Juventus Football Club

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Juventus
Juventus

Títulos Conquistados

Nacionais

  • 🏆 Serie A – 36 títulos
  • 🏆 Coppa Italia – 14 títulos
  • 🏆 Supercoppa Italiana – 9 títulos

Internacionais

  • 🏆 UEFA Champions League – 2 títulos
  • 🏆 Supercopa da UEFA – 2 títulos
  • 🏆 Mundial de Clubes / Copa Intercontinental – 2 títulos
  • 🏆 UEFA Europa League – 3 títulos

Ídolos do Clube

Alessandro Del Piero
Alessandro Del Piero
Gianluigi Buffon
Gianluigi Buffon
Roberto Baggio
Roberto Baggio
Pavel Nedvěd
Pavel Nedvěd
Michel Platini
Michel Platini

Quando se fala em futebol italiano, é impossível não mencionar o nome Juventus Football Club.

Fundado em 1897, o clube de Turim — também conhecido como Juve ou La Vecchia Signora — construiu uma trajetória de conquistas que o tornou um verdadeiro símbolo do esporte mundial.

São mais de 70 títulos oficiais, incluindo 36 scudettos, 15 Copas da Itália e glórias internacionais que consolidaram sua reputação como uma das instituições mais vencedoras da história do futebol.

Mas a grandeza da Juventus vai além dos troféus. Ela vive na paixão dos milhões de torcedores que enchem o Allianz Stadium e espalham sua devoção por toda a Itália e pelo mundo.

Do clássico uniforme listrado em preto e branco aos nomes lendários que marcaram gerações — como Del Piero, Buffon, Platini, Zidane e Cristiano Ronaldo —, a Juve representa um legado de excelência, disciplina e identidade.

Neste artigo, você vai conhecer em profundidade cada capítulo dessa trajetória. Vamos explorar as origens, os momentos marcantes, os craques, os títulos e toda a estrutura que sustenta o gigante de Turim.

Buffon Juventus

História do Juventus

A trajetória do Juventus Football Club é marcada por tradição, reinvenção e uma busca incessante pela excelência.

Desde os tempos amadores no final do século XIX até se tornar uma potência global do futebol, a Juve trilhou um caminho repleto de conquistas, rivalidades históricas e momentos que moldaram não apenas a identidade do clube, mas também o futebol italiano como um todo.

A seguir, veja como essa história começou e evoluiu até alcançar o patamar de lenda.

O início

O Juventus Football Club nasceu em 1897, em Turim, fundado por um grupo de jovens estudantes do liceu Massimo D’Azeglio.

Batizado inicialmente como Sport Club Juventus, o clube rapidamente se destacou pela ousadia e pela paixão com que tratava o futebol, ainda incipiente na Itália da época.

Em 1900, já integrava oficialmente o Campeonato Italiano, e apenas cinco anos depois, em 1905, conquistou seu primeiro scudetto — jogando no Velódromo Umberto I.

Foi também nesse período que a Juve abandonou o uniforme rosa e preto, adotando as listras verticais em preto e branco inspiradas no Notts County da Inglaterra — um visual que se tornaria icônico e inseparável da identidade bianconera.

Domínio na Liga

A década de 1920 marcou uma virada definitiva na história da Juventus. Em 1923, a família Agnelli — fundadora da FIAT e uma das mais influentes da Itália — assumiu o controle do clube.

Com ela, veio uma era de estruturação profissional, investimento e glórias. A Juve passou a contar com recursos que poucos clubes tinham à disposição e, como resultado, empilhou conquistas.

Entre 1930 e 1935, a equipe venceu cinco campeonatos italianos consecutivos, um feito inédito até então.

Comandada por Carlo Carcano e reforçada por craques como Raimundo Orsi, Giovanni Ferrari e Luis Monti, a Juventus impôs seu domínio e se firmou como potência no cenário nacional.

Na Europa

Embora a supremacia doméstica fosse evidente, foi a partir da década de 1970 que a Juventus começou a projetar sua força para além das fronteiras italianas. Sob o comando de Giovanni Trapattoni, o clube entrou na era das glórias continentais e internacionais.

Nos anos 1980, a Juve conquistou todas as principais competições da UEFA: a Liga dos Campeões, a Recopa Europeia e a Copa da UEFA, tornando-se o primeiro clube da história a completar essa tríplice coroa europeia.

Entretanto, nem tudo foram festas. Em 1985, a conquista da Champions League foi marcada pela Tragédia de Heysel, quando 39 torcedores morreram antes da final contra o Liverpool.

Um episódio que feriu o futebol europeu, mas que também mostrou a resiliência da Velha Senhora diante da dor.

Lippi — A era de sucesso

A chegada de Marcello Lippi em 1994 marcou uma das fases mais vitoriosas da história da Juventus. Em sua primeira temporada, já conquistou o título da Serie A, encerrando um jejum de quase uma década.

A consagração definitiva veio em 1996, com a conquista da Liga dos Campeões da UEFA, superando o Ajax nos pênaltis. Era o início de uma era dourada.

Sob seu comando, craques como Zidane, Del Piero, Vialli, Deschamps e Davids vestiram a camisa bianconera. A Juve foi protagonista na Europa, chegando a três finais consecutivas da Champions (1996, 1997, 1998).

No cenário doméstico, a equipe continuou colecionando scudettos e títulos como a Supercopa da UEFA e a Copa Intercontinental.

Lippi retornaria ainda nos anos 2000, liderando outra geração vencedora com Buffon, Nedvěd, Trezeguet e Thuram, reafirmando o DNA competitivo da Velha Senhora.

O escândalo e a volta (2004–2011)

Tudo mudou em 2006. A Juventus foi o principal alvo do escândalo do Calciopoli, uma das maiores crises da história do futebol italiano. O clube foi rebaixado à Serie B pela primeira vez e perdeu dois títulos da Serie A (2005 e 2006).

Mesmo assim, ídolos como Del Piero, Buffon, Trezeguet e Camoranesi decidiram permanecer para recolocar o time em seu lugar de origem.

A resposta foi imediata: campeã da Serie B em 2006–07 e retorno imediato à elite. A reconstrução foi longa e dolorosa, com técnicos como Claudio Ranieri e Ciro Ferrara tentando devolver a identidade competitiva ao time.

Embora o sucesso europeu tenha escapado nessa fase, o clube pavimentava o caminho para a retomada definitiva.

Domínio Serie A

O verdadeiro ressurgimento começou com Antonio Conte em 2011. Ex-capitão, Conte transformou a Juventus em uma máquina quase invencível, com um estilo de jogo intenso e disciplinado.

