Club de Regatas Vasco da Gama

Club de Regatas Vasco da Gama

Vasco
Vasco

Títulos Conquistados

Internacionais

  • 🏆 Copa Libertadores – 1998
  • 🏆 Copa Mercosul – 2000
  • 🥈 Vice-Campeão Mundial – 1998

Nacionais

  • 🏆 Campeonato Brasileiro – 1974, 1989, 1997, 2000
  • 🏆 Copa do Brasil – 2011
  • 🏆 Campeonato Brasileiro Série B – 2009, 2016

Estaduais

  • 🏆 Campeonato Carioca – 24 títulos
  • 🏆 Torneio Rio-São Paulo – 3 títulos

Ídolos do Clube

Edmundo
Edmundo
Romário
Romário
Juninho Pernambucano
Juninho Pernambucano
Roberto Dinamite
Roberto Dinamite
Carlos Germano
Carlos Germano

O Club de Regatas Vasco da Gama é um dos clubes mais tradicionais e populares do Brasil. Fundado em 1898, no Rio de Janeiro, o Vasco tem uma história marcada por conquistas, pioneirismo e luta contra o racismo no esporte.

Com apelidos como Gigante da Colina e Camisas Negras, o clube conquistou títulos importantes no cenário nacional e internacional, além de formar ídolos eternos como Roberto Dinamite e Romário.

Mais do que vitórias, o Vasco representa inclusão, paixão e resistência — características que moldam sua identidade única no futebol brasileiro.

História do Vasco da Gama

A trajetória do Club de Regatas Vasco da Gama é uma das mais ricas e simbólicas do futebol brasileiro.

Desde sua origem no remo até a consagração como campeão continental, o Vasco sempre foi sinônimo de pioneirismo, resistência e paixão.

Ao longo de mais de um século, o clube colecionou títulos, revelou ídolos e protagonizou momentos históricos dentro e fora dos gramados.

1898–1915: Fundação

O Club de Regatas Vasco da Gama nasceu em 21 de agosto de 1898, fruto da união de 63 jovens da comunidade portuguesa do Rio de Janeiro, com o objetivo de praticar remo — um dos esportes mais populares da época.

O nome foi escolhido em homenagem ao navegador português Vasco da Gama, celebrando os 400 anos da descoberta do caminho marítimo para as Índias.

A estreia do clube nas competições ocorreu em 1899, na enseada de Botafogo, com a embarcação “Volúvel” vencendo sua primeira regata.

A paixão pelo remo marcou profundamente os primeiros anos do Vasco, que acumulou títulos e criou uma forte identidade ligada ao mar.

Já em 1905, o clube conquistava o seu primeiro Campeonato Carioca de Remo, dando início à tradição vitoriosa do Club de Regatas Vasco da Gama nos esportes náuticos.

Em 1915, o clube incorporou o Lusitânia Sport Club, dando origem ao seu departamento de futebol — que se tornaria, anos depois, a principal modalidade da instituição.

Mesmo com a resistência de alguns remadores à nova empreitada, o futebol viria a transformar a história vascaína para sempre.

1922–1934: Camisas Negras e a luta contra o racismo

Com o futebol já consolidado, o Vasco da Gama estreou na elite carioca em 1923 com um time diverso e revolucionário.

Formado por operários, negros, mestiços e portugueses pobres, o elenco conhecido como Camisas Negras conquistou o Campeonato Carioca logo em seu primeiro ano na primeira divisão.

Esse feito incomodou a elite da época, que tentou excluir o clube da liga.

Em resposta às pressões racistas para que dispensasse 12 jogadores sob a alegação de “profissão duvidosa”, o Vasco enviou a famosa Resposta Histórica, recusando-se a ceder e abrindo mão da filiação à liga elitista.

Esse ato transformou o Club de Regatas Vasco da Gama em símbolo de inclusão e resistência no esporte brasileiro.

A coragem do Vasco marcou uma virada no futebol nacional, abrindo as portas para atletas negros e pobres em um esporte até então elitizado.

Essa postura reafirma até hoje a identidade combativa e popular do clube.

1942–1954: Expresso da Vitória

Nos anos 1940, o Vasco montou um dos times mais lendários da história do futebol brasileiro: o Expresso da Vitória.

Liderado por craques como Ademir de Menezes, Danilo, Jorge e Barbosa, o time foi protagonista de uma era dourada, conquistando diversos títulos estaduais e o prestigiado Campeonato Sul-Americano de Campeões em 1948 — competição que seria reconhecida como precursora da Copa Libertadores.

Com um futebol ofensivo, técnico e eficiente, o Club de Regatas Vasco da Gama encantava torcidas no Brasil e fora dele.

Em 1950, oito jogadores do Vasco integraram a Seleção Brasileira na Copa do Mundo disputada no Maracanã, comprovando a hegemonia cruzmaltina.

O título continental e a dominância nas competições cariocas consolidaram o clube como potência da América do Sul e alimentaram o orgulho da torcida vascaína por décadas.

1955–1969: Domínio mundial

Entre as décadas de 1950 e 1960, o Club de Regatas Vasco da Gama brilhou internacionalmente com atuações históricas.

Em 1957, o clube venceu o poderoso Real Madrid por 4 a 3 na final do Torneio de Paris, sendo o primeiro sul-americano a derrotar um campeão europeu — um feito que muitos consideram um título mundial extraoficial.

Nesse mesmo período, o Vasco também goleou o Barcelona por 7 a 2 na Espanha, impondo a maior derrota internacional da história do clube catalão em casa.

