
Nenhum outro clube repetiu o feito desde então, reforçando a grandiosidade dessa conquista.

Críticas
Apesar de ser admirada mundialmente, a Premier League também enfrenta críticas relevantes, especialmente relacionadas à concentração de poder entre os clubes mais ricos e à desigualdade em relação às divisões inferiores.
Domínio dos Big Four e a formação do Big Six
Durante os anos 2000, a Premier League foi marcada pelo domínio de quatro clubes que constantemente ocupavam as primeiras posições e as vagas europeias: Manchester United, Arsenal, Chelsea e Liverpool — o chamado Big Four.
A partir da década de 2010, com o crescimento financeiro e esportivo de Manchester City e Tottenham Hotspur, o grupo passou a ser chamado de Big Six. Essa concentração gerou:
- Previsibilidade na disputa pelo título e vagas na Champions League
- Distância financeira em relação aos demais clubes
- Descontentamento de torcedores e treinadores de clubes médios
Ainda assim, surpresas como o título do Leicester City (2015–16) provaram que, embora raras, zebras ainda podem acontecer na Premier League.
Abismo com as ligas inferiores
Outro ponto de crítica é o distanciamento cada vez maior entre a Premier League e a EFL Championship (segunda divisão).
Os clubes que caem da Premier League recebem parachute payments (pagamentos compensatórios) que mantêm sua força financeira, dificultando o acesso de clubes menores.
Consequências apontadas:
- Rebaixados com mais recursos tendem a subir rapidamente (ex: Norwich, Fulham)
- Clubes que sobem sem estrutura sofrem para se manter
- Equipes tradicionais que caíram sem retorno (como Sunderland e Blackburn) enfrentam crises prolongadas
Esse abismo econômico é um desafio constante no sistema do futebol inglês.
Troféu
O troféu oficial da Premier League é produzido pela joalheria real Asprey of London e é feito de prata esterlina com detalhes em ouro.
A base é de malaquita, pedra verde que simboliza o campo de jogo.
- Pesa cerca de 25 kg
- Possui dois leões nas alças, e o terceiro é simbolicamente representado pelo capitão campeão ao levantar o troféu
Em 2004, o Arsenal recebeu uma versão inteiramente dourada, em homenagem à campanha invicta dos “Invencíveis”.
Campeões
Desde sua criação em 1992, a Premier League teve sete clubes campeões:
- Manchester United – 13 títulos
- Manchester City – 8 títulos
- Chelsea – 5 títulos
- Arsenal – 3 títulos
- Liverpool – 2 títulos
- Blackburn Rovers – 1 título
- Leicester City – 1 título
O domínio recente do Manchester City, sob Pep Guardiola, transformou o clube em uma nova potência, enquanto o Manchester United liderou nas primeiras décadas.
Curiosidades sobre a Premier League
Além dos títulos, estatísticas e superlativos, a Premier League é rica em histórias únicas, momentos emocionantes e situações improváveis que só o futebol inglês consegue proporcionar.
Esses fatos curiosos ajudam a explicar por que a liga é tão amada — e tão inesquecível.
Fatos históricos
- Primeiro gol da era Premier League: marcado por Brian Deane, do Sheffield United, contra o Manchester United, em 15 de agosto de 1992.
- Primeira transmissão mundial ao vivo: a estreia da liga foi exibida em mais de 60 países — número que saltaria para mais de 200 em poucas décadas.
- Primeira contratação milionária da era Premier League: Alan Shearer, por £15 milhões em 1996 — hoje considerado uma pechincha.
- Primeiro estrangeiro a ser eleito Jogador do Ano: Eric Cantona, francês do Manchester United, revolucionou o jogo nos anos 90.
- Maior número de pontos em uma temporada: 100 pontos, pelo Manchester City (2017–18) — recorde absoluto.
Jogos marcantes
- Manchester City 3×2 QPR (2011–12): o gol de Agüero aos 93 minutos deu ao City o título mais dramático da história da Premier League.
- Liverpool 4×3 Newcastle (1995–96): considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, com viradas e ritmo alucinante.