Logo em sua primeira temporada, foi campeão italiano invicto, iniciando uma era de domínio absoluto no cenário nacional.

Foram nove títulos consecutivos da Serie A (de 2011 a 2020), incluindo o tetracampeonato comandado por Massimiliano Allegri, que também levou a equipe a duas finais de Champions League (2015 e 2017).

Jogadores como Pirlo, Pogba, Tevez, Chiellini, Marchisio e Dybala simbolizaram essa geração vitoriosa, que devolveu à Juventus seu status de potência global.

Antonio Conte — Retorno à glória na Itália

Após anos de instabilidade e tentativas frustradas de reconstrução, a chegada de Antonio Conte em 2011 representou mais do que uma aposta — foi o reencontro da Juventus com sua alma.

Ídolo como jogador nos anos 1990, Conte assumiu o comando técnico com a missão de devolver o protagonismo à Velha Senhora. E conseguiu.

Com uma filosofia de intensidade, organização e identidade tática clara, Conte revolucionou o time.

Apostou em um esquema 3-5-2 sólido, trouxe nomes como Lichtsteiner, Barzagli, Vidal e, principalmente, apostou no talento “descartado” do Milan: Andrea Pirlo, que se tornaria o maestro do meio-campo bianconero.

O resultado foi impressionante. Na temporada de estreia, 2011–12, a Juventus foi campeã italiana invicta — algo raro na história do futebol europeu.

2011–12

A temporada 2011–12 foi o ponto de virada definitivo para o Juventus Football Club.

Após anos de instabilidade e feridas abertas pelo rebaixamento em 2006, a chegada de Antonio Conte deu ao clube não apenas um novo treinador, mas um símbolo de resgate da identidade bianconera.

Ex-capitão da Juve, ele trouxe uma filosofia clara: intensidade, organização e um futebol vertical.

O elenco foi reforçado com nomes como Andrea Pirlo, vindo de graça do Milan, além de Arturo Vidal, Stephan Lichtsteiner, Mirko Vučinić, Simone Pepe e o zagueiro Andrea Barzagli.

O novo Allianz Stadium (inaugurado em setembro de 2011) tornou-se uma fortaleza, e o sistema tático 3-5-2 passou a ser sinônimo de consistência defensiva e domínio territorial.

Allianz Stadium Juventus

O desempenho em campo foi histórico: invencibilidade em toda a Serie A, com 23 vitórias, 15 empates e nenhuma derrota — um feito raro entre as grandes ligas europeias.

A Juventus terminou com 84 pontos, dois à frente do Milan, e voltou a conquistar o scudetto após seis anos.

Apesar de ter perdido a final da Copa da Itália para o Napoli por 2–0, o título da liga, somado à campanha irretocável, marcou o início do período mais dominante da história moderna do clube.

A temporada também foi a despedida de Alessandro Del Piero, que após 19 anos, 705 jogos e 290 gols, deu adeus ao clube sob aplausos emocionados da torcida.

2012–13

No segundo ano de Conte, a Juventus manteve sua consistência e conquistou o bicampeonato da Serie A com autoridade.

Mesmo sem grandes contratações de impacto, o elenco seguiu evoluindo com jogadores como Pogba, recém-chegado do Manchester United, além da consolidação de Pirlo, Vidal e Marchisio no meio-campo.

Na Liga dos Campeões, a Juve também voltou a se impor no cenário europeu. Passou invicta pela fase de grupos — vencendo inclusive o então campeão Chelsea — e eliminou o Celtic nas oitavas com facilidade.

No entanto, nas quartas, parou no poderoso Bayern de Munique, que se sagraria campeão naquela edição. Mesmo com a eliminação, o desempenho da Juve mostrou que o clube estava novamente entre os grandes da Europa.

2013–14

A terceira e última temporada de Conte foi a mais dominante em termos domésticos. A Juventus alcançou o tricampeonato com um recorde histórico de 102 pontos — a maior pontuação já registrada na Serie A até então.

Com 33 vitórias em 38 jogos, o time era praticamente imbatível no cenário nacional.

Apesar do sucesso na Itália, as frustrações no continente seguiram. A Juventus caiu ainda na fase de grupos da Champions League e não conseguiu avançar na Liga Europa, mesmo com a final programada para o seu estádio, o Allianz Stadium.

Isso acentuou um desgaste entre Conte e a diretoria, especialmente por divergências quanto à ambição em contratações.

Ao fim da temporada, Antonio Conte anunciou sua saída, deixando um legado indiscutível e abrindo caminho para a era Allegri.

Allegri

Após a saída conturbada de Antonio Conte em julho de 2014, a escolha da diretoria surpreendeu parte da torcida: Massimiliano Allegri, recém-saído do Milan, foi anunciado como novo treinador.

O início foi marcado por desconfiança, mas Allegri logo mostrou sua inteligência tática, mantendo a base construída por Conte e acrescentando mais equilíbrio ofensivo à equipe.

Sob seu comando, a Juventus manteve a estrutura sólida com Buffon, Bonucci, Chiellini e Pirlo, mas ganhou fluidez com mudanças táticas entre o 3-5-2 e o 4-3-1-2. O resultado foi uma temporada histórica.

2014–15

A temporada 2014–15 foi um verdadeiro desfile de autoridade. A Juventus venceu a Serie A com sobras, conquistando o tetracampeonato nacional, e ainda levantou a Copa da Itália, encerrando um jejum de 20 anos nessa competição.

Mas o grande destaque foi a campanha na Liga dos Campeões da UEFA.

Com destaques como Pogba, Tévez, Marchisio, Morata e Vidal, a Juve eliminou Borussia Dortmund, Mônaco e o atual campeão Real Madrid para chegar à final em Berlim. Lá, enfrentou o poderoso Barcelona de Messi, Neymar e Suárez.

Apesar da entrega e do empate parcial com gol de Morata, os catalães venceram por 3 a 1.

Mesmo com o vice-campeonato, a Juve havia provado que estava novamente entre os gigantes do futebol europeu.

2015–16

O segundo ano de Allegri começou com desafios. Saíram peças-chave como Pirlo, Vidal e Tévez, abrindo espaço para uma reformulação profunda.

Chegaram nomes como Paulo Dybala, Mandžukić, Khedira, Alex Sandro e Cuadrado, formando uma nova espinha dorsal. O início foi instável, com derrotas inesperadas e críticas à renovação do elenco.

Mas a virada veio com uma sequência impressionante de vitórias. A Juventus, que chegou a estar fora do G-4, embalou e conquistou novamente o título da Serie A, o quinto consecutivo do clube e o segundo sob comando de Allegri.

Na Copa da Itália, levantou a taça mais uma vez, vencendo o Milan na final com gol de Morata.