As vitórias sobre os gigantes europeus consolidaram a imagem do Vasco como um dos maiores clubes do mundo naquele momento.

Além disso, o time venceu o Torneio Rio-São Paulo e teve jogadores como Bellini, Orlando Peçanha e Vavá, que seriam campeões da Copa do Mundo de 1958 com a Seleção Brasileira.

1970–1989: Era Dinamite e a SeleVasco

A década de 1970 foi marcada pela ascensão do maior ídolo da história do Vasco: Roberto Dinamite.

Estreando com um golaço contra o Internacional no Maracanã, ele se tornaria o maior artilheiro do clube e do Campeonato Brasileiro.

Ao lado de craques como Abel Braga, Mazarópi e Geovani, o Vasco conquistou o Campeonato Brasileiro de 1974, tornando-se o primeiro clube carioca campeão nacional.

Nos anos 1980, o time seguiu competitivo, com títulos estaduais e campanhas sólidas.

O elenco conhecido como SeleVasco, que contava com Bebeto, Romário, Sorato e outros talentos, trouxe de volta o prestígio cruzmaltino ao cenário nacional, culminando com o bicampeonato brasileiro em 1989.

Essa geração foi marcada por equilíbrio técnico, presença na Seleção Brasileira e grandes atuações dentro e fora do Maracanã.

1990–2007: Centenário e conquista da Copa Libertadores

Nos anos 1990, o Club de Regatas Vasco da Gama viveu uma nova era de ouro.

O clube revelou uma geração brilhante com Edmundo, Juninho Pernambucano, Felipe, Pedrinho e Carlos Germano. Em 1997, o Vasco conquistou seu terceiro Campeonato Brasileiro, com Edmundo quebrando recordes de gols.

Em 1998, ano do centenário, o Vasco atingiu o ponto mais alto de sua história ao vencer a Copa Libertadores da América, derrotando o Barcelona de Guayaquil na final.

Foi uma campanha marcante, com atuações épicas e o famoso “Gol Monumental” de Juninho Pernambucano contra o River Plate na semifinal.

Ainda em 2000, o clube venceu a Copa Mercosul na histórica “Virada do Século” contra o Palmeiras e conquistou o tetracampeonato brasileiro, mantendo-se como um dos grandes protagonistas do futebol sul-americano.

2008–2021: Copa do Brasil e declínio

Vasco Campeao Copa do Brasil

A partir de 2008, o Club de Regatas Vasco da Gama entrou em um ciclo de instabilidade esportiva e política. O ano marcou o primeiro rebaixamento da história do clube no Campeonato Brasileiro.

Ainda assim, o time reagiu rapidamente e, em 2009, foi campeão da Série B, retornando à elite.

O ponto alto dessa fase veio em 2011, com a conquista inédita da Copa do Brasil, sob o comando de Ricardo Gomes. Liderados por Dedé, Diego Souza e Éder Luís, os vascaínos mostraram força nacional mais uma vez.

Naquele ano, o clube ainda ficou em segundo lugar no Brasileirão e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana.

Por outro lado, os anos seguintes foram marcados por problemas financeiros, gestões conturbadas e novos rebaixamentos (2013, 2015 e 2020), afetando o desempenho em campo e a confiança da torcida.

Apesar disso, o Vasco ainda conquistou o Campeonato Carioca de 2015 e viveu momentos de esperança com jovens talentos como Thalles e Andrey, além do marco simbólico do milésimo gol de Romário, anotado em 2007 no São Januário.

2022–presente

Em meio a sucessivos desafios, o Club de Regatas Vasco da Gama iniciou um novo capítulo em sua história com a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

Em 2022, o clube firmou acordo com a empresa norte-americana 777 Partners, que assumiu 70% da operação do futebol.

A reestruturação começou com o retorno à Série A, garantido na última rodada da Série B de 2022.

Em 2023, apesar de uma campanha difícil no Brasileirão, a chegada do técnico Ramón Díaz e de reforços como Gary Medel, Pablo Vegetti e Dimitri Payet foi crucial para evitar o rebaixamento.

Já em 2024, o Vasco viveu um ano intenso, com a saída da 777 Partners do controle esportivo, mas também com campanhas promissoras.

O clube voltou às semifinais da Copa do Brasil após 13 anos, garantiu vaga na Copa Sul-Americana de 2025, e celebrou o retorno de Philippe Coutinho, revelado em São Januário.

Campanhas memoráveis

Ao longo de sua história, o Vasco da Gama protagonizou campanhas inesquecíveis. A conquista do Campeonato Carioca de 1923, com os Camisas Negras, foi revolucionária no combate ao racismo. A campanha invicta de 1945, no futebol e no remo, eternizou o título de “Campeão de Terra e Mar”.

A histórica Libertadores de 1998 é até hoje lembrada pela força do elenco e pelo emblemático gol de Juninho Pernambucano no Monumental de Núñez.

Outro jogo eterno foi a Virada do Século de 2000: o Vasco perdia por 3 a 0 para o Palmeiras e virou o placar para 4 a 3, conquistando a Copa Mercosul.

Mais recentemente, o acesso de 2009 à Série A e o título da Copa do Brasil de 2011 reacenderam o orgulho vascaíno.

Essas campanhas mostram que, mesmo em meio às dificuldades, o Club de Regatas Vasco da Gama sempre encontra força para renascer.