- Leicester 5×3 Manchester United (2014–15): a virada improvável que anunciava a ascensão de um futuro campeão.
- Arsenal 4×4 Tottenham (2008): um North London Derby insano decidido nos acréscimos.
- Tottenham 9×1 Wigan (2009): maior goleada aplicada por um único jogador — Jermain Defoe marcou cinco vezes.
Cenas icônicas
- “Aguerooooo!” – a narração histórica de Martin Tyler após o gol do título do Manchester City.
- Roy Keane x Patrick Vieira – a famosa briga no túnel antes de Arsenal x United, símbolo da rivalidade feroz nos anos 2000.
- José Mourinho “The Special One” (2004) – sua autoapresentação virou meme global e redefiniu o marketing pessoal de técnicos.
- Torcedores do Leicester em delírio (2015–16) – o título do time com odds de 5000 para 1 é considerado o maior milagre esportivo da era moderna.
- Jamie Carragher cuspindo na torcida (2007) e sendo suspenso — um dos episódios mais controversos, que mostra o peso da pressão.
- Steven Gerrard escorregando contra o Chelsea (2013–14) – cena triste e memorável que custou ao Liverpool o título.
Redes sociais oficiais
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Perguntas Frequentes
Qual é o maior clube inglês?
A resposta varia conforme o critério:
- Em títulos nacionais e histórico recente na Premier League, o Manchester United é o maior.
- Em títulos internacionais, o Liverpool lidera com 6 Champions League.
Ambos são gigantes históricos e os dois clubes mais influentes da Inglaterra.
Quem tem mais PL?
O Manchester United é o maior campeão da era Premier League, com 13 títulos, todos conquistados entre 1992 e 2013 sob comando de Sir Alex Ferguson.
Quem é o maior campeão da Premier League?
Considerando apenas desde 1992 (criação da Premier League), o Manchester United lidera.
Se somarmos os títulos anteriores à era Premier League, o ranking ainda é liderado por Manchester United (20 títulos ingleses), seguido por Liverpool (20 títulos, empatado em 2024–25).
Quem é o artilheiro do Campeonato Inglês?
Se considerarmos toda a história do Campeonato Inglês, incluindo a era pré-Premier League, o maior artilheiro é Jimmy Greaves, com 357 gols.
Na era Premier League (1992 em diante), o recordista é Alan Shearer, com 260 gols.
Quem é maior, City ou Arsenal?
Historicamente, o Arsenal tem mais títulos nacionais e tradição.
Contudo, o Manchester City tem dominado a era recente com múltiplos títulos da Premier League, Champions League e campanhas históricas.
Ambos são gigantes, mas com forças em momentos diferentes da história.
Porque o Tottenham é Big Six?
O Tottenham Hotspur integra o Big Six devido à sua influência econômica, tamanho da torcida, estádio moderno, presença constante em competições europeias e valor de mercado — apesar da ausência de títulos da Premier League.
Quem é maior, United ou Liverpool?
É um dos maiores debates do futebol mundial:
- Liverpool tem mais títulos internacionais (Champions, Mundial).
- Manchester United tem mais títulos da Premier League e dominou os anos 90 e 2000.
Ambos têm 20 títulos ingleses e são considerados os dois maiores clubes da Inglaterra.
Quem é o maior artilheiro da história da Premier League?
Alan Shearer, com 260 gols marcados entre 1992 e 2006, é o maior artilheiro da história da Premier League. Ele atuou principalmente por Blackburn Rovers e Newcastle United.
Quem é o campeão da Premier League em 2025?
O campeão da temporada 2024–25 da Premier League foi o Liverpool, conquistando seu segundo título na era Premier League e encerrando a sequência de títulos do Manchester City.
Quantos clubes disputam a Premier League?
A Premier League é composta por 20 clubes, que disputam 38 rodadas (jogando em turno e returno) entre agosto e maio.
Como funciona o sistema de rebaixamento?
Ao final de cada temporada, os três últimos colocados da Premier League são rebaixados para a EFL Championship (segunda divisão). Em contrapartida, três clubes sobem da Championship: os dois primeiros colocados e o vencedor dos playoffs do 3º ao 6º lugar.