Na Champions, caiu nas oitavas diante do Bayern de Munique, em uma das eliminatórias mais dramáticas da década. Depois de um empate em casa por 2 a 2 e uma vantagem de 2 a 0 na Alemanha, a Juve viu o Bayern virar na prorrogação: 4 a 2 no agregado.

Uma eliminação doída, mas que reforçou o amadurecimento do novo elenco.

2017–18

A temporada 2017–18 manteve a Juventus Football Club no topo do futebol italiano, com a conquista do heptacampeonato consecutivo da Serie A — um feito sem precedentes no país.

Também veio a quarta Copa da Itália seguida, consolidando a supremacia doméstica sob o comando de Massimiliano Allegri.

No entanto, a obsessão europeia seguiu sem final feliz. Nas oitavas da Champions, a Juve bateu o Tottenham com uma virada impressionante em Londres. Mas nas quartas, enfrentou o Real Madrid, então bicampeão europeu.

O jogo de ida, em Turim, foi traumático: 3 a 0 para os merengues, com direito a uma bicicleta antológica de Cristiano Ronaldo — aplaudida de pé pela torcida juventina.

Na volta, a Juve reagiu com uma atuação heroica: abriu 3 a 0 no Bernabéu, igualando o placar agregado.

Mas, nos acréscimos, um pênalti polêmico convertido por Cristiano selou a eliminação e resultou na expulsão revoltada de Buffon, que jogava sua última Champions pela Juve naquele momento. Mais uma queda dolorosa — e mais uma motivação para ir além.

2018–19

A temporada 2017–18 manteve a Juventus Football Club no topo do futebol italiano, com a conquista do heptacampeonato consecutivo da Serie A — um feito sem precedentes no país.

Também veio a quarta Copa da Itália seguida, consolidando a supremacia doméstica sob o comando de Massimiliano Allegri.

No entanto, a obsessão europeia seguiu sem final feliz. Nas oitavas da Champions, a Juve bateu o Tottenham com uma virada impressionante em Londres.

Mas nas quartas, enfrentou o Real Madrid, então bicampeão europeu. O jogo de ida, em Turim, foi traumático: 3 a 0 para os merengues, com direito a uma bicicleta antológica de Cristiano Ronaldo — aplaudida de pé pela torcida juventina.

Na volta, a Juve reagiu com uma atuação heroica: abriu 3 a 0 no Bernabéu, igualando o placar agregado.

Mas, nos acréscimos, um pênalti polêmico convertido por Cristiano selou a eliminação e resultou na expulsão revoltada de Buffon, que jogava sua última Champions pela Juve naquele momento. Mais uma queda dolorosa — e mais uma motivação para ir além.

Símbolos do Clube

Bandeira Juventus

Os símbolos do Juventus Football Club são muito mais do que elementos visuais — eles representam a alma de uma instituição centenária.

A camisa listrada, o escudo imponente, o touro de Turim, a mascote zebra e até o próprio nome “Juve” carregam histórias profundas e sentimentos que atravessam gerações.

Ao longo do tempo, mesmo com mudanças no design ou modernizações estratégicas, a essência permaneceu intacta: a Juventus é sinônimo de tradição, excelência e identidade única no futebol mundial.

Uniformes

O uniforme da Juventus é um dos mais icônicos e reconhecíveis do futebol mundial. As tradicionais listras verticais em preto e branco, adotadas a partir de 1903, foram inspiradas no Notts County, clube inglês que utilizava esse estilo.

A combinação das cores trouxe uma identidade visual única — austera, elegante e intimidadora — e rendeu à Juve apelidos como “Le Zebre” (As Zebras) e “I Bianconeri” (Os Brancos e Pretos).

Ao longo dos anos, o clube manteve a base clássica, mas com variações criativas em seus uniformes alternativos.

A segunda e terceira camisas já exibiram tons de rosa, dourado, amarelo, verde e até grafismos futuristas, especialmente após a parceria com a Adidas iniciada em 2015. Mesmo com modernizações, a essência nunca se perdeu.

Escudo

O escudo da Juventus sempre foi um reflexo da sua conexão com a cidade de Turim e com sua história.

Desde os primeiros modelos, o símbolo trazia elementos como o touro em posição de ataque, representando a força e o espírito indomável da capital do Piemonte — o touro, inclusive, está presente no brasão oficial da cidade.

As listras em preto e branco, presentes no escudo assim como na camisa, reforçam a identidade visual do clube.

E por muitos anos, o escudo foi ladeado por duas estrelas douradas, representando os 20 e depois 30 títulos nacionais, uma convenção adotada apenas por clubes que atingiram marcas significativas.

Evolução do Escudo

A Juventus sempre respeitou sua tradição, mas não teve medo de evoluir. Em janeiro de 2017, o clube chocou o mundo ao apresentar uma mudança radical em seu emblema.

Saiu o brasão tradicional e entrou um design minimalista e moderno: dois Js sobrepostos, formando um símbolo que remete tanto ao nome do clube quanto ao próprio formato de um escudo.

Segundo o então presidente Andrea Agnelli, a mudança tinha como objetivo alinhar o clube a uma nova visão de marca global, transformando a Juventus não só em um time de futebol, mas em um ícone de estilo de vida, cultura e inovação.

Essa nova identidade visual estreou oficialmente na temporada 2017–18 e foi mantida até hoje, tornando a Juventus pioneira em adotar uma estética corporativa limpa e moderna no universo esportivo.

Bandeira

A bandeira da Juventus é um símbolo de devoção. Tradicionalmente exibida com listras verticais em preto e branco, ela muitas vezes carrega também o escudo do clube ao centro — seja na versão clássica ou na moderna estilização com o “J”.

Em dias de jogo no Allianz Stadium, bandeiras da Juve tremulam nas arquibancadas como extensões da alma juventina, compondo um espetáculo visual que emociona qualquer torcedor.

Mais do que um adorno, a bandeira é um estandarte da resistência, da glória e da identidade de um clube que sempre soube se reinventar sem perder suas raízes.

Mascote

A zebra é a mascote oficial da Juventus — uma escolha natural, inspirada no uniforme listrado em preto e branco.

Mas o animal também simboliza força, estratégia e singularidade: cada zebra possui um padrão de listras único, assim como a própria Juve é inconfundível no futebol mundial.

A mascote, personificada em eventos e ativa nas redes sociais do clube, reforça o lado mais lúdico e carismático da Velha Senhora, especialmente para o público mais jovem.

Além disso, o apelido “Le Zebre” se tornou parte orgânica da forma como torcedores e imprensa se referem ao time.