Linha do tempo

A seguir, uma linha do tempo com os marcos mais importantes da trajetória do Club de Regatas Vasco da Gama, que ajudam a compreender a grandiosidade do clube e sua relevância no cenário esportivo nacional e internacional:

  • 1898 – Fundação do clube, inicialmente dedicado ao remo.
  • 1915 – Criação do departamento de futebol com a incorporação do Lusitânia Sport Club.
  • 1923 – Conquista do primeiro título no futebol: Campeonato Carioca, com os Camisas Negras.
  • 1924 – Publicação da Resposta Histórica, ato contra o racismo no futebol brasileiro.
  • 1927 – Inauguração de São Januário, maior estádio da América do Sul à época.
  • 1948 – Campeão do Campeonato Sul-Americano de Campeões, primeiro título continental de um clube sul-americano.
  • 1957 – Vitória histórica sobre o Real Madrid na final do Torneio de Paris.
  • 1974 – Primeiro título do Campeonato Brasileiro, com Roberto Dinamite como artilheiro.
  • 1989 – Bicampeonato brasileiro, com a geração da SeleVasco.
  • 1998 – Ano do centenário e conquista da Copa Libertadores da América.
  • 2000 – Título da Copa Mercosul na Virada do Século e o tetracampeonato brasileiro.
  • 2009 – Conquista da Série B e retorno à elite nacional.
  • 2011 – Título inédito da Copa do Brasil.
  • 2022 – Criação da SAF e retorno à Série A.
  • 2024 – Chegada de Philippe Coutinho e retorno às semifinais da Copa do Brasil.

Estrutura e Patrimônio

Ao longo de sua história, o Club de Regatas Vasco da Gama construiu não apenas uma identidade esportiva marcante, mas também um legado físico que reflete sua grandeza.

Das primeiras sedes improvisadas aos modernos centros de treinamento, o patrimônio vascaíno é parte essencial da trajetória do clube.

Sedes antigas

As primeiras sedes do Club de Regatas Vasco da Gama estavam situadas na região portuária do Rio de Janeiro, refletindo suas origens no remo.

O clube foi fundado em um sobrado na Rua da Saúde, e logo depois passou por diversos endereços — entre eles, a Ilha das Moças e a Travessa do Maia, próximo ao Passeio Público.

Esses espaços eram utilizados não só para atividades esportivas, mas também como pontos de encontro e organização da comunidade luso-brasileira.

A transição para novas sedes foi motivada por fatores como o crescimento do clube, a urbanização da cidade e a necessidade de instalações maiores e mais modernas.

Esses locais formam hoje parte do acervo histórico e cultural do Vasco.

Sedes sociais

O Vasco mantém importantes sedes sociais que expressam sua vocação poliesportiva e comunitária.

Entre elas, destaca-se a Sede Náutica da Lagoa, tombada como patrimônio cultural da cidade e projetada com painéis do paisagista Burle Marx.

É um espaço que mantém viva a ligação com o remo e abriga cerimônias, reuniões e eventos tradicionais do clube.

Outra instalação importante é a Sede do Calabouço, localizada no centro do Rio. Criada nos anos 1960, é um espaço de lazer para associados, com piscinas, quadras, salão de festas e restaurante.

Durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, foi utilizada como centro de apoio pelo Comitê Olímpico da Dinamarca.

Essas sedes reforçam o papel do Club de Regatas Vasco da Gama como uma entidade social, além da esfera esportiva, e mostram como o clube continua presente na vida cotidiana de seus torcedores e associados.

Centro de treinamento

Nos últimos anos, o Vasco deu passos importantes na modernização de sua estrutura esportiva.

O principal destaque é o Centro de Treinamento Moacyr Barbosa, na Barra da Tijuca. Inaugurado em 2020, o CT foi construído com apoio direto da torcida, por meio de financiamento coletivo.

O local conta com campos, estrutura médica, refeitório e salas de análise de desempenho, sendo usado pela equipe profissional masculina.

Já as categorias de base e o futebol feminino utilizam o Centro de Treinamento Almirante Heleno de Barros Nunes, localizado em Duque de Caxias.

Em fase de ampliação, o espaço contará com novos campos, ginásios e alojamentos.

Ambos os centros são fundamentais para o desenvolvimento de atletas e para a sustentabilidade esportiva do clube a médio e longo prazo.

Estádio de São Januário – detalhes históricos

O Estádio Vasco da Gama, mais conhecido como São Januário, é um dos maiores símbolos da identidade vascaína.

Inaugurado em 21 de abril de 1927, foi construído com o apoio da torcida por meio da famosa “Campanha dos Dez Mil”, tornando-se o maior estádio das Américas na época.

Localizado na zona norte do Rio de Janeiro, São Januário é conhecido como o “Gigante da Colina”, referência à sua posição geográfica na Colina Histórica.

O estádio foi palco de conquistas inesquecíveis e de grandes eventos sociais e políticos, como discursos do presidente Getúlio Vargas durante o Estado Novo.

Além do campo de jogo, o complexo abriga o Parque Aquático, os Ginásios Cyro Aranha e Antônio Soares Calçada, o moderno centro médico CAPRRES, o Colégio Vasco da Gama, a Capela de Nossa Senhora das Vitórias, o Centro de Memória e o Espaço Experiência, onde o torcedor pode reviver a história do clube.

Em 2024, São Januário foi oficialmente tombado como Patrimônio Histórico e Cultural da cidade do Rio de Janeiro, reconhecendo sua importância além do futebol.

Para os vascaínos, mais do que um estádio, é um verdadeiro templo.

Estatísticas 

O Club de Regatas Vasco da Gama é conhecido por revelar grandes craques e manter ídolos em sua história centenária.

Os números impressionam e ajudam a contar a trajetória gloriosa do clube por meio de seus principais protagonistas dentro de campo.