Hino

O hino oficial da Juventus é uma ode à paixão bianconera. Intitulado “Storia di un Grande Amore”, foi lançado em 2007 e desde então se tornou parte indispensável da atmosfera dos jogos.

Tocando no Allianz Stadium antes das partidas, o hino embala a torcida com versos que falam de lealdade, sacrifício e amor eterno pelo clube.

Composta por Paolo Belli, a música é cantada com fervor pelos juventinos, criando um momento de comunhão emocional que conecta gerações e reforça o orgulho de pertencer à família Juventus.

Cores

As cores da Juventus, preto e branco, foram adotadas em 1903, substituindo o uniforme original rosa e preto.

Inspiradas no Notts County, da Inglaterra, essas cores não apenas definiram a identidade visual do clube, mas também influenciaram a forma como o mundo vê a Juventus: elegante, austera e imponente.

O preto representa a força, a disciplina e a seriedade, enquanto o branco simboliza nobreza, tradição e pureza de princípios. A combinação se tornou uma assinatura visual reconhecida globalmente e inseparável do espírito bianconero.

Estrutura e patrimônio

Allianz Stadium: modernidade e identidade Inaugurado em 8 de setembro de 2011, o Allianz Stadium representa muito mais do que um estádio — ele simboliza a virada institucional da Juventus no século XXI.

Construído no local do antigo Delle Alpi, o novo estádio foi o primeiro da Itália a ser totalmente de propriedade de um clube, o que deu à Juve maior autonomia financeira e comercial.

Com capacidade para 41.507 torcedores, o Allianz Stadium é moderno, sustentável e projetado para oferecer uma experiência de imersão ao torcedor, com as arquibancadas a apenas 8,5 metros do gramado.

O local abriga também o J-Museum, museu oficial do clube, além de lojas, áreas VIP, centro de mídia e setor administrativo.

Centro de Treinamento e categorias de base

A estrutura da Juventus se completa com o JTC (Juventus Training Center), localizado em Continassa, também em Turim.

O centro é um dos mais modernos da Europa, com gramados de padrão internacional, centros de reabilitação, departamentos médicos e laboratórios de performance.

Além disso, a Juve investe fortemente nas categorias de base, que treinam em um complexo próprio em Vinovo.

A Juventus é uma das poucas equipes italianas com um sistema formativo estruturado, que revela talentos com frequência e mantém padrões técnicos e táticos semelhantes ao do time principal.

Um clube-empresa de alcance global

Fora de campo, a Juventus é exemplo de gestão profissional e visão empresarial. A família Agnelli, proprietária do clube há mais de um século, comanda uma estrutura diretiva enxuta e estratégica.

A Juve está listada na bolsa de valores de Milão e opera com um modelo de negócio que inclui licenciamento de marca, marketing esportivo, direitos de imagem, patrocínios e experiências digitais.

Com a inauguração da “J Hotel”, rede de hospedagem própria, e expansão de negócios ligados à juventude, saúde e lifestyle, a Juventus construiu um verdadeiro ecossistema esportivo — tornando-se um dos clubes mais ricos e organizados do futebol mundial.

Estádios

A história do Juventus Football Club não pode ser contada sem reverenciar os estádios que abrigaram sua trajetória. Cada arena marcou uma fase distinta do clube — da construção da identidade tática ao domínio moderno do futebol italiano.

De campos abertos e simbólicos até o modelo de gestão vanguardista do Allianz Stadium, os palcos da Juve foram tão protagonistas quanto os jogadores que os ocuparam.

Mais que concreto e arquibancadas, esses espaços carregam memórias, títulos e a vibração de milhões de torcedores apaixonados.

Estádio Olímpico de Turim

Antes da modernização completa, a Juventus chamou de casa o Estádio Olímpico de Turim, conhecido historicamente como Stadio Comunale Vittorio Pozzo.

Construído em 1933 como Stadio Benito Mussolini, foi palco de inúmeros momentos marcantes do futebol italiano e da própria Juve. Lá, a equipe conquistou diversos scudettos e moldou gerações com ídolos como Boniperti, Sivori, Bettega e Zoff.

Após a Segunda Guerra Mundial, o estádio foi renomeado e passou por diversas reformas, tornando-se também o palco da Juventus durante o período de reconstrução pós-Calciopoli (2006–2011).

Apesar de suas limitações estruturais em comparação aos padrões modernos, o estádio manteve uma atmosfera mística e foi essencial para manter a conexão com a torcida nos anos difíceis.

Stadio delle Alpi

Inaugurado em 1990 para a Copa do Mundo da FIFA, o Stadio delle Alpi representava um avanço arquitetônico para a época, com capacidade para mais de 67 mil torcedores.

Porém, seu legado com a torcida da Juventus foi controverso. A pista de atletismo ao redor do campo criava uma distância física e emocional entre os jogadores e o público, resultando em baixa média de público — um contraste com a grandeza do clube.

Apesar disso, foi lá que a Juventus viveu importantes capítulos, como a conquista de scudettos, partidas de Champions League e a atuação de ídolos como Del Piero, Zidane e Nedvěd.

Ainda assim, o estádio nunca foi considerado uma “casa” no sentido pleno pela torcida, o que acabou acelerando o projeto de uma nova arena.

Allianz Stadium

O grande salto estrutural e simbólico da Juventus veio com a inauguração do Allianz Stadium, em 2011.

Erguido no terreno onde ficava o antigo Delle Alpi, o novo estádio foi o primeiro na Itália 100% controlado por um clube, rompendo com o modelo estatal que dominava o país.

A arena tem capacidade para 41.507 torcedores, todos próximos ao campo, oferecendo visibilidade perfeita e uma atmosfera intimista e vibrante.

Desde a inauguração, o Allianz Stadium tem sido um verdadeiro fortim da Juve, impulsionando campanhas históricas, incluindo o período de nove títulos consecutivos da Serie A.

Com design moderno, áreas comerciais, museu, hotel e centro de imprensa, a arena simboliza a transformação da Juventus em uma marca global de excelência dentro e fora de campo.

Estatísticas

O Juventus Football Club é, estatisticamente, o clube mais vitorioso da Itália em competições nacionais.

São 36 títulos da Serie A, marca que o coloca como recordista absoluto, além de 15 Copas da Itália e 9 Supercopas Italianas. Entre 2011 e 2020, a Juve conquistou nove campeonatos consecutivos, um domínio raramente visto no futebol mundial.

A consistência da Juventus não se limita ao cenário doméstico.

Na Europa, o clube chegou a nove finais de Liga dos Campeões, vencendo duas delas (1985 e 1996), além de três títulos da Liga Europa e uma Recopa Europeia, tornando-se o primeiro clube do mundo a vencer todas as competições oficiais da UEFA.

Campanhas recentes e desempenho constante

Juventus Liga dos Campeões da Europa

Nas últimas dez temporadas, a Juventus apresentou um padrão de regularidade impressionante. Foram nove temporadas consecutivas terminando no G4 da Serie A, e em várias delas, o clube chegou às fases finais da Liga dos Campeões e da Copa da Itália.

Mesmo nos anos de reformulação, a Juve manteve-se competitiva, sempre brigando por taças ou posições de destaque.

A campanha de 2016–17, por exemplo, marcou a melhor temporada da era Allegri: scudetto, Copa da Itália e final de Champions League.

Já em 2020–21, mesmo terminando em 4º lugar, a equipe conquistou a Supercopa e a Coppa Italia, provando sua força mesmo longe da melhor forma.

Recordes individuais e coletivos

Ao longo da história, a Juventus quebrou diversos recordes. Entre eles:

  • Maior pontuação em uma Serie A: 102 pontos em 2013–14
  • Maior sequência invicta em uma única edição: 38 jogos em 2011–12
  • Gianluigi Buffon: recordista de jogos sem sofrer gols na Serie A em uma só temporada (974 minutos em 2015–16)
  • Alessandro Del Piero: maior artilheiro da história da Juventus (290 gols) e jogador com mais partidas (705 jogos)
  • Equipe com mais campeões mundiais: a Juventus é o clube que mais teve jogadores vencedores de Copas do Mundo com suas seleções enquanto defendiam o clube

Esses números reforçam que, para além da paixão e da tradição, a Juventus Football Club é sustentada por uma base estatística sólida de vitórias, títulos e protagonismo, década após década.

Elenco Atual

A cada temporada, o Juventus Football Club renova suas expectativas com um elenco que mescla experiência, juventude promissora e contratações estratégicas.

Após um período de reconstrução interna, a Juve voltou a montar um time competitivo, com nomes consolidados no cenário europeu e jovens formados na própria base, símbolo da nova filosofia do clube.

Em 2024–25, o elenco reflete esse novo ciclo: comprometido, intenso e preparado para recolocar a Velha Senhora entre os protagonistas do futebol europeu.

Goleiros

Mattia Perin (32 anos): Titular absoluto, com contrato até 2027. Desde sua chegada em 2018, vindo do Genoa, consolidou-se como líder no setor defensivo.

Michele Di Gregorio (27 anos): Contratado do Monza, inicialmente por empréstimo, com obrigação de compra. Eleito o melhor goleiro da Serie A na temporada 2023–24, trouxe estabilidade à posição.

Carlo Pinsoglio (35 anos): Ícone do clube, no elenco desde 2014. Atua como reserva experiente e é querido pela torcida.

Giovanni Daffara (20 anos): Promessa da base, promovido ao time principal para ganhar experiência e desenvolver seu potencial.

Defensores

Bremer (28 anos): Zagueiro brasileiro, contratado por €41 milhões junto ao Torino. Conhecido por sua força física e liderança.

Federico Gatti (26 anos): Zagueiro italiano, com contrato até 2028. Destaca-se pela presença aérea e consistência defensiva.

Pierre Kalulu (24 anos): Defensor francês, emprestado do Milan. Atua tanto como zagueiro quanto lateral, oferecendo versatilidade.

Lloyd Kelly (26 anos): Defensor inglês, emprestado do Newcastle. Pode jogar como zagueiro central ou lateral esquerdo.

Renato Veiga (21 anos): Promissor defensor português, emprestado do Chelsea. Versátil, atua como zagueiro ou lateral esquerdo.

Andrea Cambiaso (25 anos): Lateral-esquerdo italiano, com contrato até 2029. Conhecido por sua velocidade e capacidade ofensiva.

Alberto Costa (21 anos): Lateral-direito português, adquirido por €13,8 milhões do Vitória de Guimarães. Considerado uma das promessas da base.

Juan Cabal (24 anos): Zagueiro colombiano, adquirido por €12,8 milhões do Hellas Verona. Traz experiência internacional.

Nicolò Savona (22 anos): Defensor italiano da base, promovido ao time principal. Atua como lateral ou zagueiro.

Jonas Rouhi (20 anos): Lateral-esquerdo suíço da base, promovido ao time principal. É uma aposta para o futuro.

Meio-campistas

Manuel Locatelli (27 anos): Capitão da equipe, com contrato até 2028. É o cérebro do meio-campo, conhecido por sua visão de jogo e passes precisos.

Teun Koopmeiners (26 anos): Meio-campista holandês, adquirido por €52 milhões do Atalanta. Traz qualidade técnica e versatilidade ao setor.

Khéphren Thuram (24 anos): Meio-campista francês, adquirido por €20 milhões do Nice. Conhecido por sua força física e capacidade de recuperação de bola.

Douglas Luiz (27 anos): Meio-campista brasileiro, adquirido por €50 milhões do Aston Villa. Oferece equilíbrio e qualidade no passe.

Weston McKennie (27 anos): Meio-campista americano, com contrato até 2026. Versátil, contribui tanto defensivamente quanto ofensivamente.

Vasilije Adžić (19 anos): Promissor meio-campista montenegrino, adquirido por €2 milhões do Budućnost. É uma aposta para o futuro.

Atacantes

Dušan Vlahović (25 anos): Centroavante sérvio, contratado por €70 milhões da Fiorentina. Artilheiro da equipe, com 15 gols na temporada.

Kenan Yıldız (20 anos): Atacante turco, promovido da base. Uma das maiores promessas do clube, com 9 gols na temporada.Randal Kolo Muani (26 anos): Atacante francês, emprestado do PSG. Traz velocidade e presença de área, com 8 gols na temporada

Timothy Weah (25 anos): Atacante americano, adquirido por €10,3 milhões do Lille. Oferece versatilidade ofensiva, com 6 gols na temporada.

Francisco Conceição (22 anos): Atacante português, emprestado do Porto. Conhecido por sua habilidade e criatividade, com 5 gols na temporada.

Nicolás González (27 anos): Atacante argentino, emprestado da Fiorentina. Conhecido por sua habilidade e finalização, com 5 gols na temporada.

Arkadiusz Milik (31 anos): Centroavante polonês, contratado por €6,3 milhões do Marseille. Experiente, com 17 gols desde sua chegada.

Samuel Mbangula Tshifunda (21 anos): Atacante belga, promovido da base. Uma aposta para o futuro, com 4 gols na temporada.

Lorenzo Anghelè (20 anos): Atacante italiano, promovido da base. Oferece opções no setor ofensivo.