Veja abaixo quem são os maiores artilheiros, os que mais vestiram a camisa cruzmaltina e os jogadores com mais títulos na história do Vasco.

Maiores Artilheiros

O topo da artilharia vascaína pertence, com larga vantagem, ao maior ídolo da história do clube: Roberto Dinamite.

  1. Roberto Dinamite – 708 gols
  2. Romário – 326 gols (soma das passagens e amistosos)
  3. Ademir de Menezes – 301 gols
  4. Edmundo – 326 gols (dados variam conforme contagem)
  5. Russinho – 254 gols
  6. Vavá – 191 gols
  7. Tostão – 172 gols
  8. Luizão – 141 gols
  9. Eurico – 130 gols
  10. Sorato – 122 gols

Esses nomes representam décadas de talento que fizeram do Club de Regatas Vasco da Gama um dos clubes mais temidos do país. A veia artilheira cruzmaltina é parte vital de sua identidade.

Jogadores com mais partidas

Vestir a camisa do Vasco é uma honra que poucos alcançam com regularidade. Os atletas abaixo são verdadeiros símbolos de lealdade e constância com o clube.

  1. Roberto Dinamite – 1.110 jogos
  2. Acácio – 493 jogos
  3. Carlos Germano – 457 jogos
  4. Barbosa – 432 jogos
  5. Romário – 413 jogos
  6. Juninho Pernambucano – 393 jogos
  7. Edmundo – 377 jogos
  8. Mazarópi – 352 jogos
  9. Geovani – 343 jogos
  10. Abel Braga – 331 jogos

Esses jogadores não apenas marcaram época, mas participaram ativamente das maiores conquistas do Club de Regatas Vasco da Gama. São nomes eternamente inscritos na história do clube.

Jogadores com mais Títulos

Além do talento individual, o espírito coletivo e a longevidade permitiram que alguns atletas acumulassem várias taças pelo Gigante da Colina.

  1. Roberto Dinamite – 12 títulos
  2. Carlos Germano – 11 títulos
  3. Valdir Bigode – 10 títulos
  4. Felipe – 10 títulos
  5. Mauro Galvão – 8 títulos
  6. Pedrinho – 8 títulos
  7. Juninho Pernambucano – 7 títulos
  8. Sorato – 7 títulos
  9. Edmundo – 6 títulos
  10. Ramon Menezes – 6 títulos

Esses atletas participaram de fases gloriosas, como os anos 1990 e o início dos anos 2000, e deixaram suas marcas em finais históricas.

Ídolos e Personagens Históricos

A alma do Club de Regatas Vasco da Gama está em seus personagens. Ídolos que marcaram época, técnicos lendários e jogadores emblemáticos construíram a história do clube com gols, conquistas e muita paixão.

São figuras que ultrapassam o futebol e se tornaram parte da cultura popular brasileira.

Ídolos históricos do clube

O maior de todos é Roberto Dinamite. Com 708 gols marcados e mais de mil partidas disputadas, ele é o símbolo máximo da história vascaína.

Ídolo absoluto, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro e maior goleador do Maracanã, além de ter presidido o clube em momentos difíceis.

Outros nomes eternos incluem:

  • Romário – Revelado em São Januário, brilhou no Vasco em diversas fases e é o segundo maior artilheiro da história do clube.
  • Juninho Pernambucano – Conhecido por seus gols decisivos e cobranças de falta precisas, foi protagonista na Libertadores de 1998.
  • Edmundo – O “Animal” teve atuações marcantes, incluindo uma temporada histórica em 1997, quando foi artilheiro do Brasileirão.
  • Ademir de Menezes – Líder do Expresso da Vitória, foi ídolo nacional na década de 1940 e referência técnica e moral da equipe.
  • Barbosa – Goleiro do Sul-Americano de 1948 e da seleção em 1950, é lembrado como um dos melhores da história do clube.
  • Carlos Germano, Felipe, Pedrinho, Geovani, Acácio, Bebeto, entre outros, também deixaram marcas profundas.

Esses ídolos representam gerações e alimentam a paixão da torcida cruzmaltina até os dias de hoje.

Grandes técnicos

Os técnicos do Club de Regatas Vasco da Gama foram tão importantes quanto seus jogadores. O clube foi berço de grandes treinadores que fizeram história dentro e fora do país.

  • Flávio Costa – Comandou o Expresso da Vitória e a Seleção Brasileira na Copa de 1950.
  • Antônio Lopes – Técnico com mais jogos pelo clube, foi campeão brasileiro e da Libertadores como parte da comissão.
  • Ondino Vieira – Responsável por modernizar o futebol vascaíno nos anos 1940, formando um dos maiores elencos da história.
  • Joel Santana – Campeão estadual e ídolo da torcida, foi peça chave em diversos momentos.
  • Alcir Portella, Martim Francisco, Mário Travaglini e Ricardo Gomes também entraram para o hall de comandantes vitoriosos.

O trabalho desses técnicos foi fundamental para os títulos e para a construção da filosofia esportiva vascaína: ofensiva, valente e vibrante.

Jogadores emblemáticos

Além dos ídolos consagrados, o Vasco teve jogadores que, mesmo sem tantos títulos ou gols, marcaram pela raça, identidade ou por representarem o espírito do clube.