Diego Pugno (18 anos): Atacante italiano, promovido da base. É uma promessa para o futuro.

Categorias de Base

Formação com excelência

As categorias de base da Juventus Football Club são reconhecidas como uma das mais estruturadas da Europa. O clube investe pesado em estrutura física, metodologias de treinamento modernas e formação de caráter dos jovens atletas.

A Juventus não busca apenas craques, mas profissionais exemplares dentro e fora de campo.

Centro de Treinamento de última geração

Localizado em Vinovo, o JTC (Juventus Training Center) é onde a mágica começa.

Meninos a partir dos 8 anos iniciam ali sua jornada, e muitos percorrem o caminho até o time principal. A filosofia bianconera valoriza o futebol inteligente, técnico e disciplinado — características ensinadas desde cedo.

Revelações marcantes

Entre os nomes que surgiram nas categorias de base da Juve estão Claudio Marchisio, o “Príncipe de Turim”, e Giuseppe Furino, lenda da década de 70. Mais recentemente, talentos como Moise Kean também ganharam destaque.

O clube mantém forte integração entre base e profissional, garantindo uma transição natural para os jovens talentos.

Ídolos e Personagens Históricos

Alessandro Del Piero: o eterno capitão

Alessandro Del Piero Juventus

Nenhum nome representa melhor a alma da Juventus Football Club do que Alessandro Del Piero. Com 705 jogos e 290 gols, Del Piero não foi apenas um craque, mas um símbolo de lealdade — permanecendo no clube mesmo após o rebaixamento à Série B em 2006.

Sua classe e caráter o tornaram um dos maiores ídolos da história do futebol.

Gianluigi Buffon: muralha imortal

Buffon é sinônimo de Juventus. Com defesas milagrosas e liderança exemplar, o goleiro marcou gerações com sua entrega. Sua passagem pelo clube durou mais de 20 anos e foi marcada por títulos, recordes e uma identificação inigualável com a camisa bianconera.

Michel Platini e outros gênios

Nos anos 80, a Juve viveu dias de ouro com Michel Platini, que encantava com sua visão de jogo e inteligência.

Outros nomes que marcaram época incluem Roberto Baggio, Zinedine Zidane, Pavel Nedvěd e David Trezeguet. A lista é extensa e gloriosa — um verdadeiro hall da fama do futebol mundial.

Torcida e Cultura

A Juventus Football Club, além de sua história vitoriosa em campo, carrega uma herança cultural única.

A paixão da torcida, as tradições cultivadas ao longo das décadas e a simbologia presente em cada detalhe do clube fazem da Juve uma entidade viva, muito além das quatro linhas.

A cultura bianconera é marcada por devoção, disciplina, resistência e identidade — elementos que se manifestam nas arquibancadas, nas ruas de Turim e até nos cantos mais distantes do planeta, onde torcedores vestem as listras pretas e brancas com orgulho.

Torcidas organizadas

As torcidas organizadas da Juventus Football Club são responsáveis por transformar o Allianz Stadium em um verdadeiro caldeirão.

Grupos como Drughi, Viking Juve, Nucleo 1985 e outros fazem parte da emblemática Curva Sud, onde a paixão pulsa em cada bandeira erguida, cada coreografia montada e cada cântico entoado em uníssono.

Apesar de enfrentarem momentos de tensão com a diretoria, essas torcidas seguem firmes em sua missão: apoiar o time, preservar a identidade juventina e manter viva a tradição das arquibancadas italianas.

Impacto cultural

A influência da Juve ultrapassa o esporte. Na Itália, o clube é frequentemente associado à eficiência, ambição e seriedade. Essa imagem se reflete em outras áreas da cultura italiana, inclusive na política, nos negócios e até na arte.

Além disso, a Juventus foi protagonista em séries, documentários e livros, como a série “First Team: Juventus” da Netflix, que revelou ao mundo os bastidores da Velha Senhora.

O clube também é referência em gestão moderna, sendo inspiração para outros gigantes europeus.

Homenagens

Ao longo dos anos, diversos símbolos e homenagens eternizaram a conexão entre torcida e clube. Um dos mais emocionantes é o hino “Storia di un Grande Amore”, cantado com fervor antes de cada jogo.

Estátuas, murais e bandeiras prestam tributo a lendas como Del Piero e Buffon. Em datas especiais, o clube promove ações para relembrar títulos históricos, homenagear ídolos e celebrar a trajetória dos torcedores mais antigos.

São gestos que reforçam que a Juventus não é apenas uma equipe: é uma família global unida por amor e legado.

Rivalidades Históricas

No futebol, as rivalidades são muito mais do que simples partidas — são batalhas emocionais que atravessam gerações, moldam identidades e definem legados.

No caso da Juventus Football Club, essas disputas são parte fundamental de sua história, com capítulos intensos, polêmicos e memoráveis.

Juventus x Internazionale: o Derby d’Italia

Nenhuma rivalidade no futebol italiano é tão emblemática quanto o Derby d’Italia, entre Juventus e Inter de Milão. Trata-se de um duelo carregado de tensão, que vai além do campo e envolve disputas de poder, títulos e influência nacional.

O ápice dessa rivalidade aconteceu após o escândalo do Calciopoli em 2006, quando a Juve foi rebaixada e a Inter herdou o título. Desde então, a animosidade entre as torcidas aumentou, e cada reencontro é tratado como uma verdadeira guerra esportiva.

Juventus x Torino: o Derby della Mole

Se há um clássico que representa as raízes locais da Juve, é o Derby della Mole, contra o Torino FC. Mais do que uma rivalidade esportiva, este confronto simboliza o contraste entre o clube mais popular e vitorioso da Itália e seu vizinho de origem operária e espírito alternativo.

Embora a Juve tenha um retrospecto amplamente superior, o clássico sempre envolve emoção, provocações e um sentimento de orgulho local.

Para os torcedores do Torino, vencer a Juventus é como conquistar um título; para os bianconeri, é reafirmar sua supremacia em Turim.

Juventus x Milan: o duelo de gigantes

A rivalidade com o Milan tem um caráter especial: é um confronto entre dois dos clubes mais vitoriosos da Itália e da Europa. As partidas entre Juventus e Milan frequentemente decidem títulos, sejam eles de Serie A, Coppa Italia ou Supercopa.

Esse duelo também é marcado pela elegância e pelo nível técnico, reunindo estrelas históricas como Del Piero, Pirlo, Shevchenko, Ibrahimović, Buffon e tantos outros. É uma rivalidade de respeito, mas igualmente intensa e histórica.

Títulos Conquistados pelo Juventus

A Juventus Football Club, conhecida como Juve, não é apenas um dos maiores clubes da Itália — é também uma potência histórica do futebol mundial.

Sua sala de troféus é uma verdadeira galeria de conquistas, resultado de décadas de excelência dentro de campo e de uma mentalidade vencedora que define o clube desde sua fundação.

Honrarias

A Juve foi a primeira equipe na história do futebol mundial a conquistar todas as competições organizadas por UEFA e FIFA, um feito que destaca sua grandeza internacional.

Além dos troféus, a Juventus já recebeu diversas homenagens institucionais, incluindo a medalha de ouro ao mérito esportivo, outorgada pelo Comitê Olímpico Italiano, e reconhecimentos da FIFA e UEFA pela sua contribuição ao crescimento do futebol.

Seu domínio ao longo dos anos também rendeu apelidos como “La Vecchia Signora” (A Velha Senhora) e a reputação de clube mais organizado e eficiente da Itália — algo que vai muito além dos gramados.

Mundiais

No cenário mundial, a Juventus conquistou duas Copas Intercontinentais, em 1985 e 1996, firmando-se como campeã do mundo contra adversários sul-americanos.

Esses títulos simbolizam o auge do sucesso internacional, colocando a Juve entre os gigantes do planeta bola.

Além disso, o clube venceu a Copa Intertoto da UEFA em 1999, e é constantemente lembrado nas listas das maiores potências globais por torcedores e entidades esportivas.

Títulos nacionais

Nenhum clube italiano venceu tanto quanto a Juventus. Seu palmarés doméstico é impressionante:

  • Campeonato Italiano (Serie A): 36 títulos oficiais, recorde absoluto no país.
  • Copa da Itália: 14 conquistas — também um recorde nacional.
  • Supercopa Italiana: 9 títulos.

A hegemonia juventina na Serie A foi particularmente marcante entre 2011 e 2020, quando o clube venceu nove títulos consecutivos, estabelecendo um domínio sem precedentes no futebol europeu moderno.

Essas conquistas reforçam a identidade vitoriosa da Juventus e a transformam em uma referência de consistência, ambição e excelência no futebol mundial.

Títulos internacionais

A Juventus possui um currículo expressivo também fora das fronteiras italianas. No total, o clube conquistou 11 títulos internacionais oficiais, incluindo:

  • Liga dos Campeões da UEFA: 2 títulos (1984–85 e 1995–96)
  • Supercopa da UEFA: 2 títulos (1984 e 1996)
  • Copa da UEFA: 3 títulos (1977, 1990 e 1993)
  • Recopa Europeia: 1 título (1983–84)
  • Copa Intertoto da UEFA: 1 título (1999)
  • Copa Intercontinental: 2 títulos (1985 e 1996)

Com essas conquistas, a Juventus se tornou o primeiro clube da história a vencer todas as competições da UEFA, um feito reconhecido oficialmente pelo organismo europeu.

Títulos estaduais

Diferentemente do Brasil, o futebol italiano não possui campeonatos estaduais. No entanto, nos primórdios do esporte no país, existiram competições de cunho regional, como os Campeonatos do Piemonte, que a Juventus venceu nos primeiros anos do século XX.

Esses títulos, embora não tenham a mesma relevância dos nacionais e internacionais, representam a gênese da história da Juve e marcam sua afirmação como potência local antes de dominar o cenário italiano e europeu.

Títulos amistosos relevantes

A Juventus Football Club também acumula uma série de conquistas em torneios amistosos de prestígio internacional.

Estes campeonatos, muitas vezes realizados em pré-temporadas ou datas comemorativas, reúnem gigantes do futebol e servem como termômetro de prestígio.

Entre os mais relevantes estão:

  • Trofeo Luigi Berlusconi
  • Trofeo TIM
  • Coppa Città di Torino
  • International Champions Cup — com campanhas marcantes contra clubes como Real Madrid, Barcelona e Manchester United.

Esses títulos, embora simbólicos, demonstram a grandeza e a visibilidade da Juve no cenário global, além de fortalecer sua marca perante novas gerações de torcedores.

Administração e Finanças

O sucesso da Juventus Football Club não se limita ao campo.

Fora dele, o clube é reconhecido como um dos mais bem administrados da Europa, com uma gestão empresarial sólida, inovação constante e estratégias financeiras pensadas para garantir sustentabilidade e competitividade em alto nível.

Estrutura corporativa e modelo de gestão

A Juventus é uma Sociedade Anônima (S.p.A.) de capital aberto, com ações listadas na Bolsa de Valores de Milão (Borsa Italiana) desde 2001.

Essa configuração exige transparência, governança rígida e prestação de contas periódica — fatores que contribuíram para a profissionalização da administração.

O controle acionário é exercido majoritariamente pela família Agnelli, por meio da holding Exor N.V., que detém a maioria das ações e define as diretrizes estratégicas do clube.

A presença de nomes como Andrea Agnelli (ex-presidente) e, mais recentemente, Gianluca Ferrero como presidente, demonstra a continuidade da influência histórica da família na vida da Juve.

Receita, investimentos e geração de valor

A Juventus diversifica suas fontes de receita de forma inteligente, com três pilares principais:

  • Direitos de transmissão (TV)
  • Marketing e patrocínios
  • Bilheteria e matchday (incluindo o Allianz Stadium)

Adicionalmente, o clube tem investido fortemente em parcerias globais, contratos com grandes marcas como Adidas, Jeep e Bitget, além de explorar produtos licenciados e sua presença digital para expandir a geração de receita.

Outro diferencial é a propriedade de seu estádio, o que permite à Juve maximizar lucros com eventos, hospitalidade e experiências exclusivas para torcedores e patrocinadores.

Modernização, desafios e inovação

Nos últimos anos, a Juventus investiu em inovação tecnológica e transformação digital, com o lançamento de sua própria plataforma de streaming, NFTs e conteúdos exclusivos.

O clube também lidera em estratégias de marketing global e gestão de marca, estando entre os times mais seguidos nas redes sociais.

Contudo, desafios financeiros surgiram especialmente após a pandemia e a tentativa frustrada de criação da Superliga Europeia, na qual a Juve foi uma das idealizadoras.

Ainda assim, o clube segue firme em seus princípios de sustentabilidade financeira e equilíbrio de contas, realizando ajustes no elenco, revisões salariais e foco em ativos de longo prazo — como a valorização de jovens talentos.

A Juventus Football Club, portanto, é exemplo de como tradição e gestão moderna podem caminhar juntas — com os olhos voltados para o futuro, mas os pés firmes na história.

Marketing e Comunicação

A Juventus Football Club, além de ser uma potência esportiva, é também uma das marcas mais fortes do futebol mundial.