  • Pai Santana – Massagista folclórico e figura paterna para gerações de jogadores. Ícone da espiritualidade e mística vascaína.
  • Mazarópi – Goleiro com o recorde mundial de minutos sem sofrer gols, símbolo da disciplina e da solidez defensiva.
  • Valdir Bigode – Artilheiro decisivo nos anos 90, amado pela torcida pelo estilo combativo.
  • Bismarck, Sorato, Viola, Euller, Luizão, Vágner, Donizete, Jorginho, Mauro Galvão, Ramon Menezes – nomes que estiveram presentes em títulos históricos como o Brasileiro de 1997, Libertadores de 1998 e a Mercosul de 2000.

Esses jogadores, mesmo com trajetórias distintas, ajudaram a manter viva a chama do Club de Regatas Vasco da Gama, honrando a camisa com dedicação e entrega.

Símbolos do Clube

Os símbolos do Club de Regatas Vasco da Gama são muito mais do que elementos visuais: são expressões da sua história, valores e identidade.

Uniforme, escudo, bandeira, mascote e hino representam a alma vascaína, e cada detalhe carrega um significado profundo que une passado e presente.

Uniformes

O uniforme do Vasco é um dos mais icônicos do futebol mundial.

A camisa preta com a faixa diagonal branca, atravessando o peito da esquerda para a direita, carrega a Cruz de Cristo sobre o coração — símbolo de fé, coragem e origem portuguesa.

A cor preta representa os mares desconhecidos e as dificuldades enfrentadas; a faixa branca, o caminho vitorioso das caravelas rumo às Índias.

Além do tradicional manto preto, o Club de Regatas Vasco da Gama adota também a camisa branca com faixa diagonal preta como segundo uniforme, criada nos anos 1930 para jogos noturnos, devido à melhor visibilidade.

Ambos os modelos representam a ligação com o passado náutico e com os ideais de luta e superação.

Escudo: a caravela e a Cruz de Cristo

O escudo vascaíno passou por várias versões, mas mantém elementos essenciais desde sua origem: a caravela portuguesa, símbolo das grandes navegações, e a cruz vermelha, frequentemente chamada de Cruz de Malta, embora sua forma técnica seja a Cruz Pátea.

Ela representa a Ordem de Cristo e a herança luso-católica do clube.

A faixa diagonal branca atravessando o fundo preto reforça os valores de bravura e conquista que definem o Vasco. As iniciais “CRVG” (Club de Regatas Vasco da Gama) aparecem estilizadas, integrando história e modernidade.

Bandeira

A bandeira do Vasco segue o mesmo padrão do uniforme: fundo preto, faixa branca diagonal e a cruz vermelha ao centro.

Criada logo após a primeira grande crise do clube em 1899, a bandeira se consolidou como um símbolo de resistência, unidade e luta popular.

Além do pavilhão principal, existe a histórica bandeira náutica, com instrumentos de navegação e remos, usada no início da trajetória do clube.

Atualmente, a bandeira oficial ostenta oito estrelas douradas que homenageiam conquistas como a Libertadores, o Sul-Americano de Campeões, os Campeonatos Brasileiros e a campanha de Terra e Mar de 1945.

Mascote

O mascote oficial do Club de Regatas Vasco da Gama é o Almirante, em homenagem a Vasco da Gama, navegador português.

Representado como um marinheiro imponente, ele simboliza liderança, bravura e tradição marítima.

Outro personagem querido da torcida é o Bacalhau, criado nos anos 1960 em alusão à culinária portuguesa e à identidade do clube. Embora tenha origem em provocações rivais, foi apropriado com orgulho pela torcida vascaína.

Já o excêntrico Dom Corvo I e Único surgiu em charges esportivas e acabou adotado por sua imponência e aparência misteriosa.

A ave, tida como símbolo de inteligência e vigilância, ganhou até desfile próprio nas arquibancadas.

Hino

O hino mais conhecido do Vasco foi composto por Lamartine Babo em 1949, e se tornou um dos mais belos e populares do futebol brasileiro.

A letra exalta o clube como uma força de superação, com versos como: “Vamos todos cantar de coração / A cruz de malta é o meu pendão.”

Além do hino oficial, o Club de Regatas Vasco da Gama conta com dois outros hinos: o Hino Triunfal, de 1918, e Meu Pavilhão, composto em 1942.

Ambos fazem parte do acervo cultural cruzmaltino e são lembrados por gerações.

Torcida e Cultura

A torcida do Club de Regatas Vasco da Gama é um dos maiores patrimônios do clube.

Conhecida por sua lealdade, criatividade e engajamento social, a massa cruzmaltina transcende os limites dos estádios, marcando presença na música, literatura, cinema e televisão.

Mais do que torcer, o vascaíno vive e representa uma cultura única, construída sobre valores de luta, inclusão e resistência.

Torcidas organizadas

O Vasco tem uma das maiores torcidas do Brasil, frequentemente posicionada entre as três a cinco maiores do país.

Suas torcidas organizadas são responsáveis por transformar jogos em verdadeiros espetáculos de apoio e identidade.

A Força Jovem do Vasco é a maior e mais tradicional organizada vascaína. Fundada em 1970, é conhecida por coreografias, bandeirões e mobilizações nacionais.

Outras torcidas também fazem parte da cultura cruzmaltina, como:

  • Ira Jovem
  • Torcida Organizada Vascaína (TOV)
  • Guerreiros do Almirante
  • Mancha Negra
  • Torcida Rasta

Esses grupos atuam dentro e fora dos estádios, organizando festas, caravanas e ações sociais em comunidades.

Há também torcidas organizadas no exterior, com vascaínos espalhados por continentes como Europa, América do Norte e Japão.

Impacto cultural

O Club de Regatas Vasco da Gama não é apenas um clube, mas um fenômeno cultural. A associação entre Vasco e o povo está nas raízes do Brasil moderno.

O clube foi símbolo da resistência popular nos anos 1920 com os Camisas Negras, inspirando debates sobre raça, classe e identidade.

Essa ligação atravessou gerações e se tornou tema de obras culturais diversas:

  • O samba-enredo da Unidos da Tijuca, em 1998, homenageou o centenário do clube.
  • O personagem “português vascaíno” virou figura clássica na música e no teatro carioca.
  • O grito de guerra “Casaca!” se tornou um símbolo folclórico do futebol nacional.

O Vasco também está presente nas canções de artistas como Martinho da Vila, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho — todos declaradamente vascaínos.

Homenagens

Ao longo dos anos, o Club de Regatas Vasco da Gama recebeu diversas homenagens oficiais e populares. Alguns dos mais significativos incluem:

  • Dia do Vasco (21 de agosto), instituído por lei estadual no Rio de Janeiro.
  • Dia do Torcedor Vascaíno (13 de abril), em homenagem ao nascimento de Roberto Dinamite.
  • O estádio São Januário, o Parque Aquático e a Capela das Vitórias foram tombados como patrimônios históricos da cidade.
  • Diversos atletas e dirigentes foram condecorados com medalhas civis e esportivas por sua contribuição ao esporte e à inclusão social.

Em 2022, o clube lançou a Honraria Pai Santana, destinada a figuras que atuam em prol da causa antirracista no futebol, mantendo viva a essência dos ideais cruzmaltinos.

Vasco na mídia (documentários, filmes, etc.)

O Vasco está constantemente presente nas telas e nos livros. Entre os destaques audiovisuais, estão:

  • “Coração de Gigante” – documentário sobre Roberto Dinamite, um mergulho emocional no maior ídolo do clube.
  • “Camisas Negras” – curta-metragem que retrata a histórica luta contra o racismo em 1923.
  • Episódios especiais em séries da ESPN, SporTV, Premiere e Globo Esporte sobre a Libertadores de 1998 e o título da Copa do Brasil de 2011.
  • Cenas e referências em novelas, filmes e livros, como a presença de torcedores vascaínos em personagens da cultura pop nacional.

O clube também tem presença ativa nas redes sociais e canais de YouTube dedicados à torcida, como Atenção Vascaínos, Machão da Gama e Vasco TV, fortalecendo o laço com o torcedor moderno.

Rivalidades Históricas

No futebol, rivalidade é parte essencial da paixão. Para o Club de Regatas Vasco da Gama, os clássicos sempre foram mais do que jogos — são batalhas históricas que marcaram épocas, dividiram torcidas e definiram títulos.

O Vasco está no centro dos confrontos mais tradicionais e intensos do futebol brasileiro.

Vasco x Flamengo: O Clássico dos Milhões

origem da rivalidade remonta ao início do século XX nas competições de remo, mas se intensificou no futebol a partir da década de 1920, quando o Vasco passou a competir de igual para igual com os clubes da elite carioca.

Este clássico é um dos mais disputados e populares do mundo. Já foi palco de decisões memoráveis, como a final da Copa do Brasil de 2006 e as semifinais do Campeonato Brasileiro de 1992 e 1997.

É também o confronto com maior média de público da história do Brasileirão.

  • Maior vitória vascaína: 7 a 0, em 1931.
  • Maior artilheiro do clássico: Roberto Dinamite, com 27 gols.

Para a torcida cruzmaltina, vencer o Flamengo é mais do que um resultado: é reafirmar sua história de resistência, tradição e amor incondicional.

Vasco x Fluminense: O Clássico dos Gigantes

A rivalidade com o Fluminense tem raízes culturais profundas. Nos anos 1920, o Fluminense representava a aristocracia carioca, enquanto o Vasco era o clube do povo, dos operários, negros e imigrantes.

O embate foi ainda mais simbólico durante o episódio da Resposta Histórica, quando o Vasco se recusou a ceder à pressão elitista para excluir seus atletas negros.

O nome Clássico dos Gigantes foi escolhido por votação popular em 2006 e faz jus à grandeza dos dois clubes, que já decidiram títulos estaduais e protagonizaram jogos marcantes, como a final do Brasileirão de 1984.

  • Maior vitória vascaína: 6 a 0, em 1930.
  • Artilheiro do confronto: Roberto Dinamite, com 36 gols.

Vasco x Botafogo: O Clássico da Amizade

Conhecido como o Clássico da Amizade, o confronto entre Vasco e Botafogo é marcado historicamente por respeito mútuo entre as torcidas.

Apesar do nome, a rivalidade é intensa dentro de campo, com disputas acirradas por campeonatos e vagas em torneios importantes.

Ao longo dos anos, o Vasco acumulou vantagem no confronto direto, com destaque para a histórica goleada por 7 a 0 em 2001, no Maracanã — maior goleada em clássicos cariocas realizados no estádio.

  • Maior artilheiro vascaíno no clássico: Roberto Dinamite, com 25 gols.

Apesar da “amizade” fora das quatro linhas, o clássico é sempre disputado com garra e representa muito para ambas as torcidas.