O clube se destacou ao longo dos anos por sua abordagem ousada e estratégica no campo do marketing e da comunicação, reinventando sua imagem sem perder a essência que cativa milhões de torcedores.

Rebranding e identidade visual moderna

Em 2017, a Juventus surpreendeu o mundo ao adotar um novo escudo minimalista, representado por um “J” estilizado.

A mudança, polêmica à época, tinha um propósito claro: reposicionar a marca da Juve como símbolo de lifestyle, sofisticação e modernidade. A estratégia visava atingir não apenas torcedores, mas também públicos jovens, urbanos e globais.

Esse reposicionamento foi acompanhado por campanhas com design arrojado, novos slogans como “Live Ahead”, e ações que uniram esporte, moda e entretenimento.

A Juventus se tornou um case de sucesso no universo do branding esportivo, sendo estudada em cursos de marketing pelo mundo.

Presença digital e engajamento global

A Juventus é uma das equipes com maior presença digital no planeta. Com perfis ativos em mais de 10 idiomas, o clube alcança centenas de milhões de fãs nas redes sociais — incluindo Instagram, X (Twitter), TikTok, Facebook e YouTube.

A estratégia digital da Juve vai além da divulgação de resultados. O clube produz conteúdos exclusivos, bastidores, séries documentais, NFTs, coleções virtuais, desafios com jogadores e até experiências imersivas com realidade aumentada.

A série “All or Nothing: Juventus”, da Amazon Prime, foi um marco nesse movimento.

Além disso, a Juventus desenvolveu seu app oficial e uma plataforma de streaming própria, JTV, que entrega entrevistas, treinos e programas especiais aos fãs mais fiéis.

Patrocínios, produtos e presença global

No marketing comercial, a Juventus mantém parcerias globais com marcas de peso como Adidas, Jeep, Cygames, Allianz e outras.

O clube também expandiu sua atuação para mercados estratégicos, com escritórios internacionais e ações promocionais em países como China, EUA e Japão.

As lojas oficiais da Juve, tanto físicas quanto online, oferecem uma ampla linha de produtos — de camisas e acessórios esportivos até artigos de moda e lifestyle.

Tudo reforçando a ideia de que a marca Juventus é mais do que futebol: é estilo, identidade e influência cultural.

Curiosidades sobre o Juventus

A Juventus Football Club, com mais de um século de história, acumula não apenas títulos e craques lendários, mas também uma série de fatos curiosos que tornam o clube ainda mais fascinante.

A seguir, algumas curiosidades que revelam detalhes surpreendentes da trajetória da Velha Senhora.

O nome “Juventus” vem do latim

O termo “Juventus” significa “juventude” em latim, e foi escolhido por um grupo de estudantes de Turim que fundaram o clube em 1897. Curiosamente, o nome carrega a ideia de renovação constante — algo que a Juve sempre buscou ao longo dos anos, dentro e fora de campo.

A inspiração das listras veio da Inglaterra

Originalmente, a Juve jogava com camisas rosa. Foi apenas em 1903 que adotou o tradicional uniforme preto e branco, inspirado no Notts County, da Inglaterra.

A história diz que um dirigente pediu novas camisas ao amigo inglês e elas chegaram com as cores do time de Nottingham — listras que se tornaram marca registrada da Juventus.

A Juve tem um título europeu sem sofrer gols

Na Copa da UEFA de 1976–77, a Juventus sagrou-se campeã sem perder nenhum jogo e sem sofrer gols em casa durante toda a campanha. Essa conquista histórica marcou a afirmação do clube no cenário continental e mostrou a força de sua defesa.

O primeiro clube italiano a ter estádio próprio

Em 2011, a Juve inaugurou o Allianz Stadium (então Juventus Stadium), tornando-se o primeiro clube da Itália a construir e operar seu próprio estádio moderno, com modelo financeiro sustentável.

Isso revolucionou a estrutura do futebol italiano e elevou o padrão de experiências para os torcedores.

Marchisio, o “Príncipe de Turim”

Claudio Marchisio é um dos nomes mais amados pela torcida. Revelado nas categorias de base e torcedor do clube desde criança, ele ficou conhecido como o “Principino” (Príncipe) da Juve.

Sua identificação com a camisa bianconera é considerada um símbolo raro de fidelidade no futebol moderno.

A Juventus tem um museu próprio: o J-Museum

Ao lado do estádio, os fãs podem visitar o J-Museum, que conta toda a história do clube com troféus, camisas históricas, interatividade e áreas temáticas dedicadas a ídolos e grandes momentos. Um verdadeiro templo para os apaixonados pela Juve.

Redes sociais oficiais

Para acompanhar as últimas novidades, escalações, bastidores, lançamentos de uniformes e conteúdos exclusivos da Juventus Football Club, siga o clube em suas plataformas digitais:

Perguntas Frequentes

Quem é o maior ídolo da Juventus?

Alessandro Del Piero é considerado o maior ídolo da história da Juventus, com 705 jogos e 290 gols pelo clube.

Quantos gols CR7 fez na Juventus?

Cristiano Ronaldo marcou 101 gols em 134 partidas oficiais pela Juventus, entre 2018 e 2021.

Quantas Champions o Juventus tem?

 A Juventus conquistou a Liga dos Campeões da UEFA duas vezes: em 1984–85 e em 1995–96.

Qual é o maior rival da Juventus?

O principal rival é a Internazionale, no clássico conhecido como Derby d’Italia. Outra rivalidade histórica é com o Torino, no Derby della Mole.

Quando a Juventus foi fundada?

A Juventus foi fundada em 1º de novembro de 1897, por um grupo de estudantes de Turim.

Por que a Juventus foi rebaixada?

Em 2006, a Juventus foi rebaixada à Série B como punição pelo escândalo do Calciopoli, envolvendo manipulação de árbitros.

Quem são os maiores artilheiros da história da Juve?

Os três maiores artilheiros são:

  • Del Piero (290 gols)
  • Giampiero Boniperti (182 gols)
  • Roberto Bettega (178 gols)

Quantos títulos italianos a Juventus tem?

A Juventus venceu 36 títulos da Serie A, sendo o clube com mais campeonatos italianos na história.

Qual é a origem do apelido “La Vecchia Signora”?

O apelido “La Vecchia Signora” (A Velha Senhora) surgiu como uma mistura irônica: “Juventus” significa juventude, mas o clube é tradicional e respeitado como uma senhora antiga e poderosa do futebol.

Onde fica a sede da Juventus?

A sede da Juventus está localizada em Turim, no norte da Itália, e o clube manda seus jogos no Allianz Stadium, também na cidade.

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