Outras rivalidades

O Club de Regatas Vasco da Gama também tem confrontos históricos com clubes fora do eixo carioca, que se tornaram verdadeiras rivalidades esportivas:

  • Vasco x Palmeiras – A Virada do Século (Copa Mercosul 2000) marcou profundamente esse duelo.
  • Vasco x Corinthians – Grandes encontros como a final do Mundial de Clubes da FIFA 2000 e as quartas de final da Libertadores 2012.
  • Vasco x River Plate – Enfrentamentos intensos na Libertadores de 1998 e na Mercosul de 2000, criando um respeito mútuo e rivalidade continental.
  • Vasco x Grêmio e Cruzeiro – Confrontos frequentes em decisões de Brasileiros e Copas.
  • Vasco x América-RJ – Uma rivalidade histórica dos anos 1940 a 1960, embora hoje em segundo plano.

Essas rivalidades construíram a imagem do Vasco como um clube de confronto, tradição e grandes batalhas — características que fortalecem sua identidade até hoje.

Títulos Conquistados pelo Vasco da Gama

Vasco Campeao

Com mais de um século de história, o Club de Regatas Vasco da Gama coleciona títulos expressivos em todas as esferas do futebol — local, nacional, continental e até intercontinental.

São conquistas que moldaram gerações, forjaram ídolos e eternizaram o nome do clube entre os maiores do mundo.

Títulos nacionais

O Vasco é tetracampeão brasileiro e vencedor da Copa do Brasil. Seus títulos nacionais demonstram a força do clube em diferentes décadas.

  • Campeonato Brasileiro (4):
    🏆 1974, 1989, 1997, 2000
  • Copa do Brasil (1):
    🏆 2011
  • Campeonato Brasileiro Série B (1):
    🏆 2009
  • Torneio João Havelange (1):
    🏆 1993
  • Taça Brasil de Juniores / Copa São Paulo Sub-20 (diversos títulos nas categorias de base)

Além disso, o Vasco liderou rankings da IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol), sendo o 2º do mundo em 1998 e o 1º em dezembro de 2000.

Títulos internacionais

O Gigante da Colina também conquistou respeito no cenário internacional com taças continentais e intercontinentais.

  • Copa Libertadores da América (1):
    🏆 1998
  • Campeonato Sul-Americano de Campeões (1):
    🏆 1948
    Reconhecido oficialmente pela CONMEBOL como precursora da Libertadores
  • Copa Mercosul (1):
    🏆 2000
  • Torneio de Paris (1):
    🏆 1957
    Vitória sobre o Real Madrid na final; considerado título mundial extraoficial
  • Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer (1):
    🏆 1953
    Sucessor da Copa Rio Internacional, oficial pela CBD

Essas conquistas colocam o Club de Regatas Vasco da Gama entre os clubes brasileiros com mais títulos fora do país.

Títulos estaduais

No Rio de Janeiro, o Vasco é um dos maiores campeões e protagonista de clássicos históricos.

  • Campeonato Carioca (24):
    🏆 1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956, 1958,
    🏆 1970, 1977, 1982, 1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998, 2003, 2015, 2016
  • Taça Guanabara (12)
  • Taça Rio (11)
  • Torneio Municipal (4)
  • Torneio Início (10)
  • Campeonato de Terra e Mar (13 vezes – campeão invicto no futebol e no remo)
  • Torneio Rio-São Paulo (3):
    🏆 1958, 1966, 1999

Esses números fazem do Vasco um dos clubes mais vitoriosos da história do futebol carioca e nacional.

Títulos amistosos relevantes

Mesmo fora de competições oficiais, o Vasco construiu sua reputação ao vencer grandes adversários em torneios prestigiados.

  • Troféu Ramón de Carranza – Tricampeão: 1987, 1988, 1989
  • Copa Ouro (EUA) – 1987
  • Troféu Colombino (Espanha) – 1980
  • Taça Cidade de Cabo Frio – 1975
  • Taça Cidade do Rio de Janeiro – 1959
  • Torneio Extra – 1973, 1990
  • Torneio Relâmpago, Torneio Início e outros estaduais extintos

Essas competições, ainda que muitas vezes consideradas “amistosas”, foram disputadas contra grandes clubes da Europa e América, fortalecendo o prestígio do Club de Regatas Vasco da Gama fora das fronteiras nacionais.

Administração e Finanças

Ao longo de sua história, o Club de Regatas Vasco da Gama teve momentos de forte protagonismo institucional, mas também enfrentou crises administrativas e financeiras.

Nos últimos anos, o clube passou por uma reestruturação profunda com a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e parcerias estratégicas para garantir sua sustentabilidade e modernização.

Estrutura administrativa

A administração do Vasco é composta por dois pilares principais:

  • Clube associativo (CRVG): Fundado em 1898, é responsável por toda a parte social e poliesportiva do clube, incluindo o remo, a sede náutica, São Januário, ginásios, colégio e esportes olímpicos. Seu comando é exercido por um presidente eleito pelos sócios.
  • Vasco SAF: Criada em 2022, passou a controlar o futebol profissional masculino e feminino. A SAF tem gestão independente, com um conselho de administração e executivos contratados, subordinados às normas da Lei da SAF (Lei 14.193/2021).

Desde 2024, o ex-jogador Pedrinho assumiu a presidência do clube associativo e passou a ter papel ativo nas decisões estratégicas em torno da SAF, inclusive buscando maior transparência e autonomia nas relações com a 777 Partners.

Situação financeira

Historicamente, o Vasco acumulou uma dívida bilionária, com origem em gestões passadas marcadas por desorganização e passivos fiscais, trabalhistas e bancários. Em 2021, a dívida do clube ultrapassava R$ 700 milhões.

Com a criação da SAF e o aporte inicial da 777 Partners, houve:

  • Pagamento de parte das dívidas cíveis e fiscais.
  • Reestruturação dos débitos em acordo judicial (RCE – Regime Centralizado de Execuções).
  • Regularização de salários e contratos no departamento de futebol.

Apesar de avanços na estrutura financeira da SAF, o clube associativo ainda enfrenta desafios para manter sua estrutura poliesportiva, que depende de receitas próprias, apoio da torcida e subsídios indiretos.

Vasco SAF e o 777 Partners

Vasco SAF 777

Em 2022, o Club de Regatas Vasco da Gama aprovou a criação de sua SAF e a venda de 70% das ações da operação de futebol para a empresa norte-americana 777 Partners, por cerca de R$ 700 milhões em aportes previstos.

A operação foi uma das maiores do futebol brasileiro até então, e incluía:

  • Aporte inicial de R$ 120 milhões para quitar dívidas imediatas.
  • Investimento escalonado em infraestrutura e elenco.
  • Criação de um plano de reestruturação de futebol e base.

Contudo, em 2024, a relação se deteriorou após atraso em aportes, cobranças por má gestão esportiva e ausência de resultados em campo.

O presidente Pedrinho e o Conselho Deliberativo questionaram o controle da 777, que acabou sendo temporariamente afastada da gestão.

Hoje, a situação da SAF está em disputa judicial e institucional, com o futuro da parceria sendo debatido entre os poderes do clube, a Justiça e a própria 777 Partners.

Marketing e Comunicação

O Vasco vem se destacando nas estratégias de marketing esportivo, comunicação digital e engajamento da torcida.

A criação da Vasco TV, a modernização das redes sociais e parcerias com marcas globais como Kappa, Betfair, Guaraná Antarctica (no feminino) e outras ajudaram a alavancar a imagem do clube.

Outras iniciativas marcantes incluem:

  • Campanhas temáticas, como a “Camisas Negras” (antirracismo) e “Virada do Século”.
  • Programas de sócio-torcedor com planos acessíveis e experiências exclusivas.
  • Ações em datas comemorativas e homenagens a ídolos como Roberto Dinamite.

O clube também tem se aproximado do universo digital com NFTs, parcerias com streamers e projetos de fan engagement, visando atrair uma nova geração de torcedores.

Comparativos e Curiosidades

O Club de Regatas Vasco da Gama possui uma das trajetórias mais ricas e singulares do futebol brasileiro. Sua história é marcada por feitos pioneiros, grandes vitórias, lutas sociais e momentos de superação.

A seguir, algumas comparações e curiosidades que ajudam a entender a grandiosidade do Vasco da Gama no cenário nacional e internacional.

Curiosidades históricas

  • Primeiro campeão com negros e operários no futebol brasileiro (Camisas Negras, 1923).
  • Criador da Resposta Histórica, marco antirracista no esporte.
  • Primeiro clube a ter estádio com iluminação elétrica (São Januário, 1927).
  • Teve o maior estádio das Américas por anos até o surgimento do Maracanã.
  • Único clube fora da Europa a derrotar o Real Madrid campeão da Champions antes da criação do Mundial (Paris, 1957).
  • Clube brasileiro com mais medalhas olímpicas em sua história (40 medalhas – olímpicas e paralímpicas).
  • Primeiro campeão continental do Brasil: Campeonato Sul-Americano de Campeões (1948).
    Teve um mascote oficial importado de Portugal: Dom Corvo I e Único.
  • Possui a única capela consagrada oficialmente dentro de um estádio no Brasil: Nossa Senhora das Vitórias.
  • Revelou atletas históricos como Romário, Felipe, Pedrinho, Marta e Pretinha.

Redes sociais oficiais

Acompanhe o Vasco da Gama nas plataformas digitais e fique por dentro de todas as novidades do clube:

Com uma base de torcedores apaixonada e espalhada pelo mundo, o Vasco fortalece sua identidade digital e amplia a conexão com cada vascaíno.

Perguntas Frequentes

Quantos mundiais Vasco tem?

 O Vasco tem 1 título internacional reconhecido como mundial extraoficial, o Torneio de Paris de 1957, onde venceu o Real Madrid campeão da Champions.

Quem é dono do Vasco?

O futebol do Vasco é gerido pela SAF Vasco, que tem como principal acionista a empresa 777 Partners, com 70% das ações. O clube associativo (CRVG) mantém os 30% restantes.

O Vasco já jogou na Série C?

Não. O Vasco jamais disputou a Série C do Campeonato Brasileiro. Seus rebaixamentos foram apenas à Série B.

Quantas Libertadores o Vasco tem?

O Vasco conquistou 1 Copa Libertadores da América, em 1998, ano do centenário do clube.

Qual título o Vasco não tem?

O Vasco nunca venceu a Supercopa do Brasil e não conquistou ainda o Mundial de Clubes da FIFA.

Quem é maior, Vasco ou Fluminense?

Ambos são gigantes do futebol carioca, mas o Vasco possui mais títulos nacionais e internacionais, além de maior torcida em âmbito nacional, segundo a maioria das pesquisas.

O que é o 777 do Vasco?

Refere-se à empresa 777 Partners, investidora que adquiriu o controle do futebol do Vasco da Gama via SAF em 2022.

Qual é o maior título do Vasco?

A Copa Libertadores da América de 1998 é considerada o maior título da história do Vasco, além do pioneirismo no Campeonato Sul-Americano de 1948.

Quem é o mascote do Vasco?

Os mascotes oficiais são o Almirante, o Bacalhau e o Dom Corvo I e Único.

Quantas vezes o Vasco já foi rebaixado?

O Vasco foi rebaixado quatro vezes à Série B: em 2008, 2013, 2015 e 2020.

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